Para se criar um filme americano não é
necessário muita coisa. Na verdade, a receita é simples.
Junte uma dose maciça de situações
absurdas e cenas que contrariam a lógica. De preferência, contrariando as leis da física. Adicione uma grande quantidade de
surrealismo e de coisas fantasiosas.
Apimente com mensagens de ufanismo barato,
de preferência que enalteçam a 'supremacia dos EUA'. Coloque um
estrangeiro como vilão.
Deixe transparecer um machismo exacerbado
na película (para os executivos de Hollywood mulher é um meio para um fim, que o personagem masculino usa para se auto- afirmar); mostre um heroísmo exagerado, porém necessário para elevar a
baixa auto estima do povo norte-americano; afinal, o típico herói do cinema dos Estados
Unidos é durão, fala pouco, sempre de cara fechada, invencível e determinado. Enfrenta demônios, pula de aviões e vence as maiores adversidades. Exatamente o contrário do telespectador desses filmes, que vive no mundo real.
Prepare um roteiro previsível (sobre
vingança, de preferência); faça com que cada cena não tenha mais do que 4 segundos (o poder de
concentração deles é baixíssimo) e crie um ritmo de videoclipe. Use e abuse de explosões, perseguições e outras pirotecnias. Tudo para manter hipnotizado o espectador.
Escale atores formados na academia de
anabolizantes, ou atrizes mais aspiradas que tapete velho, que pesem no máximo 40 kgs; botox é bem vindo.
Monte um trailer com o melhor (se houver)
da produção para chamar a atenção, exibindo como se fosse o maior espetáculo da Terra....E pronto. Você tem em mãos um campeão de
bilheteria fácil, fácil.
Nada que o público médio não venha a esquecer
meia hora depois de assistir.
Acompanhe também:
* Jornada nas Estrelas - a Série
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