segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

AS DAMAS DA MPB





Apesar da mesmice e falta de talento da MPB atual, com suas pseudocantoras, mais preocupadas em rebolar no palco enquanto fingem cantar seus refrões repetidos e pegajosos, houve um momento em que nossa música era composta por verdadeiras artistas. Mulheres que primavam pela bela voz, pela interpretação primorosa e um repertório de classe.





Talvez a maior culpada pelo nível baixo atual seja a própria indústria fonográfica. Mais acostumada com o sucesso fácil, prefere investir em pessoas sem o mínimo de preparo (como Cláudia Leite, Ivete Sangalo e cia) invés de dar oportunidades e/ou espaço para verdadeiras artistas; coisas assim dão trabalho e o lucro pode ser incerto. Palavras que as gravadoras não gostam nem de ouvir.




Eis alguns nomes que já honraram (em alguns casos, ainda o fazem) a verdadeira Música Popular Brasileira:




DALVA DE OLIVEIRA -











ELIZETH CARDOSO -










ÂNGELA MARIA -












MARLENE -











EMILINHA BORBA -









DOLORES DURAN -







MIÚCHA -








EDITH VEIGA -










NARA LEÃO -








GAL COSTA -









MARIA BETHÂNIA -









ELIS REGINA -









LEILA PINHEIRO -









NANA CAYMMI -









NÁ OZETTI -










VÂNIA BASTOS -










quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

OS PRINCIPAIS INDICADOS AO OSCAR





Se há momentos de alta-tensão em Hollywood, o dia em que as produções são indicadas ao Oscar é um destes. Após isso, as apostas e especulações (somado ao retrospecto dos filmes em outros festivais que antecedem a premiação da Academia) correm soltas. Nesse ano não poderia ser diferente.








BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA) - Riggan Thomson (Michael Keaton) fez muito sucesso interpretando o Birdman, um super-herói que se tornou um ícone cultural. Entretanto, desde que se recusou a estrelar o quarto filme com o personagem sua carreira começou a decair. Em busca da fama perdida e também do reconhecimento como ator, ele decide dirigir, roteirizar e estrelar a adaptação de um texto consagrado para a Broadway. Entretanto, em meio aos ensaios com o elenco formado por Mike Shiner (Edward Norton), Lesley (Naomi Watts) e Laura (Andrea Riseborough), Riggan precisa lidar com seu agente Brandon (Zach Galifianakis) e ainda uma estranha voz que insiste em permanecer em sua mente.



Como melhor filme do ano BIRDMAN desponta como favorito. O que parece um contrasenso, já que Hollywood não gosta de se ver nas telas. A lenda sempre funcionou na vida real, já que produções que criticam o 'status quo' cinematográfico nunca se deram bem.

Keaton está inspiradíssimo no papel principal. A direção e o roteiro idem. Parece ser o filme do ano.










AMERICAN SNIPER – É a adaptado do livro American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Militar History; este filme conta a história real de Chris Kyle (Bradley Cooper), um atirador de elite das forças especiais da marinha americana. Durante cerca de dez anos, ele matou mais de 150 pessoas, tendo recebido diversas condecorações por sua atuação.



O filme empolga, a direção é de Eastwood, o que já significa muito e Cooper se entrega de corpo e alma no personagem de sua vida. Mas por mais que o filme tente esconder o ranço imperialista (mostrando seus conflitos e dramas pessoais), ao humanizar o personagem, Clint acaba por mascarar a dura e melancólica verdade: o atirador de elite matou centenas de pessoas, em sua grande maioria mulheres, crianças, idosos. Não há como fugir disso.








BOYHOOD - DA INFÂNCIA À JUVENTUDE - O filme conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.



A direção e a forma com a qual o filme é realizado é único na história do cinema contemporâneo. E isso já vale o ingresso. Filmado entre 2002 e 2014, a produção acompanha o crescimento dos atores mirins mas também dos atores profissionais (Arquette e Hawke), já que ambos são peças fundamentais na trama. O elenco se reunia cerca de 50 dias por ano. Filmavam tudo o que era possível e aguardavam a próxima temporada para dar continuidade. A novidade é o que mais atrai, o roteiro é diferente, mas excetuando-se a atuação do casal profissional e do garoto prodígio (Coltrane), há poucas chances de brilhar nas principais categorias.







