Charles
Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16 de
abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey1 , 25 de dezembro de 1977), foi
um ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor,
comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi
um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo
uso de mímica e da comédia pastelão. É bastante conhecido pelos
seus filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este
considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade,
Tempos Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em
Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.
Influenciado
pelo trabalho dos antecessores - o comediante francês Max Linder,
Georges Méliès, D. W. Griffith Luís e Auguste Lumière - e
compartilhando o trabalho com Douglas Fairbanks e Mary Pickford, foi
influenciado pela mímica, pantomima e o gênero pastelão e
influenciou uma enorme equipe de comediantes e cineastas como
Federico Fellini, Os Três Patetas, Peter Sellers, Milton Berle,
Marcel Marceau, Jacques Tati, Rowan Atkinson, Harold Lloyd, Buster Keaton e outros diretores e
comediantes. É considerado por alguns críticos o maior artista
cinematográfico de todos os tempos, e um dos "pais do cinema",
junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith.
Foi
no estúdio Keystone onde Chaplin desenvolveu seu principal e mais
conhecido personagem: O Vagabundo. O Vagabundo é um andarilho
pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um
cavalheiro; aparece sempre vestindo um paletó apertado, calças e
sapatos desgastados e mais largos que o seu número, e um
chapéu-coco; carrega uma bengala de bambu; e possui um pequeno
bigode-de-broxa. O público viu o personagem pela primeira vez no
segundo filme de Chaplin, Kid Auto Races at Venice, lançado em 7 de
fevereiro de 1914 (eis porquê 100 anos de um gênio). No entanto, ele já havia criado o visual do
personagem para o filme Mabel's Strange Predicament, produzido alguns
dias antes, porém lançado mais tarde, em 9 de fevereiro de 1914.
Desde
que foi contratado pela Keystone, Chaplin impôs não apenas o tipo,
mas logo em seguida assumiu também o controle dos filmes, da direção
ao roteiro. Assim seguiriam as coisas nas outras empresas por que
passou: a Essenay, a Mutual e a First National, antes de criar, com
Griffith, Douglas Fairbanks e Mary Pickford, a United Artists, a
companhia dos próprios artistas que haviam construído a
possibilidade de não mais se submeter aos estúdios.
Não
demorou para que Carlitos aparecesse como um fenômeno --só a
irrupção da Primeira Guerra Mundial retardou uma consagração
mundial ainda mais completa-- e constituísse o tipo que o consagrou
para sempre: o do vagabundo com ares nobres, caráter forte,
contestador da ordem, inimigo do espúrio, amigo das garotas bonitas.
Apesar
dos filmes "falados" tornarem-se o modelo dominante logo
após serem introduzidos em 1927, Chaplin resistiu a fazer um filme
assim durante toda a década de 1930. Ele considerava o cinema uma
arte essencialmente pantomímica.
Ele
disse:
"A
ação é geralmente mais entendida do que palavras. Assim como o
simbolismo chinês, isto vai significar coisas diferentes de acordo
com a sua conotação cênica. Ouça uma descrição de algum objeto
estranho — um javali-africano, por exemplo; depois olhe para uma
foto do animal e veja como você fica surpreso".
Durante
o avanço dos filmes sonoros, Chaplin produziu Luzes da Cidade
(1931) e Tempos Modernos antes de se converter ao cinema
"falado". Esses filmes foram essencialmente mudos, porém
possuiam música sincronizada e efeitos sonoros. Indiscutivelmente,
Luzes da Cidade contém o mais perfeito equilíbrio entre
comédia e sentimentalismo.
Em
seus filmes, com seu personagem imortal, ele podia mostrar não só
sua solidariedade como o valor do homem oprimido com uma mímica
única, em que as roupas serviam aos gestos, e os gestos à expressão
facial. Um conjunto harmônico na desarmonia completa das situações
em que se envolvia num mundo de força-bruta e das quais se saía com
enérgica esperteza e inigualável imaginação.
O
primeiro filme falado de Chaplin, O Grande Ditador (1940), foi
um ato de rebeldia contra o ditador alemão Adolf Hitler e o nazismo,
e foi lançado nos Estados Unidos um ano antes do país entrar na
Segunda Guerra Mundial. Chaplin interpretou o papel de Adenoid
Hynkel, ditador da "Tomânia", claramente baseado em
Hitler e, atuando em um papel duplo, também interpretou um barbeiro
judeu perseguido frequentemente por nazistas, o qual é fisicamente
semelhante a O Vagabundo. O filme também contou com a
participação do comediante Jack Oakie no papel de Benzino Napaloni,
ditador da "Bactéria", uma sátira do ditador italiano
Benito Mussolini e do fascismo; e de Paulette Goddard, no papel de
uma mulher no gueto. O filme foi visto como um ato de coragem no
ambiente político da época, tanto pela sua ridicularização do
nazismo quanto pela representação de personagens judeus ostensivos
e de sua perseguição. Adicionalmente, O Grande Ditador foi indicado
ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator (Chaplin), Melhor Ator
Coadjuvante (Oakie), Melhor Trilha Sonora (Meredith Willson) e Melhor
Roteiro Original (Chaplin).
Chaplin
sabia que Hitler é que imitava o seu bigodinho, e não o inverso. E
sabia reduzir Hynkel/Hitler à insignificância, fazendo do humor uma
gostosa arma de guerra.
Os
últimos dois filmes de Chaplin foram produzidos em Londres: A
King in New York (1957) no qual ele atuou, escreveu, dirigiu e
produziu; e A Countess from Hong Kong (1967), que ele
dirigiu, produziu e escreveu. O último filme foi estrelado por
Sophia Loren e Marlon Brando, e Chaplin fez a sua última aparição
nas telas. Ele também compôs a trilha sonora de ambos os filmes,
assim como a canção-tema de A Countess from Hong Kong, "This
is My Song", cantada por Petula Clark, chegando a ser a canção
mais popular do Reino Unido na época do lançamento do filme.
Adicionalmente,
Chaplin escreveu sua autobiografia entre 1959 e 1963, intitulada
Minha Vida, sendo publicada em 1964. Chaplin planejara um filme
intitulado The Freak, que seria estrelado por sua filha, Victoria, no
papel de um anjo. Segundo Chaplin, ele havia concluído o roteiro em
1969 e foram feitos alguns ensaios de pré-produção, mas foram
interrompidos quando Victoria se casou. Além disso, sua saúde
declinou constantemente na década de 1970, prejudicando todas as
esperanças do filme ser produzido.
De
1969 até 1976, juntamente com James Eric, Chaplin compôs músicas
originais para seus filmes mudos e depois os relançou. Compôs a
música de seus outros curta-metragens da First National: The Idle
Class em 1971, Pay Day em 1972, A Day's Pleasure em 1973, Sunnyside
em 1974, e dos longa-metragens The Circus em 1969 e The Kid em 1971.
O último trabalho de Chaplin foi a trilha sonora para o filme A
Woman of Paris (1923), concluída em 1976, época em que Chaplin
estava extremamente frágil, encontrando até mesmo dificuldades de
comunicação.
E
o gênio, nascido em 1889, nos deixou no Natal de 1977. E o cinema
amanheceu mais triste no dia 26...
Eu assisti muito dos filmes dele, antes passava de madrugada na globo e em varias noite de insonia ficava vendo.
ResponderExcluirAlgumas vezes até me esquecia que era um filme antigo. Realmente um genio.
Adorei saber um pouco mais sobre ele.
Quando dé passa Lá:
http://ananicolau.blogspot.com.br/2014/01/rescisao-indireta-no-direito-do-trabalho.html