segunda-feira, 13 de junho de 2016

A ETERNA RIVALIDADE ENTRE OS FÃS DA MARVEL E DA DC






Nada mais enfadonho do que ver fanboys brigando nas redes sociais pra ver qual empresa tem os melhores personagens imaginários. 
 
Uns optam pela Casa das Ideias; outros são groupies da Distinta Concorrente. Mas (quase) todos tem em comum o espírito de “Fla-Flu”, quando se trata de defender a sua editora favorita.



 
A Marvel larga na frente

 
A Marvel começou seu projeto cinematográfico antes da DC, mas de maneira difusa. Os direitos de alguns personagens estavam espalhados –a tentativa desesperada de salvar o pescoço no fim dos anos 90, quando a empresa estava em concordata, e precisava de grana, e rápido –e isso dificultava aprofundar no seu próprio universo para realizar filmes. Mas a Fox (com X-MEN, QUARTETO FANTÁSTICO e, por um certo tempo DEMOLIDOR) ajudou a pavimentar os heróis Marvel na telona. Assim como a Universal com o HULK. A Sony, com o HOMEM ARANHA, elevou os filmes de super-heróis à categoria de 'blockbuster'. 



 
Com o caixa em dia era hora da própria Marvel realizar suas próprias produções.
Mas tinha que ser não uma só, mas várias produções que fossem intercaladas, como nos quadrinhos, onde o fim de uma história não é propriamente um fim, mas sim a ligação com outros títulos. 
 
Se funciona com a nona arte, funcionaria também com a 7ª.






HOMEM DE FERRO foi um triunfo, principalmente pela escolha de Robert Downey Jr como Tony Stark. Verborrágico, sarcástico e com veia pra mega produções, Robert ERA Stark. Isso fez com que a produção levasse multidões aos cinemas e aguçasse a curiosidade dos fãs. Seria esse o início de um 'universo cinematográfico' grandioso? Sim. E com toda pompa e circunstância.



A intenção era culminar com os Vingadores e, para isso, deveriam lançar outros heróis antes disso. THOR e CAPITÃO AMÉRICA fizeram muito bem a lição de casa e possibilitaram que a reunião dos “maiores heróis da Terra” fosse um sucesso bilionário.

A Marvel viu que tudo estava indo de vento em popa. Seu projeto não era mais para intercalar filmes, mas sim sagas. E pra isso a empresa planejou de maneira minuciosa seu projeto em “fases”. Além de emplacar séries na TV que tivessem correlação com seus filmes. AGENTE CARTER E AGENTES DA MARVEL são exemplos.



A fase 2 opta pelas continuações de HOMEM DE FERRO, THOR e CAPITÃO AMÉRICA, além de O HOMEM FORMIGA e GUARDIÕES DA GALÁXIA. Novamente, os filmes se tornam sucesso de bilheteria.



Já a fase três, teve início em 2016, com Guerra civil.








Mas e a DC? 
 
Sabendo que sua maior rival nadava de braçadas nas bilheterias mundiais, a editora e sua detentora, a Warner, começaram a se mexer. Mas de maneira lenta e confusa. Tanto que DEMOLIDOR, ELEKTRA e LANTERNA VERDE foram criticados pela mídia americana –apesar de ELEKTRA ser melhor que os dois longas.

Veja, filmes não são arte e nem estúdios tampouco lugares onde a “mágica acontece”. São empresas e seus acionistas pressionam por resultados. Assim que a Warner Studios teve que encarar sua empreitada cinematográfica: resposta a seus a clientes que viam oportunidades perdidas no mercado.

Sob pressão e finalmente com um projeto, Zack Snyder (que fez o razoável 300 e o impressionante WATCHMEN), ficou incumbido de dar o VERDADEIRO pontapé inicial na jornada da DC nos cinemas. 


