Para
quem conhece a história do rock brazuca, sabe que o Circo
Voador completa 32
anos em
2014
e que tem uma história fantástica.
Lá
surgiram bandas clássicas como Blitz, Barão Vermelho, Kid Abelha,
Lobão e os Ronaldos, entre outros. Sua importância transcende a
música que, graças aos protestos e irreverência contidos nas
letras, era um reflexo do cenário político –vivíamos
o fim da ditadura militar, três anos após a Anistia e próximo de
um governo civil, após longos e tenebrosos anos.
Originou
um movimento, posteriormente chamado de rock dos anos 80 e
influenciou as geraçoes seguintes.
Hoje,
se já não ostenta mais o jeitão underground (depois
da “volta” virou
point da classe média alta carioca, um
Circo Voador 2.0)
e se os irados que passavam por lá já foram 'domesticados' ou
tragados pelo sistema há tempos, ainda tem a história ao seu lado.
Demolido
em 2002 e surpreendentemente "renascido" em uma nova obra
–caso
único
de uma casa de espetáculos ser reeguida por determinação judicial,
dois anos depois –a
casa
continua lá, como um marco para o cenário artístico brasileiro
(por lá passaram orquestras, trupes teatrais, como
o Asdrubal trouxe o trombone...),
quando ser artista significava ter talento genuíno e não ser apenas
fruto de uma golpe de marketing.
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