O GRANDE HOTEL BUDAPESTE - No período entre as duas guerras mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX.



Apesar do elenco estelar (Jude Law, Tilda Swinton, F. Murray Abraham, Harvey Keitel, Mathieu Amalric, Saoirse Ronan, Bill Murray, Owen Wilson, Edward Norton, Jeff Goldblum, Adrien Brody, Jason Schwartzman, Bob Balaban, Tom Wilkinson e Willem Dafoe), a produção não obteve nenhuma indicação nas categorias de ator e atriz. Mas Wes Anderson, sim, como diretor e roteirista.







O JOGO DA IMITAÇÃO - Esta biografia de Alan Turing (Benedict Cumberbatch) acompanha sua ascensão no mundo da tecnologia, quando seus conhecimentos inestimáveis em matemática, lógica e ciência da computação contribuíram com as estratégias usadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, este homem tinha diversos conflitos com sua própria homossexualidade, buscando soluções de cura, e vindo a cometer suicídio em 1954.



Correndo por fora, mas com alguma chance nas categorias de ator e diretor. Como roteiro adaptado tem mais chances.









SELMA - Cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.



Elenco, direção e roteiro funcionam muito bem nessa produção que optou por nomear o filme com o nome da cidade onde se originou a passeagta de King e seus seguidores, dando um toque diferente na abordagem de sua trajetória.









A TEORIA DE TUDO - Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide (Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa, quando ele tinha apenas 21 anos.



Impossível não se maravilhar com essa produção cujo mérito maior foi de ter atores que pudessem compor seus personagens de maneira mais próxima da realidade. É aí que se destaca a atuação de Redmayne), talvez quem possa fazer sombra a Keaton na noite da premiação.









WHIPLASH - EM BUSCA DA PERFEIÇÃO - O solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na música americana como fez Buddy Rich, seu maior ídolo na bateria. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (JK Simmons), Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.






O azarão da corrida tem mais chances de ganhar um Oscar para a ótima atuação de Simmons, como ator coadjuvante.






FILME ESTANGEIRO – Citando os que tem mais chances.







LEVIATÃ - Numa península do Mar de Barents, no Ártico, um pai de família (Aleksey Serebryakov) luta contra os desmandos de um prefeito corrupto. Para enfrentar o político que tenta desalojá-lo, ele recorre a um colega de Moscou.






O que pode ajudar o filme é a boa e velha politicagem de Hollywood, a serviço do sistema. Como nas entrelinhas a produção critica a administração de Vladmir Putin, é capaz de ter alguma chance.







RELATOS SELVAGENS - Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle.



Repare que quando se fala de bons filmes sulamericanos, se fala, obrigatoriamente sobre o cinema argentino. E, conseguinte, do ator Ricardo Darín, um dos melhores atores da atualidade.




Se tudo correr bem, dentro da normalidade (quesitos artísticos) o filme é barbada.





quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Os Vilões dos Quadrinhos - Parte 1




O que seriam dos heróis senão fossem suas nêmesis? O que, afinal, tornam os personagens super-heróis? Os vilões e suas sandices, seus desvios de caráter.

Há os que operem em maior ou menor nível de sua 'vilanice'. Há os que estão nessa por poder e dinheiro; há os que apenas desprezem a vida humana, sacrificando até pessoas próximas para conseguir seus torpes objetivos. Na pior escala, pode-se colocar gente como Norman Osborn e o Coringa. 

Osborn jogou o próprio filho aos leões para ser quem era, para chegar a um patamar de poder e ambição sem limites. Sua obsessão sacrificou Harry Osborn. Coringa por sua vez, elimina obstáculos sem pensar nas consequências. Aleijar a BatGirl, assassinar Robin, e outras ações degeneradas mostram a extensão de sua loucura. Citei apenas estes dois para mostrar que, aos poucos, os heróis tiveram que se adaptar ao abismo de loucura criado por seus arqui-inimigos. Com o tempo, apenas brigar e prender já não era suficiente. Havia a necessidade de superar a guerra psicológica criada pelos inimigos. Cair na água, mas sem se molhar.

