Garotos da Rua
- é uma banda brasileira de rock and roll, formada no Rio Grande do Sul e que alcançou
sucesso nacional nos anos 80 com a canção "Tô de Saco Cheio", que
tornou-se um clássico do Rock gaúcho.
O Garotos da Rua, nome inspirado numa música de Carlos Caramez
e Sérgio Mello, foi criado em julho de 1983, em Porto Alegre por Bebeco Garcia,
o baterista Edinho Galhardi, o saxofonista King Jim e o baixista Mitch Marini1
. Iniciaram tocando como banda da casa no bar Rocket 88, reduto do rock and
roll na cidade.
em 1985, são
contratados pela gravadora RCA e tornam-se nacionalmente conhecidos através do
hit "Tô de Saco Cheio", cujo sucesso os convence a se transferirem
para o Rio de Janeiro.
Empolgados, lançam seu primeiro álbum pela RCA, Garotos da
Rua, que também inclui as músicas "Você é Tudo que Eu Quero",
"Sabe o Que Acontece Comigo?", "Babilina", "Não é
Você" (com a guitarra de Celso Blues Boy) e "Gurizada Medonha".
No ano seguinte, gravam o disco Dr. em Rock 'n' Roll, e a
música "Eu Já Sei" vira hit em todo o país, ao figurar na trilha da
novela Mandala.
Espírito da coisa
- Grupo de pop-rock formado por Cláudio (voz), Dila (voz), Victor (voz), Katita
(voz), Paulo Correa (guitarra, piano, violão, flauta e voz), Guilherme
(teclados, saxofone e flauta), Cláudio Matheus (baixo) e Sobral (bateria e
percussão) na cidade do Rio de Janeiro, em meados da década de 1980, seguia a
proposta musical da Blitz, isto é, canções leves e com letras bem-humoradas,
sem, contudo, jamais obter o sucesso da original. Iniciou a carreira
participando de duas coletâneas, em 1985: uma lançada pela Top Tape
"Indústria do rock", e outra pela Som Livre, relativa ao programa
"Globo de Ouro". No ano seguinte, lançou o primeiro e único disco,
"O Espírito da Coisa", também pela Top Tape.
Voluntários da Pátria
- O quinteto paulistano Voluntários da Pátria foi a primeira banda brasileira
com uma proposta estética e sonora representante do pós-punk. Formado em São
Paulo/SP em 1982 por Nazi - com Z mesmo - (vocais), Thomas Pappon (bateria)
Ricardo Gaspa (baixo) e os guitarristas Miguel Barella e Giuseppe Frippi,
deixaram apenas um registro, este LP de 8 canções em 24 minutos.
Apesar da curta trajetória da banda, que logo daria espaço a
projetos individuais e novas bandas, Nazi e Gaspa se dedicariam ao Ira!, Thomas
montou o Fellini e o Smack, Miguel e Giuseppe com o Alvos Móveis, o Voluntários
da Pátria teve uma boa repercussão na capital e foi banda precursora no estilo,
tendo se apresentado em todos os palcos do underground paulistano, tais como
Carbono 14, Madama Satã, Napalm e Lira Paulistana.
O Lado A abre
com uma canção de título provocativo "O homem que eu amo", segue com
o "Iô-iô" de versos niilistas e sarcásticos, como "Meu iô-iô não
quer subir/Vou reclamar na coca-cola". "Cadê o socialismo?" foi
uma boa provocação para aqueles anos de abertura política,não é por acaso que a
canção fora interditada para execução pública. O disco ainda traz as
instrumentais "Marcha" e "Nazi über alles". "Verdades
e mentiras" tem a cara do pós-punk paulistano, umas das melhores do disco.
TNT - A
primeira formação, não oficial, da banda contava com Charles Master, Flávio
Basso, Nei Van Soria, Márcio Petracco e Alexandre Birck (que mais tarde integraria
a Graforréia Xilarmônica, dando lugar a Felipe Jotz) em seus primórdios .
Em 1985 gravam o Rock Grande do Sul , uma coletânea com mais 4 bandas: DeFalla,
Engenheiros do Hawaii, Garotos da Rua e Os Replicantes, que mostra a formação
mais conhecida. Pouco tempo após sua gravação teve a vinda de Tchê Gomes.
Flávio Basso e Nei Van Soria abandonam a banda antes do
lançamento do primeiro disco, para irem tocar o seu "porno rock", em
uma das maiores bandas de Rock gaúcho da história, Os Cascavelletes .
