Richard
Dreyfuss é um grande ator. Mas no filme DE
QUEM É A VIDA, AFINAL? (Whose
life is it,anyway? - de 1981) ele se supera ao interpretar Ken
Harrison, um escultor que sofre um acidente gravíssimo de carro e
acaba tetraplégico.
Sem movimentar nada além do pescoço para
baixo, ele se dá conta que essa situação é permanente e,
conseguinte, sua vida sofrerá um impacto profundo.
Começa por
refletir que seu trabalho acabou (esculpir, nunca mais); a relação
com sua noiva também, pois ele não conseguirá manter uma relação
plena com ela; que dependerá para o resto da vida de cuidados, e
tudo isso é demais pra ele. Ken aciona seu advogado para exigir, nos
tribunais,seu direito a 'morrer' em paz, alegando que sua condição
é irreversível. É nessa hora que entra em cena o diretor do
hospital Dr. Michael Emerson (John Cassavetes) tentando demovê-lo da
ideia.
O filme trata de um assunto pesado (ortotanásia) e questiona
quem, efetivamente, tem poder sobre a vida de alguém, sem cair no
pieguismo barato, comuns em filmes sobre temas relevantes.
Um filme vigoroso, com uma direção segura e interpretações memoráveis. Receita para um grande filme. A película é rara de se encontrar, mas vale a pena.
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