Alguns seriados se mantém no ar por obra do acaso. Vencem pelo cansaço e conseguem vários fãs. Aí fica difícil cancelar sua exibição, ou até criticá-las. Eis certos exemplos de que nem tudo o que reluz é ouro.
THE FOLLOWING
Sinopse: Estrelada por Kevin Bacon, em sua primeira série de TV, The Following retrata a tentativa do FBI de prender um assassino em série e seus seguidores. Na série, Ryan Hardy (Bacon) é um ex-agente do FBI que lidera a busca a Joe Carroll (Purefoy), um diabólico serial killer que criou um culto de serial killers.
Com um início muito bom, a série foi se diluindo ao longo da segunda temporada. Um vilão caricatural, com um Kevin Bacon deslocado no papel principal e o elenco de apoio ajudando muito pouco, causa espanto que a série tenha conseguido emplacar a segunda e (pasmem!) uma terceira temporada.
Tudo parece funcionar sem muito nexo. Os exageros do roteiro evidenciam isso. Em certos momentos parece que os roteiristas não tem muito a contar. Por sorte boa parte dos seriados hoje, nos EUA tem apenas 13 episódios, no máximo. Senão...
Vikings
Sinopse: A série conta a trajetória de Ragnar Lodbrok, um jovem que se considera descendente de Odin. Ragner é um guerreiro e fazendeiro casado com Lagertha, mulher que fabrica escudos, com quem tem dois filhos pequenos. Visionário e sonhando viver diversas aventuras, ele acredita que as riquezas sonhadas por seu povo encontram-se além do mar Báltico.
O History Channel resolveu se aventurar pelos seriados e minisséries (Bonny & Clyde) e vem se dando bem, já que as expectativas não eram tão altas. VIKINGS surgiu como uma grata surpresa, apesar de várias falhas. Os bons índices se deram, em parte, pelas cenas de luta. Muitos telespectadores adoram ver um 'pega', e aqui tem de sobra. Mas bastou ganhar uma segunda temporada pra que a (pouca) qualidade fosse comprometida. Diálogos desconexos, a continuidade desrespeitada, dramas atropelados para dar espaço para outros, mudanças bruscas no comportamento dos personagens, elenco fraco e direção insegura deram a esta temporada um ar de abandono. Ainda assim, uma nova leva de 10 episódios são aguardados para 2015. Sabe-se lá porque...
Two and a Half Men
Bom, há dois seriados com o mesmo nome. Um, tinha o polêmico Charlie Sheen, para quem o show caiu como uma luva, quase algo biográfico; o outro tem o insípido Ashton Kutcher.
Com o primeiro, os diálogos eram mordazes, a interpretação afiada e a história fluía naturalmente, com Kutcher, as coisas são forçadas, já que ele insiste em manter os trejeitos que adquiriu desde a ótima série THAT'S 70 SHOW.
Não que na 11ª temporada as coisas não tenham melhorado. Voltou a ficar divertido, mas graças a Jon Cryer, o eterno Alan Harper e um novo elenco de apoio. O criador do show, Chck Lorre conseguiu achar novamente a graça em algo que já se dava como cancelado ao final da 9ª –Sheen está afastado desde o final da 8ª temporada.
Até mesmo o personagem Jake foi demitido por falar mal do show em uma entrevista.
Mesmo assim, uma sitcom longeva como essa vem contando com a sorte. E é essa sorte que deu uma nova leva de episódios para 2015.
The Blacklist
Sinopse: O criminoso mais procurado do mundo, de repente, se entrega e se oferece para delatar aqueles com quem já trabalhou, inclusive um terrorista que todos achavam estar morto.
Mas tem um detalhe: ele só fará isso, se trabalhar com uma agente novata do FBI, alguém com quem aparentemente ele não tem nenhuma ligação.
Sem dúvida que James Spader está muito à vontade em seu papel de traidor do governo americano, que de repente resolve se entregar e delatar concorrentes. Mas a série não escapou do maniqueísmo dos EUA e do lugar-comum que os roteiristas levaram o show.
Para se mostrar diferente dos demais seriados policialescos, o roteiro tenta dar um ar de novela mexicana (Spader é pai da protagonista, ou não?), o que acaba sendo um tempero exagerado.
A protagonista (Megan Boone) parece aquém do que necessita o personagem, apesar de ser linda –o que, nos dias de hoje em Hollywood, é meio caminho andado.
A NBC confirma uma nova remessa de 22 (??) episódios. Haja criatividade pra tanto...