Márcio Petracco volta à banda junto com seu ex-colega de
escola Tchê Gomes, que eternizou sua voz e guitarra na banda cantando e tocando
músicas como "Estou na Mão", "Ratiação", "Liga Essa
Bomba" e "Deus Quis" (regravada pela banda Acústicos &
Valvulados).
Em 1987 é lançado o primeiro álbum da banda, auto-denominado
"TNT".
DeFalla -
é uma banda brasileira de rock and roll formada em Porto Alegre, RS em 1985.
Foi assim batizada em homenagem ao compositor erudito espanhol Manuel de Falla
(1876-1946), sugestão do primeiro baixista do grupo, Carlo Pianta. Nasceu com
influências de hard rock, rap, glam rock, heavy metal e, mais tarde, flertou
com big beat, funk carioca, hardcore melódico e miami bass.
A banda ficou reconhecida pelas irreverentes mudanças em
suas formações, seu estilo musical e sua apresentação estética. Inseriu-se no
cenário do rock inicialmente no circuito alternativo de Porto Alegre e mais
tarde em São Paulo e Rio de Janeiro, sendo famosas as apresentações no Circo
Voador.
365 -
Fundada em 1983, com os ex-integrantes da primogênita banda punk paulistana
Lixomania e um ex-integrante do Psykóze, com influências do punk-rock e new
wave, a banda contava com Miro de Melo na bateria (ex-Lixomania e Guerrilha
Urbana), Tiquinho (guitarra) e Adauto (baixo), também ex-integrantes do
Lixomania, e o ex-vocalista do Psykóze, Oclinhos. Nesse mesmo período, o 365 se
apresenta no festival de Juiz de Fora, ao lado de Erasmo Carlos, entre outros
grandes nomes. A banda , porém, não se parecia nem um pouco com o 365 que hoje
se conhece. O projeto é abandonado depois de poucas apresentações.
Em 1985, já com Mingau (ex-Ratos de Porão) no baixo, entram
pra banda o vocalista Finho e o guitarrista Ari Baltazar, que junto com Miro,
constituem a formação definitiva da banda. Todo o repertório anterior é
descartado. Finho e Ari assumem as composições da banda com um estilo voltado
para o pós-punk. Sua música foi intitulada por alguns críticos como rock de
combate.
Em 1986 é lançado o disco-mix contendo as músicas "São
Paulo" e "Canção para Marchar", a canção "São Paulo"
torna-se um grande sucesso e posteriormente um clássico do rock nacional. Com a
repercussão positiva, em 1987 lançam seu primeiro álbum homônimo, contendo
entre outras músicas, uma versão de "Grândola, Vila Morena", música
do cantor e compositor português Zeca Afonso. A música original foi utilizada,
na década de 70, como senha de sinalização durante a Revolução dos Cravos, em
Portugal.
Violeta de outono
- Violeta de Outono é uma banda de rock brasileira, que surgiu na cidade de São
Paulo, em meados de março de 1984. Suas músicas tem em sua essência o pós-punk
e o som psicodélico.
Em 1981, após o termino das atividades de sua primeira banda
(Lux), o vocalista Fábio Golfetti conhece o baterista Claudio Souza, e juntos,
participam da primeira formação da banda paulistana Zero, ficando somente até
gravar um dos primeiros singles da banda.
Após sairem do Zero, Fábio Golfetti e Claudio Souza se
juntam ao baixista e fotógrafo Angelo Pastorello, e formam em 1984 a banda
Violeta de Outono.
Em 1986, com os primeiros shows, a banda começa a ter um
público cativo, e acaba sendo convidada pela loja de discos Wop-Bop para lançar
um EP com apenas três músicas, dentre elas Outono, uma das músicas mais
conhecidas da banda.
Após o bom resultado do lançamento do EP, a banda assina com
a gravadora RCA (hoje, selo pertencente à Sony Music), que lança em 1987 pelo
selo Plug, o primeiro LP, batizado de "Violeta de Outono", que além
de Outono, continha músicas como Declínio de Maio, Dia Eterno e o cover de
Tomorrow Never Knows dos Beatles, considerado pelos ferozes críticos da época,
ser tão bom quanto o original dos Fab Four.
Já em 1989 é lançado o segundo LP, intitulado "Em Toda
Parte", que acaba não tendo o mesmo resultado do LP de estreia. Neste LP
destaca-se a música-título do álbum.