Desde os que operam no submundo até os que almejam conquistar o Universo, vilões são a essência dos quadrinhos. Sem eles, não há necessidade de heroísmo, de lutar por dias melhores. Fazem dos personagens que encarnam os super-heróis, seres humanos melhores, já que lutam dia a dia para não sucumbir ao lado negro da força. 

Eis alguns que alegram a vida dos leitores das principais editoras de quadrinhos, a Marvel e a DC:






Coringa - é um dos maiores vilões dos quadrinhos da editora norte-americana DC Comics, arqui-inimigo de Batman e Robin, aparecendo pela primeira vez na revista Batman #1 (1940).

O Coringa foi desenhado por Bob Kane a partir de uma carta de baralho trazida pelo Arte-finalista Jerry Robinson e uma foto de Conrad Veidt no filme "The Man Who Laughs" (1928) trazida pelo roteirista Bill Finger. A partir disso, Kane e Finger desenvolveram o personagem .



Ele é um psicótico (doenças mentais) com uma aparência similar a um palhaço ou a de um curinga das cartas de baralho, de cabelos verdes, pele branca e boca vermelha sempre sorridente, que constantemente desafia o Homem-Morcego lhe provocando grandes traumas como deixar paralítica a Batgirl Barbara Gordon e matar o Robin Jason Todd, além da esposa do Comissário Gordon.

É um dos personagens mais famosos dos quadrinhos. São raros os vilões que conseguem popularidade como ele, sendo considerado por muitos como o mais célebre vilão das histórias em quadrinhos.






Loki - é um personagem de história em quadrinhos , um supervilão da Marvel Comics baseado em Loki da mitologia nórdica. Ele fez sua primeira aparição oficial na Marvel em Journey into Mystery (vol.1) nº85 (Outubro de 1962).

Loki na verdade é mal compreendido, ele sempre acreditou que Odin o adotara para que fosse enaltecida a grandeza de Thor, Loki ficou desgostoso com sua condição submissa em relação a aqueles que lhe tiraram sua condição de herdeiro de Laufey, rei dos gigantes de gelo. Toda a sua luta é para mostrar a todos que ele tem valores, ainda que distorcidos. Criado por Stan Lee, Jack Kirby e Larry Lieber.






Dr Destino - é o alter-ego de Victor von Doom, um super-vilão das histórias em quadrinhos da Marvel. Foi criado por Stan Lee e Jack Kirby e sua primeira aparição foi na revista Fantastic Four nº5.

Destino é considerado o arqui-inimigo do Quarteto Fantástico, mas enfrenta constantemente outros heróis, como os Vingadores e o Homem-Aranha. Foi inclusive um dos primeiros super-vilões a aparecer na revista do Homem-Aranha. O Doutor Destino é um vilão arquetípico e muitas de suas características vem sendo repetidas em outros personagens. Apesar de seus avançados conhecimentos científicos e de usar o título de Doutor, Doom não possui este nível de graduação acadêmica, já que foi expulso da Empire States antes de completar seu curso. Sugeriu-se numa história que Destino tenha se concedido um doutorado honorário de uma universidade da Latvéria.
 Mais uma criação da dupla Lee/Kirby.






Duende Verde - alter ego psicótico de Norman Osborn, é um dos principais inimigos do Homem-Aranha (para muitos o maior) e por consequência um dos principais vilões do universo Marvel.

O Duende Verde original é a manifestação da insanidade gerada pela indução de substâncias químicas (soro mutágênico) no cientista Norman Osborn, dono da Oscorp.

Nenhum vilão fez tanto quanto o alter-ego de Norman Osborn para arruinar o Escalador de Paredes. Ele descobriu a identidade do Homem-Aranha e apesar de não se lembrar sempre dela em função de suas periódicas voltas à sanidade, ao novamente sucumbir à loucura ele sempre usava a estratégia de atacar Peter Parker aterrorizando seus amigos e amores, sendo responsável direto pelo assassinato da namorada de Parker, Gwen Stacy.

