Autora de clássicos como Opressão e Liberdade e A Condição Operária, Simone Weil ousou reescrever as teses do comunismo de Marx e Eangles, de maneira crítica, mostrando seus pontos falhos e o porque da dificuldade em implementá-lo na sociedade como um todo.
Tendo, ela mesma, sido operária metalúrgica, pôde compreender melhor que o planejamento da produção estaria para cair nas mãos do proletariado, mais cedo ou mais tarde, como fato inevitável.
Mulher à frente de seu tempo lutou na guerra civil Espanhola ao lado dos republicanos, e na Resistência Francesa
em Londres.
Era chamada de a "Virgem Vermelha" por suas alunas, em uma escola secundária onde dera aulas no início dos aos 30, quando disse que 'o mundo é o local ideal para o intelectual estar', numa alusão ao momento efervescente na política global naquele momento.
Em 1940 vai para Marselha, devido a invasão nazista na França. Lá descansava em um saco de dormir e escrevia muito (e com propriedade) sobre o mundo ao seu redor, questionando o nazismo, o fascismo e o stalinismo.
Em 1942 emigra para os EUA e, ao voltar colabora novamente com a resistência, oferecendo-se como paraquedista para ajudar num ataque contra a Alemanha. Chegou a dizer repetidas vezes que não tinha o direito de comer mais do que seus camaradas na França ocupada, e por isso deixou-se passar fome até que teve de ser hospitalizada.
Em abril de 1943 recebeu o diagnóstico de tuberculose. Enviada para um sanatório no campo, recusou-se a se alimentar, insistindo que suas refeições deveriam ser mandadas para os franceses. Morreu aos 34 anos de idade de parada cardíaca em Ashford, Kent. Uma rua da cidade foi batizada com o seu nome.
Foi uma escritora talentosa, uma mulher além de seu tempo, politizada e preocupada com causas humanitárias. Seu legado são seus livros, mas também sua postura de nunca se calar diante das injustiças do mundo, sempre se preocupando com o próximo primeiro, depois consigo mesma.
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