Fellini - Em 1985 a essência do Post-Punk
inglês e suas principais bandas começavam a se dissolver. No Brasil,
entretanto, o gênero parecia recém-descoberto, alimentando uma série de obras
que caminhavam pelas sombras do solo tupiniquim. Princípio para o trabalho de
grupos como Legião Urbana e Ira!, o estilo encontrou na postura versátil da
paulistana Fellini um ponto natural de transformação. Sustentados pelos
experimentos, Cadão Volpato, Thomas Pappon, Jair Marcos e Ricardo Salvagni
fizeram da curta passagem da banda um dos momentos mais curiosos do rock
brasileiro dos anos 1980 – e até além dele. Da essência de Adoniran Barbosa,
passando pelos arranjos sombrios de grupos como The Smiths, Gang Of Four e Joy
Division, poucas bandas surgidas no mesmo período conquistaram um repertório
tão hermético e ainda amplo quanto a Fellini.
Garotos Podres
- Influenciados pelas bandas de punk rock do final dos anos 70 e início dos
anos 80, o grupo foi formado em 1982 na cidade de Mauá, que é uma das cidades
que compõem a região do Grande ABC em São Paulo. Naquela época o Brasil se
encontrava no auge do movimento punk no país, e várias bandas surgiam
principalmente nos grandes centros urbanos.
Sua primeira apresentação aconteceu em 1983, na cidade de
Santo André num evento que reuniu vários grupos de vários estilos musicais em
prol do Fundo de Greve dos Metalúrgicos do ABC, daí para frente começaram a
participar de vários eventos pela região. A primeira gravação aconteceu em 1984
quando foram convidados a participar de uma coletânea em K7 com as bandas:
Corte Marcial, Infratores e Grito de Alerta.
Em 1985 entraram em estúdio para gravar o que seria uma
demo-tape. Foram gravadas e mixadas catorze músicas em doze horas num estúdio
de oito canais, e o resultado foi considerado tão bom para os padrões da época
que onze destas músicas acabaram se tornando o álbum de estreia da banda,
intitulado Mais Podres do que Nunca, editado pelo extinto selo Rocker e no ano seguinte
pelo extinto selo Lup-Som. Esse disco chegou a marca das 50.000 cópias
vendidas, um recorde de vendagem de discos independentes na época e continua
sendo distribuído em CD até hoje.
Os Replicantes
- O nome da banda Os Replicantes é uma referência aos andróides do filme Blade
Runner (1982) de Ridley Scott, no qual os replicants do filme eram muito
parecidos com os seres humanos, porém mais fortes e ágeis.
Em 16 de maio de 1984, com Wander Wildner (vocal), Cláudio
Heinz (guitarra), Heron Heinz (baixo) e Carlos Gerbase (bateria), a banda se
apresentou profissionalmente pela primeira vez, no Bar Ocidente, em Porto
Alegre. Em 1984, gravam a música Nicotina num estúdio de jingle, de quatro
canais, com a ajuda do produtor musical Carlos Eduardo Miranda. Levaram a
música para a recém criada Rádio Ipanema FM, que a incluiu na programação. Em
1985 eles passam a fazer mais shows, gravam um videoclipe de "Nicotina",
o primeiro da história do rock gaúcho, e resolvem gravar seu primeiro disco: um
compacto duplo (vinil) com quatro músicas: "Nicotina",
"Rockstar", "O Futuro é Vórtex" e "Surfista
Calhorda". O disco é distribuído pelo selo Vórtex, dos próprios Replicantes.
De forma independente, o compacto chega em várias cidades brasileiras e vende
duas mil cópias.
Na sequência fazem um videoclipe para "Surfista
Calhorda" e são convidados a participar da coletânea Rock Garagem, com a
música "O Princípio do Nada". Em 1986 assinam contrato com a
gravadora RCA (depois BMG), e gravam o LP O Futuro é Vórtex, em São Paulo. As
músicas "Surfista Calhorda" e "A Verdadeira Corrida
Espacial" saem na coletânea Rock Grande do Sul, que traz as bandas
DeFalla, Engenheiros do Hawaii, Garotos da Rua e TNT. "Surfista
Calhorda" tem boa aceitação nas rádios de todo país e logo se torna um
hit. O segundo disco, lançado em 1987, também pela BMG, é Histórias de Sexo e
Violência, outro clássico, com "Sandina", "Astronauta" e
"Festa Punk". Nesta época fazem uma série de shows em São Paulo,
tocando ao lado de outras bandas do cenário da época, como o Plebe Rude,
Cólera, Garotos Podres e 365. Lançam o primeiro vídeo da música brasileira em
locadoras, a fita VHS Os Replicantes em Vórtex, com videoclipes e shows da
época.