CHICAGO FIRE
Sinopse: Chicago Fire, criado por Michael Brandt e Derek Haas, narra a rotina de bombeiros, homens e mulheres, na cidade de Chicago.
O resumo pode parecer simplório, mas define bem o que a série é. Pouco inspirada.
Calcada em uma predecessora de muito sucesso e infinitamente mais criativa (THIRD WATCH, no Brasil PARCEIROS DA VIDA) Chicago Fire tenta, com todos os clichês possíveis e imagináveis, se manter em evidência. Por enquanto deu certo; tanto que uma nova temporada já foi requisitada pela emissora.
Não que isso signifique uma melhoria na qualidade, mas não custa sonhar
HELIX
Sinopse: Na história, um grupo de cientistas do Centro de Controle de Epidemias luta contra o tempo para descobrir a cura de uma doença que se espalha rapidamente em um centro de pesquisas no Ártico.
Pense numa estória chata pra se assistir...Pois é. Com um trailer chamativo, o canal SyFy conseguiu chamar a atenção par o lançamento da série em 2013.
Com ares de ficção científica misturado com conspirações, parecia que vingaria.
Mas o elenco pouco acrescenta a um roteiro confuso que não sabe exatamente par onde apontar. Parece o “efeito Lost”: cria-se algo, mas não se sabe explicar o que era. Os produtores conseguiram uma nova rodada de episódios para 2015. Talvez consigam mostrar qual é a do seriado.
Grey's Anatomy
Sinopse: Grey’s Anatomy é um drama médico norte-americano exibido no horário nobre da rede ABC. Seu episódio-piloto foi transmitido pela primeira vez em 27 de março de 2005 nos Estados Unidos. O folhetim é protagonizado por Ellen Pompeo, como Dra. Meredith Grey, residente do fictício hospital cirúrgico Seattle Grace, em Seattle, Washington, o mais rígido programa cirúrgico de Harvard. A série é focada nela e seus colegas, também internos.
Claro que criticar algo que já chegou dez temporadas parece heresia. Mas Grey's parece uma versão bem piorada do excelente Plantão Médico, que revelou ótimos atores e marcou a TV americana.
Grey's Anatomy empobrece o tema (série hospitalar) por focar mais no dramalhão, nos romances com ênfase nas cenas de sexo nos corredores do hospital. Banalizam algo que poderia ser levado mais a sério.
Mas ainda tem mais um ano para dar tons finais à jornada dos médicos do Seattle Grace.
REVENGE
Sinopse: Na história, Amanda Clarke (Emily VanCamp, de “Brothers & Sisters”) chega na comunidade de Hamptons utilizando o nome de Emily Thorn.
Seu objetivo é vingar sua família, destruída pelos Graysons. Para tanto, ela conta com o apoio de um milionário (Gabriel Mann, visto em “Mad Men”), gênio da tecnologia, mas um desajustado social, que atua como seu benfeitor; e de sua melhor amiga, Kelley (Ashley Madekwe, de “Bedlem” e “Secret Diary of a Call Girl”), que trabalha para os Graysons.
Mais uma série travestida de novela mexicana. O tema batido da vingança é mal trabalhado, ainda assim, o público americano parece gostar. Até hoje, há muitas novelas genuínas nas emissoras dos EUA. REVENGE se encaixa nesse perfil. O elenco, que não é ruim, atua de um jeito canastrão, dando um ar kitsch à obra. Mas consegue uma sobrevida na próxima temporada.
Brooklyn 99
Sinopse: Sitcom policial criada por Michael Schur e Dan Goor, ambos de Parks and Recreation. A série é estrelada por Andy Samberg, ex-integrante do humorístico Saturday Night Live, e Andre Braugher (Men of a Certain Age, Last Resort).Samberg é Jake Peralta, detetive imaturo que consegue realizar um bom trabalho mas é incapaz de obedecer ordens ou seguir regras. Até que chega na delegacia o capitão Ray Holt (Braugher), um comandante que está determinado a colocar ordem no local.
Uma mistura de THE OFFICE com PARKS AND RECREATIONS e com o talento limitado de Andy Samberg, a série, estranhamente ganhou prêmios e uma nova temporada. Mas pouco oferece de novo e a graça é mínima. Atores judeus nos EUA tem um mercado grande a ser explorado, mesmo sendo pouco talentosos. Vide Adam Sandler e Ben Stiller, notadamente pouco dotados artisticamente. Samberg segue a oportunidade que ganhou. Apesar de mostrar desenvoltura no Saturday Night Live, de onde não deveria ter saído, nessa sitcom, as coisas pouco funcionam.
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