quinta-feira, 9 de abril de 2015

BANDAS NACIONAIS DOS ANOS 60 e 70 QUE MARCARAM ÉPOCA - parte 1




Muito se falava da Jovem Guarda nos anos 60, que era a referência do rock nacional naquela época. Mas naquele período, e na década seguinte, o cenário brasileiro começou a efervescer. Se a geração que se influenciou por Beatles e Stones dava as caras no começo, bandas como Pink Floyd, Emerson Lake and Palmer, Yes mostravam aos jovens uma nova vertente de música.



Eis alguns nomes que marcaram aquele período e que acabou revelando grandes nomes da música nacional:


O Terço - é uma banda brasileira formada no Rio de Janeiro em 1968 por Jorge Amiden (guitarra), Sérgio Hinds (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). A banda começou tocando rock clássico, mas logo tendeu ao rock progressivo e ao rock rural e MPB caracterizando o som e a diversidade musical da banda.






A Bolha - A Bolha foi uma banda de rock brasileira formada em 1965 no Rio de Janeiro, com o nome The Bubbles. Participou ativamente do circuito de bailes, programas de rádio e de tv que existia na capital carioca naquela época. No início tocavam apenas covers ou versões de canções e bandas de sucesso da Europa e dos Estados Unidos, mas, no início dos anos 70, passaram a compor canções próprias1 e chegaram a gravar dois álbuns, em 1973 e 1977. Encerraram as atividades em 1978, mas voltaram a ativa em 2004, chegando a gravar um novo álbum, para então pararem novamente.
Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos.







Módulo 1000 -foi um grupo de progressivo carioca, formado em 1969, que teve breve duração. O quarteto seguia uma linha pesada com nítidas influências de Black Sabbath e toques de psicodélicos a la Pink Floyd. O Módulo 1000 teve em seu currículo a participação no V Festival Internacional da Canção e o lançamento de um único álbum em 1972, que hoje é um valioso item para os negociantes de LPs raros. Na década de 1990, um colecionador de discos do Rio de Janeiro comprou os direitos do Módulo 1000 junto a Top Tape e transformou o LP em CD com um número limitado de cópias. O CD saiu pela Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. Na Europa o disco - Não Fale Com Paredes - tornou-se um clássico.








Os Lobos -Grupo de rock formado por Dalto e Cristina (voz), Ronaldo (guitarra), Cássio (guitarra), Fábio (teclados), Francisco (baixo) e Cláudio (bateria) na cidade de Niterói (RJ) no início da década de 1970. Fazia um rock psicodélico nos moldes dos Mutantes, chegando a lançar alguns discos pelo selo Top Tape. Posteriormente Dalto segui carreira solo, conseguindo emplacar alguns hits como "Flashback" e "Muito estranho".






Liverpool - quinteto gaúcho oriundo do bairro operário do IAPI, na Zona Norte de Porto Alegre, que atende pelo nome de Liverpool - um dos tripés da origem do rock gaúcho, ao lado dos Brasas e dos Cleans.

Misturando influências do rock clássico inglês/americano e da tropicália, Mimi Lessa (guitarra), Fughetti Luz (cantor), Marcos Lessa (guitarra-base), Edinho Espíndola (bateria) e Pekos (baixo) produziram uma obra que aproximou-se da genialidade dos Mutantes. O LP "Por Favor Sucesso" resultou da classificação do grupo na fase regional no II Festival Universitário da Música Popular, em que o grupo defendeu a música que deu nome ao álbum, de autoria de Carlinhos Hartlieb.








The Beatniks -Passando por diversas formações, o conjunto Beatniks nasceu Analphabeatles e mudou de nome por existir mais bandas homônimas, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Nos idos de 1965, injetaram beatlemania nos programas 'Jovem
Guarda', apresentado por Roberto Carlos na TV Record, e 'O Bom', comandado por Eduardo Araújo, e na TV Excelsior (SP), Canal 9. A banda Betniks, quando não acompanhava a cantora Silvinha, também tocava nas domingueiras paulistas e nos famosos shows promovidos pela Rhodia/Fenit.
Depois do beat europeu flertaram com a "cultura" da pisicodelia, que imperava simultânea por todo o mundo em 68. Gravaram uma das mais lindas versões de Glória, de Van Morrisson, num chapante compacto duplo pela etiqueta Mocambo, da gravadora pernambucana Rosemblit.
Uma aparição em 1975 foi documentada, mas em 1984 com outra formação, o grupo voltou a cena e fez uma série de shows; desaparecendo depois, como desapareceram os disquinhos, raridades valiosas recuperadas graças a colecionadores aficionados, como o pessoal da Misty Lane, uma gravadora bacana de Roma, Italia (mistylane@iol.it); que editou só no formato de vinil - Mini Long Play de 10 polegadas - todos os registros do grupo.
Com Bogô, guitarra, vocal e cabeça pensante da banda; Márcio, guitarra e vocal; Nenê, baixo, depois Incríveis; e Nino gravaram ‘Cansado de Esperar’ e ‘Este Lugar Vazio’, compacto originalmente lançado em 66, pela CBS. E, depois pela Mocambo, em 68, ‘Era um Rapaz que Como Eu Amava Os Beatles e Os Rolling Stones’ e ‘Outside Chance’, uma versão dos Turtles.