 
HOMEM DE AÇO chegou cercado de expectativas e fez bonito, tanto nas bilheterias mundo afora, quanto para boa parte da crítica. Foi uma versão melhorada do Superman de 1976, que até os dias de hoje é lembrado como uma das melhores adaptações de quadrinhos para o cinema.

O filme de Snyder tinha que dar certo, para sua mais ambiciosa produção pudesse ser realizada BATMAN vs SUPERMAN.



Quando as notícias começaram a surgir, os fãs entraram em frenesi, já que era um sonho de consumo ver os maiores nomes da DC se enfrentarem nas telonas –a obra de Frank Miller (O CAVALEIRO DAS TREVAS) onde eles se enfrentam é considerada uma das maiores obras da 9ª de todos os tempos; e com muita razão.




Os primeiros trailers demonstravam que o filme seria antológico, aumentava a expectativa, mas também a responsabilidade de Zack e do projeto da Warner/DC.



E pudemos acompanhar um grande filme, mas não uma obra grandiosa que sugeria. Isso não desqualifica em nada a produção e sequer o projeto. Apenas as expectativas talvez fossem exageradas. 
 
O filme chegou próximo de 1 bilhão nas bilheterias do mundo todo e manteve os projetos seguintes (ESQUADRÃO SUICIDA, MULHER MARAVILHA e LIGA DA JUSTIÇA) como grandes apostas tendo tudo para corresponderem. 

 




Mas por que diabos os fãs ficam se digladiando por isso?

Os fãs da Marvel não gostam das críticas que os filmes da “Casa das ideias” são cheios de humor, com censura quase livre para os filmes. Os da Detective Comics, não aceitam que se diga que BvS foi nada menos do que soberbo e o “maior filme de heróis de todos só tempos”.



Porra, será que a discussão já chegou a esse ponto? Competição é saudável, críticas são bem-vindas (se são construtivas) e erros nesse fase inicial são perfeitamente normais. A própria Marvel padeceu com críticas a algumas de suas superproduções. É possível levar de boa tudo isso, bater no liquidificador e tocar o barco?

O filme de Snyder é um baita filme e, claro que seria mais sombrio, já que tem BATMAN na parada. Portanto, não se pode esperar humor. A versão sem cortes da película corrige algumas distorções.

Os filmes da Marvel claro que são mais leves. Primeiro, fazer filmes com censura maior, diminui a renda --DEADPOOL veio pra provar que é um tabu que pode e deve ser derrubado-- e nas páginas dos quadrinhos, é normal cenas mais fortes serem entrecortadas por tiradas de humor, para amenizar a tensão. LIDEM COM ISSO.
Também tem a discussão “os filmes da minha empresa favorita rendeu mais que os da sua”. OK. Desde que você prove que tá ganhando participação nas bilheterias pra usar esse argumento, de boa então...



Mas se não, entenda que filmes tem orçamento alto, despesas que devem ser cobertas e patamar mínimo pra ser considerado sucesso comercial. TODOS eles foram sucesso. Seja os da Marvel, seja os da DC. Além de bilheteria em âmbito mundial, são levados em conta: vendas em DVD e BLU-RAY, vendas para TV e produtos licenciados.
 
É, mas tal editora copiou aquele personagem da minha editora favorita”. As duas praticamente copiam o trabalho uma da outra, ao longo das décadas. As vezes tem a ver com roteiristas que largam o barco no meio do caminho, ou são demitidos e levam a ideia pra outra empresa. Quem conhece a história do personagem DARKSEID sabe bem do que eu tô falando.

Ah, mas os críticos do Omelete (do UOL) falaram mal do BATMAN vs SUPERMAN”. E desde quando os caras de lá entendem de cinema e séries? Nunca entenderam e vão morrer tentando entender. E se fosse pelo nome forte do UOL por trás, nem teriam muita credibilidade. 
 