Fala-se Duende Verde original, pois existiram outros que sucederam o Norman, surgidos depois que ele foi dado como morto. Seu filho Harry, o psiquiatra do filho e até uma versão dos anos 80, Duende Macabro.Só retornaria muito tempo depois. A maioria das pessoas que usou esse nome entrou em contato com um soro mutagênico em algum momento de suas vidas. O soro concede força, agilidade e resistência (o suficiente para resistir a disparos de armas de médio calibre), mas acaba perturbando a mente do infectado em maior ou menor grau.






Rei do Crime -  Wilson Fisk, é um personagem fictício, um super vilão do universo da Marvel Comics. Ele é um dos chefões do crime mais temido e poderoso do Universo Marvel. O personagem é um grande adversário do Demolidor, do Justiceiro e do Homem-Aranha. Segundo a lista dos "100 maiores vilões dos quadrinhos de todos os tempos” do site IGN, o Rei do Crime está na décima posição.

Criado pelo escritor Stan Lee e o desenhista John Romita Sr. Segundo a idéia original de Lee, o Rei do Crime seria um tipo de chefão mafioso, mas a caracterização artística dada por Romita,que baseou a aparência física no ator Sydney Greenstreet, que não lembrava a descendência italiana, levou a que ele mudasse a personagem para um tipo de empresário americano inescrupuloso.




Sua primeira aparição foi em The Amazing Spider-Man #50 (Julho de 1967), aparecendo como um inimigo do Homem-Aranha, mas eventualmente se tornou arquiinimigo do Demolidor.Atualmente ele continua a ser um adversário recorrente, tanto ao Homem-Aranha quanto ao Demolidor, e sempre um importante suspeito para o Justiceiro.







Venom - é o nome dado a diversas personagens do Universo Marvel. O nome refere-se a todos (exceto o Homem-Aranha) os hospedeiros do simbionte alienígena que foi trazido à Terra pelo herói aracnídeo.

Peter Parker encontrou a "nova roupa" durante as Guerras Secretas e depois a trouxe para Terra. Peter gostou de seu novo uniforme, mas ele percebeu que, ao usá-lo, estava se transformando numa pessoa ruim, além de ter que estar sempre em ação. Ao descobrir que se tratava de um simbionte alienígena, que se alimentava de sua energia vital para sobreviver, o Homem-Aranha decidiu se livrar do "uniforme".

"Eddie Brock:" O Venom original. Era um jornalista fracassado, que, nas horas vagas, dedicava-se intensamente à musculação. Um dia, ao confessar suas mágoas, fundiu-se ao simbionte alienígena (escondido no laboratório onde Eddie trabalhava), e tornou-se o psicótico Venom, um dos poucos vilões que sabia a identidade secreta do Homem-Aranha. Por anos, perseguiu o herói, quase matando-o em algumas oportunidades. Por fim, acabou abandonado pelo simbionte, devido ao câncer que desenvolveu. Apesar de ter sido um paciente terminal da doença, resquícios do simbionte alienígena sofreram mutação e curaram o câncer, além de transformar Eddie no Anti-venom, inimigo do Venom atual.






Chacal -  é um personagem de histórias em quadrinhos, inimigo do Homem-Aranha e do Justiceiro. Criado por Gerry Conway e Ross Andru, ele era um professor de biologia de Peter Parker.

Warren era apaixonado por uma de suas alunas, Gwen Stacy. A sua morte (nas mãos do Duende Verde) o enlouqueceu. E descobrir a identidade do Homem Aranha (Peter Parker, seu próprio aluno) só piorou as coisas, afinal, em sua mente doentia, a culpa da morte dela era do Cabeça de Teia. A tristeza se transformou em ódio, e o ódio em obsessão. Seu alvo: o Aracnídeo.

De acordo com suas próprias experiências, o professor então chamado de Miles Warren acabou criando um vírus chamado de Vírus Carniça. Infectou com ele um clone seu que chamou de Chacal. Em sua primeira aparição o Chacal tentou manipular o Justiceiro (também em sua primeira história) para fazer com que ele matasse o Homem-Aranha. O Chacal culpava o Aranha pela morte de Gwen Stacy, aluna por quem era apaixonado.

