Banda
que marcou época, apesar do pouco tempo de existência, o Joy
Division conseguiu
com apenas dois discos dizer a que veio e influenciar gerações. Com
forte influência do punk (eles decidiram formar um grupo de rock após
assistirem a um show dos Sex
Pistols),
Ian Curtis, Bernard Summer, Peter Hook e Stephen Morris criaram o
Warsaw,
nome que ficou até a gravação do primeiro disco Unknow
Pleasures.
Numa
definição mais próxima do que eles faziam, o Wikipédia define o
trabalho do grupo como: caracterizado
por densas melodias, bastante marcadas pela bateria quase "militar"
de Stephen Morris, e uma tendência para a depressão e a
claustrofobia. As letras obscuras e extremamente poéticas de Ian
Curtis se tornaram uma característica marcante do grupo, assim como
seu vocal.
As
letras, na sua maioria de Ian, a figura mítica da banda, bebiam na
fonte do que havia de melhor na época, principalmente David Bowie,
de quem Curtis era fã declarado, em especial de uma de suas mais
emblemáticas canções, All
the young dudes.
Também serviu de inspiração para o vocalista as performances do
belga Jacques Brel, carregadas de emoção, característica que,
também permeava os shows do Joy.
Levando
para suas composições as coisas que vivenciava no dia a dia, Ian
conseguia falar de suas maiores tragédias pessoais sem ser piegas ou
apelando para o folhetim barato. Usando muitas vezes o recurso da
metáfora, suas músicas tinham uma poesia única.
Trabalhando em tempo parcial em uma repartição pública, algo como o nosso INSS, ele tinha contato com pessoas disfuncionais e em dificuldades. Foi quando conheceu uma mulher que sofria de epilepsia, já em um estágio mais avançado. Ele mesmo uma vítima da mesma doença (e muitas vezes seus ataques aconteciam no palco, durante os shows) ele logo criou um elo especial para com ela.Quando a mesma veio a falecer, Curtis desabou emocionalmente e compôs uma de suas mais belas canções: She's lost control,em sua homenagem –a propósito, ele mesmo,como que se protestasse contra o avanço da doença, simulava os ataques epilépticos, como num ritual, que acabou virando sua marca indelével e influenciando outros roqueiros famosos, como aqui no Brasil, com Renato Russo e Arnaldo Antunes.
Trabalhando em tempo parcial em uma repartição pública, algo como o nosso INSS, ele tinha contato com pessoas disfuncionais e em dificuldades. Foi quando conheceu uma mulher que sofria de epilepsia, já em um estágio mais avançado. Ele mesmo uma vítima da mesma doença (e muitas vezes seus ataques aconteciam no palco, durante os shows) ele logo criou um elo especial para com ela.Quando a mesma veio a falecer, Curtis desabou emocionalmente e compôs uma de suas mais belas canções: She's lost control,em sua homenagem –a propósito, ele mesmo,como que se protestasse contra o avanço da doença, simulava os ataques epilépticos, como num ritual, que acabou virando sua marca indelével e influenciando outros roqueiros famosos, como aqui no Brasil, com Renato Russo e Arnaldo Antunes.
Na
mesma época, já com um casamento em crise, levou para a música,
aquilo que estava sentido em relação ao relacionamento. Daí veio a
mais conhecida do grupo: Love
will tear us apart,
que é a mesma do vídeo acima. De show em show, a banda crescia no
mundo do rock com apresentações diárias;
ao mesmo tempo em que Ian desabava em depressão profunda devido à
doença que avançava rápido, ao casamento que desmoronava (muito
por culpa dele mesmo), a sensação de incômodo de se tornar um
astro da música, coisa que lhe causando mal estar. Ele
se considerava um compositor, um poeta que usava a música pra se
expressar.
Faltando
poucos dias para a tão aguardada turnê americana (necessária para
qualquer banda estrangeira para fazer sucesso mundial), Ian Curtis se
enforcou em sua casa, em maio de 1980.
Com apenas dois discos oficiais, mas com muito material de sobra (estúdio e ao vivo) que ajudaram a pavimentar de vez na história do rock, o nome Joy Division –divisão da alegria que era o nome dado para a área onde as mulheres de origem judaica eram dadas aos oficiais da SS na Alemanha nazista --marcou a história do rock e eternizou Ian Curtis na galeria dos poetas da música.
Com apenas dois discos oficiais, mas com muito material de sobra (estúdio e ao vivo) que ajudaram a pavimentar de vez na história do rock, o nome Joy Division –divisão da alegria que era o nome dado para a área onde as mulheres de origem judaica eram dadas aos oficiais da SS na Alemanha nazista --marcou a história do rock e eternizou Ian Curtis na galeria dos poetas da música.
Em
2007 foi lançado o filme Control,
baseado no livro Touching
from a distance da
viúva de
Ian, Deborah
Curtis, cujo o desempenho do ator Sam
Riley é
assombroso. Postei o trailer do filme, mas não achei legendado. Mas
de qualquer forma vale assistir a película, uma obra fiel e sem
retoques do diretor Anton
Corbijn.
Acompanhe também:
* Pra Quem Tinha Dúvidas SE a Rita Lee Sempre foi Roqueira...
* A VIDA DE JIM MORRISON (THE DOORS)
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Emocionante a história de Ian Curtis. Sobre sua doença, eu não sabia. Com certeza era um ser humano sensível. Vou ouvir mais Joy Division.
ResponderExcluirExcelente post, Marcelo! :)
Oi Carol, conheci a história do Ian, através da banda e corri atrás pra entender as letras e o porquê de tanta melancolia. Acabei me surpreendendo, tbm. Ele, assim, como o grupo, acabaram por marcar a história do rock, apesar do pouco tempo de existência. E é uma das minha preferidas. Valeu pelos elogios, minha amiga
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