Também acho o argumento de que alguns blogueiros foram pagos pra detonar os filmes do Morcegão contra o Escoteiro estúpido. Escracharam com a produção porque quando foram assistir, deviam estar de mal humor, ou tomaram um pé na bunda da namorada (ou namorado) e descontaram na resenha que fizeram. O filme não é a obra de arte absoluta que os fãs dizem ser, nem é ruim como certos “entendidos” alardearam. Lembrem-se que OS VINGADORES 2 também teve repercussão negativa, exatamente por prometer demais, e cumprir de menos. Ainda assim, um bom filme. E sucesso financeiro atingido.





A DC emplacou vários de seus personagens em séries televisivas, expandindo ainda mais seu universo, conquistando mais fãs e repaginando seus quadrinhos de linha.



Talvez seja mera ilusão da minha parte, mas que tal a gente curtir o melhor das duas editoras, tanto nos quadrinhos, quanto na TV e cinema? 
 
Filmes, seriados, animações, gibis, games, produtos licenciados a perder de vista...Tanta coisa pra gente desfrutar e fica um bando de moleque mimado brigando nas redes sociais sobre quem tem os melhores personagens? Gente, na boa, mas isso é perda de tempo. Curta tudo o que for lançado pelas empresas. Até porque nunca foi tão bom ser nerd, quanto no século XXI...





domingo, 21 de fevereiro de 2016

Curiosidades do Mundo do Rock




As lendas e os mitos são o que mais fascinam os fãs do gênero musical que abalou o século XX. Eis alguns deles:





RUSH e o Álbum 2112 – Quarto disco da banda canadense foi lançado em fevereiro de 1976. A gravadora queria um som mais palatável ao sistema, como The Kinks, a banda que mais se adaptou ao que a indústria queria, e exigiu do Rush um som no mesmo estilo, com ameaça de não renovar com o grupo. Insatisfeitos com essa decisão, mas ao mesmo tempo confiantes no próprio trabalho, os integrantes resolveram peitar os chefões da gravadora. O esforço valeu a pena e a música foi destaque do disco e elevou a banda canadense ao top das maiores da história do rock.







Elvis e a Origem do Acústico – Em 1968 o “rei” vivia uma fase de baixa no rock and roll. Suas músicas já não tinham a mesma pegada, a trajetória no cinema só enfraqueceu sua imagem de roqueiro e o mercado fonográfico, agora muito competitivo, não o colocava entre os 10 mais da Bilboard. Mas a chance de um especial realizado pela NBC possibilitou sua volta triunfal. Feliz pelo nascimento de sua filha Lisa-Marie, ele parecia redivivo no palco. Dividido em três partes, o show ficou marcado pelo que chamamos hoje de “acústico”. Com os colegas de banda, ele repassava seus antigos sucessos, entrecortados por seus comentários e brincadeiras com o público. Ele estava mais à vontade do que nunca e seu carisma fazia toda a diferença. As outras duas partes (uma pequena apresentação no palco, sem a banda, cantando mais clássicos, tentando sem sucesso fazer sua antiga coreografia “Elvis-The Pelvis” e a parte que lembra muito os especiais do Roberto Carlos dos anos 80 e 90 na TV brasileira) deixaram a desejar. Mas o que importava era à volta por cima de uma lenda dor rock. Só por isso o Especial de 1968 já teria valido a pena.







Jimi & Jim - Em 1968, em Detroit, três lendas do rock se encontraram para uma despretensiosa apresentação. Eram eles: Jimi Hendrix, Jim Morrison do The Doors e o guitarrista Johnny Winter. Apesar de cantar pouco, Morrison ao se juntar com o maior guitarrista de todos os tempos marcou a década de 60, num dos maiores encontros da história do rock.






Syd Barrett – Após três singles e dois discos com o Pink Floyd, Syd Barrett sucumbiu às drogas. Em seu lugar entrou David Gilmour. O seu declínio impactou Roger Waters e Gilmour. Em meados de 1973, uma figura calva com ar distante apareceu de surpresa em uma sessão de gravação do Floyd. Acompanhou toda a passagem de som e se retirou. Aos poucos foram reconhecendo que aquela figura débil era na verdade Barrett. Tal evento mexeu profundamente com os integrantes, que posteriormente gravaram Shine your Crazy Diamond e Wish you Were Here em sua homenagem.