Em seu próprio ataque ao Aracnídeo, o professor Warrem supostamente morreu, mas clones seus sobreviveram durante um tempo e continuaram obcecados por Gwen Stacy, tentando cloná-la por diversas vezes. O Chacal também já fez vários clones de Peter Parker, sendo os dois mais relevantes o herói Aranha Escarlate (Ben Reilly) e o vilão Kaine. O personagem ressurgiu na Saga do Clone, em 1996.

As ações do vilão deram origem ao ser chamado de Carniça, que a princípio foi apresentado como um clone deteriorado de Warren, mas que depois se descobriu tratar-se de outro estudante do professor, que havia sido infectado pelo Vírus Carniça. O vilão era super-poderoso, podendo matar com um mero toque de suas mãos, além de poder levitar.







Lex Luthor - é o arqui-inimigo do Superman, e como um supervilão de alto status, também entrou em conflito com o Batman e outros super-heróis do Universo DC. Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, o personagem apareceu pela primeira vez na Action Comics #23 (Abril de 1940). Luthor é um rico, louco e poderoso magnata de grande inteligência e incrível proeza tecnológica. Suas metas são tipicamente centradas em matar o Superman, o obstáculo mais importante para atingir os objetivos megalomaníacos do vilão. Apesar de usar periodicamente um exoesqueleto motorizado, ele tradicionalmente não tinha superpoderes ou uma identidade secreta.

Lex Luthor aparece tipicamente nas histórias em quadrinhos e outras mídias como um magnata careca com imensa riqueza e poder corporativo. No entanto, foi originalmente descrito como um cientista louco que, na veia de romances pulp, causa estragos no mundo com seu armamento futurista. O personagem foi mais tarde remodelado como um magnata e industrial. Em suas primeiras aparições, Luthor é mostrado com uma cabeça cheia de cabelos ruivos. Apesar disso, o personagem ficou mais tarde sem cabelos como o resultado do erro de um artista. Uma história de 1960, por Jerry Siegel, expandiu a origem e motivações de Luthor, revelando que ele era um amigo de infância de Superman, e que perdeu o cabelo quando um incêndio destruiu seu laboratório.

Após a série limitada Crise nas Infinitas Terras, de 1985, o personagem foi re-imaginado como um industrial maquiavélico e criminoso de colarinho branco, servindo mesmo que brevemente como presidente dos Estados Unidos. Nos últimos anos, vários autores reviveram a personalidade de cientista louco de Luthor da década de 1940. O personagem foi classificada em 4º na lista dos 100 Maiores Vilões de Histórias em Quadrinhos de Todos os Tempos da IGN7 e como o 8º maior vilão pela Wizard de sua lista dos 100 Maiores Vilões de Toda os Tempos








Duende Macabro - foi criado no vácuo deixado pelo Duende Verde original que, até então (meados dos anos 80) estava realmente morto. A forma como foi criado (Roger Stern) e a sutileza em nunca revelar a identidade (além de seu sadismo e obsessão para derrotar o aracnídeo) fizeram dele uma boa versão (por que não dizer cópia) do vilão Norman Osborn. O que atrapalhou foi a volta do Duende original (final da Saga do Clone, 1997), que deixou o Macabro meio sem função, já que ele foi criado para ser a versão do Osborn. Portanto dois iguais não se ajustam, daí a morte do personagem -- Roderick Kingsley.







Adão Negro - é um personagem fictício de histórias em quadrinhos atualmente pertencente à editora americana DC Comics. Originalmente parte da Fawcett Comics é um super-vilão, basicamente, a versão maligna do Capitão Marvel/Shazam, do qual figura como principal arquinimigo.

Criado pelo roteirista Otto Binder e pelo desenhista C. C. Beck em 1945, Adão foi um dos primeiros detentores dos poderes do Mago Shazam ainda na época do Antigo Egito, quando ainda era Teth-Adam, filho do faraó Ramsés II, com os quais deveria combater o mal e preservar a paz, assumindo a identidade de Adão Negro. Entretanto, Teth se deixou seduzir pelo poder, sendo, como castigo, exilado pelo Mago Shazam em outra dimensão. Só no Século XX d.C., quando o próprio Mago Shazam viu o caos que se instalara no mundo, dicidindo oferecer seus poderes ao jovem Billy Batson, para representar, assim como fora com Teth milênios atrás, o defensor da paz e da justiça, que este último conseguiu se libertar, voltando-se definitivamente contra o Mago Shazam e seu recente "pupilo", o Capitão Marvel, tornando-se, de longe, o principal inimigo do personagem, e da família Marvel como um todo, com o objetivo de saciar sua sede de vingança.









segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A ETERNA DIVA - PARTE 2




Em 1956, Marilyn foi à Londres para filmar O Príncipe Encantado (The Prince and the Showgirl) com Laurence Olivier, tido como o maior ator shakespeariano, marido de Vivien Leigh e que também era responsável pela direção do filme. O Príncipe Encantado foi seu único filme fora de Hollywood e a primeira produção da Marilyn Monroe Productions. Sim, exatamente. Marilyn criou uma produtora independente para poder tocar seus próprios projetos e não ter de ficar refém dos papéis abobalhados que ela não suportava mais. Produzido em associação com a Warner Bros. o filme foi unanimente elogiado pela crítica europeia e rendeu à Monroe o David di Donatello - a maior honraria do cinema italiano, equivalente ao Oscar - por sua performance, e uma nomeação ao BAFTA de Melhor Atriz Estrangeira. No filme, ela engole totalmente o grandioso Olivier, no papel de uma corista, e ele no de príncipe regente de um país fictício. A comédia romântica se desenrola em um delicioso jogo de gato e rato para ver quem vai conquistar quem. Este é o filme em que ela mais se assemelha a sua figura original, sua voz e seus cabelos são os mais próximos do natural e sua atuação é deliciosamente espontânea.






Marilyn era muito inteligente. Por trás do falso personagem criado pela mídia, pelo estúdio e até por ela mesma, havia uma mulher capaz, íntegra, honesta e elegante. Apreciava boa leitura, principalmente Dostoiévski, Franz Kafka, Vladimir Nabokov, Beckett, Bernard Shaw e também Jack Kerouac. Um de seus livros prediletos era Ulisses de James Joyce. Sua peça de teatro predileta era Um Bonde Chamado Desejo de Tennessee Williams. Também apreciava Goya, Michelangelo, Picasso, Degas e Botticelli. Seu perfume preferido era Chanel Nº5 e os cosméticos de Elizabeth Arden agradavam-lhe bastante. Nutria um bom gosto excepcional para o vestuário; fora dos figurinos extravagantes e luxuosos dos filmes, ela sempre optou por vestidos de mangas longas e decotes discretos. Não gostava de se exibir e mostrar o corpo. Nunca gostou de ser o centro das atenções e chamar atenção pelos atributos físicos.
Marilyn também tinha certo engajamento político e social. "O que eu realmente quero dizer: que o mundo realmente precisa de um sentimento de parentesco. Todos: estrelas, operários, negros, judeus, árabes. Nós somos todos irmãos. Por favor, não faça de mim uma piada. Termine a entrevista com o que eu acredito". Um fato quase desconhecido, é que Marilyn chegou a ajudar Ella Fitzgerald em sua carreira. O Mocambo Nightclub era uma das boates mais famosas de Los Angeles nos anos 50 e não aceitava cantores negros. A própria Marilyn interviu pessoalmente junto ao dono da casa usando de seu status perante a imprensa e exigindo Ella Fitzgerald como atração do clube. Em troca, ela estaria lá todas as noites na mesa da frente. E assim foi, Ella conta que depois disso nunca mais precisou cantar em um clube pequeno de jazz. "Ela era uma mulher incomum, um pouco à frente de seu tempo. E ela não sabia disso".