Também passaram pela banda Mário Lúcio, no baixo, e Pandinha na bateria. Com a formação: Márcio e Tuca, guitarras e vocais; Cláudio, baixo e Norival na bateria gravaram o famoso single duplo, também pela Mocambo em 68, com ‘Glória’, ‘Fire’ , ‘Eu Te Encontro’ e ‘Alligator Hat’.







Vimana - foi uma banda brasileira de rock progressivo da década de 1970 que passou por quatro fases distintas. Contou com Ritchie (vocal e flauta), Lulu Santos (vocal e guitarra), Luiz Paulo Simas (teclados), Lobão (bateria), e Fernando Gama (baixo). No final dos anos 1970, o Vímana chegou a ensaiar com o tecladista suíço Patrick Moraz (ex-Yes). A expulsão de Lulu Santos da banda por Moraz acabou por desfazer o grupo.








A Chave - foi o grupo precursor do rock paranaense, e atuou de 1969 a maio de 1979, quando foi dissolvido. Ao longo de sua carreira, tornou-se a mais importante banda de rock de Curitiba e continua cultuada até hoje. A Chave abriu na década de 70 todas as portas e mostrou o caminho das pedras para as centenas de bandas que surgiram na cidade após a sua dissolução. Quando a banda acabou, apesar de ter mais de 100 músicas próprias - uma boa parte tendo como letrista o conhecido poeta Paulo Leminski - não deixou nenhum registro em LP, tendo apenas lançado pelo selo GTA Gravações Tupi Associadas um raro compacto simples (1977), contendo as músicas Buraco No Coração e Me Provoque Pra Ver, ambas em parceria com o Lemisnki. Tocou ao lado de Secos e Molhados, Rita Lee & Tutti Frutti, Mutantes, O Terço, Made In Brazil, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Som Nosso De Cada Dia, Bixo da Seda e chegou até abrir um show do Bill Haley And His Comets, no Guairão (1975). 






Os Novos Baianos - foi um conjunto musical brasileiro, nascido na Bahia, ativo entre os anos de 1969 e 1979. Eles marcaram a música popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70, utilizando-se de vários ritmos musicais brasileiros que vão de bossa nova, frevo, baião, choro, afoxé ao rock n' roll. O grupo lançou oito trabalhos antológicos para MPB. Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros. O segundo disco do grupo, Acabou Chorare, que mescla guitarra elétrica, baixo e bateria com cavaquinho, chocalho, pandeiro e agogô, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira em outubro de 2007.







Som Imaginário - foi uma banda brasileira de rock progressivo formada no princípio da década de 1970. Criada primeiramente para acompanhar o cantor Milton Nascimento no show "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário".
Contou com a participação do músico Wagner Tiso antes de sua bem-sucedida carreira solo. O Frederyko (ou Fredera), que também é pintor, escultor e jornalista, era o guitarrista solo desta banda, um dos maiores guitarristas brasileiros e que hoje reside na cidade de Alfenas no sul de Minas Gerais. 
O grupo passou por várias mudanças de formação e lançou no total três discos. Matança do Porco, provavelmente o mais progressivo, contou com os vocais de Milton Nascimento. Além deste artista, o Som Imaginário acompanhou em gravações MPB-4, Taiguara, Marcos Valle, Gal Costa, Odair José, Carlinhos Vergueiro, Sueli Costa e Simone, dentre outros.






Os Mutantes - são uma banda brasileira de rock psicodélico e (rock progressivo entre 1973 e 1976) formada durante o Tropicalismo no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais).

Também participaram do grupo Liminha (baixista) e Dinho Leme (bateria).

A banda é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro. Além do inovador uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos, os Mutantes foram os pioneiros na mescla do rock and roll com elementos musicais e temáticos brasileiros. Outra característica do grupo era a irreverência. Se antes dos Mutantes, o gênero no Brasil era basicamente imitativo, a partir do pioneirismo de Arnaldo, Sérgio e Rita, abriu-se o caminho do hibridismo.

Os Mutantes iniciou suas atividades em 1966, como um trio, quando se apresentaram em um programa da TV Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio Dias como integrante original. Ao longo destes doze anos, foram gravados nove álbuns – sendo que dois deles, O A e o Z e Tecnicolor, foram lançados apenas na década de 1990. Foi nessa década que foi reconhecida no cenário do rock nacional e internacional a importância dos Mutantes como um dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e talentosos da era psicodélica e da história da música brasileira e mundial.











12 comentários:

  1. Excelente artigo! Pena que nossa música é tão pouco valorizada por nosso povo.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. RETIFICANDO
    O nome da banda era OS PROVOS

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    1. O que houve com a banda paulistana dos anos 60
      OS PROVOS
      Era só pauleira

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  4. RETIFICANDO
    O nome da banda era OS PROVOS

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  5. Parabéns!! Super joia essa parte 1! Que venha logo a parte 2!!! E se possível a parte 3, 4, 5 ....kkkkkk. Abraço!

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  6. Esqueceram de mencionar o Joelho de Porco!!!! Que furo hein?!!

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  7. Eu era moleque 10/11 anos surgiu um conjunto muito bom lá pelos idos de 1965/66 que chamava the bethoven formado por guitarra solo José Luiz carqueja, Geraldo ritmistas, Carlos pedalo no baixo, Adilson baterista, depois veio um teclado com Joãozinho, éramos todos vizinhos não muito próximos, eles tocavam tudo e muito mas infelizmente um acidente no regresso de um show morreram de Luiz e Geraldo, não soube mais deles mudei de bairro, bons tempos.

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