Led Zeppelin – Quando perdeu o filho em um acidente de carro, Robert Plant, vocalista do Led, resolveu dar um tempo com a banda, em plena turnê pelos EUA. Após vários meses o grupo volta para gravar o que seria seu último disco In Through the Out Door. O álbum continha a música All My Love, homenagem ao filho de Plant. Considerada uma das mais emblemáticas canções do grupo, a performance do vocalista é carregada de emoção, em especial durante o refrão.






Ramones – Paul McCartney sempre que queria anonimato em suas hospedagens mundo afora usava um pseudônimo: Paul Ramon. Foi a partir daí que Johnny, Dee Dee e Joey formaram os Ramones, em homenagem ao ex Beatle. Todos usando o mesmo “sobrenome”, como uma família. A banda punk, talvez a mais importante e longeva do punk marcou época e é referência até hoje na música.




The Doors sem Morrison – Apenas seis meses após a morte do vocalista da banda, Jim Morrison, os remanescentes do grupo resolveram seguir com o mesmo nome, usando canções compostas pelos próprios músicos, numa tentativa desesperada de provar que havia vida para o Doors, sem sua principal estrela. O resultado foi um caça-níquel pretensioso, que mancha a trajetória da banda. Se o nome fosse outro, as canções seriam bem aceitáveis. Mas como resolveram manter o mesmo nome, a comparação foi inevitável. Nos vocais, o tecladista Ray Manzereck. Nada muito animador. O que eles conseguiram foi provar que o grupo era composto por Jim Morrison e mais três.




Kiss e a Famosa Maquiagem – Quer tirar o baixista do Kiss, Gene Simmons, do sério? É só perguntar a ele se a origem da maquiagem soturna da banda foi inspirada no grupo brasileiro Secos & Molhados. Ney Matogrosso e sua trupe se apresentaram no México em 1973 e segundo reza a lenda, Simmons estava na plateia. Ele se admirou com a performance e a cores usadas pelos integrantes. Nascia aí o visual da banda Kiss. Gene nega até hoje o ocorrido.







Bachman Turner Overdrive – Considerada a banda mais careta do rock, seus integrantes (ao menos para as câmeras) rejeitavam o uso de drogas e eram reservados e comedidos com suas respectivas vidas pessoais. A antítese dos roqueiros da época e algo raro até hoje.






George Harrison, o 3º Beatle – Intimidado pela genialidade Paul McCartney e John Lennon, George Harrison sempre evitou compor. Sua timidez foi vencida ao compor a bela Here Comes the Sun. A espera valeu a pena. A canção se transformou num dos principais hits do disco e tem uma sonoridade maravilhosa. A partir daí, com mais segurança, ele se tornou figura ativa na banda. Já Ringo Starr...






Joy Division – Ian Curtis, vocalista da banda inglesa era funcionário da seguridade social no Reino Unido. Começou a se apegar a uma mulher que, assim como ele, sofria de epilepsia em estágio avançado. Quando recebeu a notícia que esta havia falecido em decorrência da doença, Ian surtou. Abalado por saber que aquilo, inevitavelmente, aconteceria com ele também, compôs uma das mais belas canções do grupo: She’s Lost Control. Curtis acabou se suicidando em 1980.





The Doors e Woodstock – Uma das primeiras bandas a ser convidadas para o festival de Woodstock, os integrantes do The Doors viram o convite ser retirado quando Jim Morrison foi processado por atentado ao pudor (supostamente mostrou o pênis em durante uma apresentação) e também por dizer em um show na Flórida que “Hitler está vivo e vive aqui em Miami”. Talvez o grupo que mais os fãs tenham sentido falta durante aqueles três dias de rock and roll, em 1969.