Marilyn teve uma longa experiência com a psicanálise. Ela começou a se consultar com a doutora Margaret Hohenberg por influência de Lee Strasberg, que achava que o tratamento ajudaria na exploração de suas emoções e consequentemente, no seu processo de amadurecimento como atriz no Actor's Studio. Foi a partir daí que ela começou a dar voz às vozes. Nunca mais foi a mesma. Grande parte dos problemas de Marilyn eram consequência da psicanálise. De 1955 a 1962 ela deitou sobre o divã de 5 psicanalistas. Chegou a se consultar com Anna Freud, filha do próprio pai da psicanálise, que a atendeu quando estava na Inglaterra filmando O Príncipe Encantado. Marilyn acabou desenvolvendo uma bizarra dependência e obsessão por psicanálise, consumindo tudo o que pudesse sobre o assunto, ela demonstrava um conhecimento gigantesco para alguém que não era profissional. Sua dependência era tão grande que ela não conseguia mais sequer gravar sem a ausência de sua psiquiatra. Tinha crises de ansiedade, paranoia, medo. Faltava dias ao trabalho. Esquecia os textos e paralisava toda a produção, já que a estrela nunca estava pronta para gravar. Ao longo dos anos, a situação foi galgando níveis absurdos até que Marilyn simplesmente não conseguia mais filmar.
A psicanálise é uma ciência perigosa. Vai à fundo nas memórias mais dolorosas e sofridas na tentativa de extrair o "problema". Os tratamentos são sempre longos e exaustivos e não se sabe certamente qual cura se busca. No caso de Marilyn, talvez a psicanálise tenha sido mesmo desastrosa. Ela não conseguia mais se libertar dos sofrimentos emergidos, passou a viver enclausurada entre suas memórias trágicas, numa atmosfera completamente dark. Seu estado de espírito era o pior possível, lamentável. Nada podia parecer reerguê-la. Mas talvez, ela tivesse a certeza de que seria curada pela psicanálise.






O último ano de vida de Marilyn Monroe foi tormentoso. Ela não conseguia mais equilibrar a vida. Sua saúde estava cada vez mais debilitada e sua instabilidade mental se acentuava a cada dia. Compareceu a cerimônia do Globo de Ouro em 05/03/1962, onde ganhou a estatueta na categoria de Atriz Favorita do Mundo Durante o Ano de 1961. Estava completamente bêbada, distribuindo gargalhadas na companhia de seu amante mexicano José Bolaños. Vestia um vestido verde de paetês que deixava suas costas nuas, exibindo sua magreza exagerada. Para todos, ela estava acabada e o fim estava próximo.






Em 19 de maio de 1962, Ela voou até Nova Iorque para encenar seu último ato no baile de gala pelo aniversário do presidente John F. Kennedy, onde cantaria Happy Birthday. Monroe parecia ter ensaiado a vida inteira para aquilo, e de fato tinha. Pagou 5.000 ou 12.000 dólares ao figurinista ganhador do Oscar Jean Louis para lhe fazer o vestido que só Marilyn Monroe pudesse usar. O vestido justíssimo e coberto de pedrarias a fez resplandecer assim que pisou no palco, parecia estar nua, mas nunca esteve tão bela. Ela se preparou para cantar Happy Birthday da maneira mais sensual e provocante que podia. Era tudo proposital, cada palavra da sua boca parecia transpirar sexualidade, doçura e prazer. Quando ela entrou no palco do Madison Square Garden estava atrasada, ela vivia atrasada, estava sempre atrasada. Peter Lawford, cunhado do presidente e mestre de cerimônias a anunciou como "the late Marilyn Monroe" - em inglês late quer dizer 'atrasada', mas também significa 'falecida'. Era o último ato.






Para cantar no baile do presidente em Nova Iorque, sem a permissão do estúdio, Marilyn Monroe teve de abandonar os sets de filmagem da comédia Something's Got To Give. Era praticamente o fim. O filme que serviria para salvar a 20th Century Fox da falência, por causa dos excessos na produção de Cleópatra, estava com a produção atrasada havia meses. Marilyn não apareceu para trabalhar em sequer metade dos dias de filmagem. Agora, o estúdio estava a beira do desespero porque sua estrela mais lucrativa desde Shirley Temple não conseguia mais gravar. Aquele filme lhe trazia más recordações, as crianças que contracenavam com ela tinham a mesma idade que os seus filhos teriam, caso ela não tivesse sofrido dois abortos espontâneos durante seu casamento com Arthur Miller. Dirigida por George Cukor - o diretor das estrelas - que segunda ela a odiava, lembrava outro filme em que foi dirigida por ele - Adorável Pecadora (Let's Make Love, 1960), que ela odiou filmar. No fim, era uma produção fadada ao fracasso no estado caótico em que Marilyn estava vivendo. Mesmo assim, as fotografias dela nua na piscina correram o mundo, e Something's Got To Give é um grande objeto de interesse e pesquisa até hoje.