HANÓI HANÓI
- Criado por Arnaldo Brandão (ex-A Bolha,Brylho e A Outra Banda da Terra - que
acompanhava Caetano Veloso]) a partir de uma parceria com o poeta Tavinho Paes,
o guitarrista mineiro Affonso Heliodoro dos Santos Jr., o Affonsinho, e o
baterista Pena, o "Hanói-Hanói" gravou seu primeiro LP em 1986, que
inclui o maior sucesso da banda, "Totalmente Demais" (posteriormente
regravado por Caetano Veloso) e "Blablabla Eu Te Amo" (mais conhecido
pela interpretação de Lobão). Em 1988, em seu segundo disco, o grupo lançaria
outra música que ficaria famosa com outro intérprete: "O Tempo Não
Pára", parceria de Brandão com Cazuza, que popularizou a própria versão. O
terceiro disco, "O Ser e o Nada" (EMI), é de 1990 e tanto o título
quanto o conceito do disco são empréstimos feitos ao papa do existencialismo,
Jean-Paul Sartre. O grupo teve seu grande momento ao vivo durante o Rock In Rio
II em 1991, quando substituíram o Barão Vermelho. No ano seguinte, foi lançado
Coração Geiger.
A banda ainda lançaria o CD "Credus" em 1995,
contendo gravações feitas durante uma turnê em 1993. Tavinho Paes e Arnaldo
Brandão continuaram a parceria que iniciaram nos anos 80, com mais de 50
canções editadas e gravadas após o fim da banda.
AZUL 29 - Grupo
de Tecnopop e Synthpop formado em 1982, na Cidade de São Paulo. Integrado por
Thomas Susemhil (voz e teclado), Eduardo Amarante (guitarra), Miko Bielefeld
(baixo) e Malcolm John Oakley (bateria) e influenciado pela New Wave, lançou
dois compactos pela gravadora WEA: Metrópole/Olhar, em 1983 e O teu nome em
neon/Ciências Sensuais, em 1984. Além dos compactos, participou da trilha
sonora do filme Bete Balanço1 , dirigido Lael Rodrigues, também em 1984, com a
canção Video-Game, que se tornou sua música mais conhecida e seu maior sucesso.
A banda encerrou suas atividades em 1985 e não chegou a gravar nenhum LP.
Eletrdomésticos
- Sucesso dos anos 80, a canção “Choveu no Meu Chip“ esteve entre os primeiros
lugares em vendas e execução nas rádios do país. Composta no emblemático
(graças à Orwell) ano de 1984, profetiza com humor a era digital e a incorporação de
computadores pessoais no cotidiano, quando ainda não havia telefones celulares
nem internet WWW no Brasil.
“(…) Já eram todos os arquivos/ Os meus controles pessoais/
O telefone dos amigos / Minhas informações vitais (…)”
A banda “Eletrodomésticos” formou-se durante a faculdade de
Design, na PUC-RJ, com Luciana Araujo Lumyx como compositora e teladista,
pilotando um teclado Korg Poly 800.
Akira S e as
Garotas que Erraram - Akira S conheceu Pedreira Antunes AKA Lex Lilith,
o Alex Antunes em 1984. Logo apresentou-lhe o que sabia sobre música
eletrônica, influenciada principalmente pela New Wave, e em seguida resolveram
montar uma banda.
Começaram apenas com baixo, tapes e voz, mas não era
suficiente para expressar o que sentiam, então Edson X foi convidado para tocar
bateria. Mesmo assim não foi o bastante.
Em um determinado momento, tiveram dois baixos, teclados e a
bateria ora acústica ora eletrônica e nenhuma guitarra. Contudo os guitarristas
dos Voluntários da Pátria, Miguel Barella e Giuseppe "Frippi" Lenti,
passaram a contribuir com a banda, sendo que este último chegou a ser
integrante oficial de Akira S & As Garotas Que Erraram.
Em 1985 participaram da coletânea "Não São Paulo"
com a música "Sobre As Pernas", que contou com a participação de
André Jung, da Ira!, e do alemão Holger Czukay, da Can, que fora convidado por
Miguel Barella para a gravação.
Em 1987 lançaram um disco homônimo que ainda hoje não foi
lançado em CD. Com muitas pesquisas sobre timbres e o uso de vários efeitos,
dentre eles e-bow e guitar-synth, a importância de Barella e "Frippi"
nas gravações do LP foi enorme, maior do que qualquer um previa. Paralelamente
a isso, o baixo de Akira S e a bateria de Edson X tiveram relevante influência
para os Voluntários da Pátria.
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Legal.
ResponderExcluirValeu obrigado
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