Os dias finais de Marilyn são motivo de relatos ambíguos. As poucas pessoas próximas e os poucos amigos relataram que ela estava incrivelmente calma, serena, ansiosa e fazia mil planos para o futuro. Parecia querer mostrar uma outra imagem, de uma nova mulher. Outros disseram que os dias finais foram iguais a todos os outros - tristes, caóticos e solitários. Um dos fatos é que depois de sua demissão do estúdio ela iniciou uma verdadeira campanha de publicidade - deu entrevistas, apareceu na televisão, e posou para fotos. Queria mostrar que não estava morta, que ainda era Marilyn Monroe e não tinha acabado. Os últimos a fotografá-la foram George Barris e Bert Stern. Seu maquiador pessoal Allan 'Whitey' Snyder que a acompanhou por toda sua carreira, disse que ela nunca pareceu tão melhor e estava animada com as oportunidades disponíveis para si mesma. Em sua última entrevista, publicada depois de sua morte ela implorou - "Por favor, não faça de mim uma piada. Termine a entrevista com o que eu acredito. Eu não me importo de fazer piadas, mas não quero parecer com uma. Eu quero ser uma artista, uma atriz com integridade". No final das contas, conseguiu ser recontratada pela Fox com um contrato milionário, que ela infelizmente não teve a oportunidade de aproveitar.






Norma Jeane Mortenson nasceu no dia primeiro de junho de 1926, e morreu na madrugada do dia 5 de agosto de 1962. A autópsia encontrou oito miligramas por cem de hidrato de cloral e 4.5 miligramas por cem de Nembutal em seu organismo. A conclusão foi overdose de barbitúricos resultada de 'provável suicídio'. Ninguém nunca acreditou. Em 8 de Agosto ela foi sepultada no Westwood Village Memorial Park em Los Angeles, na mesma cidade onde nasceu. Seu segundo ex-marido, Joe DiMaggio, pagou o funeral e cuidou de toda a cerimônia. Marilyn foi maquiada por Snyder pela última vez, assim como ele prometeu anos antes, caso ela falecesse antes dele. Monroe vestia seu vestido preferido, de Emilio Pucci, verde, e segurava nas mãos um buquê de flores rosas. DiMaggio não permitiu a presença de ninguém do meio artístico, gente que segundo ele foram os responsáveis pela morte dela. Na cerimônia estavam apenas pessoas muito próximas a ela, seu psiquiatra, o doutor Ralph Greenson, e a meia-irmã Berniece Baker Miracle (ainda viva). Pelos próximos vinte anos DiMaggio mandou depositar rosas vermelhas todos os dias ao lado da cripta de Marilyn. Contam que quando estava prestes a morrer, teria dito "finalmente vou rever Marilyn".






Mulheres como Norma Jeane ou Marilyn Monroe não nascem todos os dias. Resta a história de uma mulher que tinha tudo para ser nada, mas acabou se tornando tudo. Uma mulher que sofreu traumas irreparáveis, mas sobreviveu a todos eles e cresceu através do seu próprio esforço. A história troncuda de uma atriz subestimada e esnobada que se tornou um dos maiores ícones da história do cinema. Aquela que sempre teve que rebolar para negociar seu próprio salário e não ser engolida pelas outras estrelas, salário este que muitas vezes era menor que o do seu maquiador. Nunca teve inimigos, nem desafetos, não se metia em escândalos e gostava de ter sua vida privada protegida. Resta a história de um exemplo de atriz, de mulher e de ser humano.
Entendam que Marilyn Monroe era o personagem de uma mulher que encenava o tempo todo. Que nunca pode ser ela mesma, porque ninguém nunca havia dado nada por ela. Norma Jeane não era a mesma pessoa que Marilyn Monroe. Era uma mulher frágil, doce e perturbada, que criou um personagem mil vezes mais forte, inflamável e exuberante. Triste ou alegre, não a julguem e lembrem-se dela com carinho.






Ontem, foram cinquenta anos, amanhã serão mais cinquenta, porque o tempo passa tão rápido quanto os teus 36 anos. Adeus Norma Jeane, que na outra vida você possa apenas viver em paz.






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