Cynthia Ann Stephanie Lauper-Thornton é uma figuraça. Mais conhecida como Cindy Lauper, seu nome artístico, ela surgiu nos anos 80 como um furacão nas paradas de sucesso e era figura constante na programação da então poderosa MTV americana.
(primeiro disco dela, mas com uma outra banda)
Ela estreou com o fantástico disco She's so unusual. Conseguiu a proeza de emplacar 4 músicas do álbum no top 10 da Bilboard. Fato raro até para sua eterna rival, Madonna.
A rivalidade surgiu quase que instantaneamente. Ambas apareceram no mesmo ano, flertavam abertamente com o pop e tinham um visual descolado e colorido. No caso de Lauper, muuuuuito colorido.
Disputaram palmo a palmo o mercado fonográfico. Também chegaram às telas de cinema, com êxito. Cindy foi vista em cerca de 15 filmes; Madonna em mais de 20. A primeira também se enveredou pelo teatro e pelas séries televisivas. Chegou a ganhar prêmios por seu trabalho.
A espevitada Cindy Lauper ganhava fãs aos montes mas não conseguiu se adaptar aos anos 90 e viu sua carreira minguar. Ao contrário de Madonna, que sempre soube se moldar ao sistema da indústria fonográfica, Lauper parecia deslocada e se tornou vítima de seu próprio sucesso. Fenômeno comum quando não se consegue renascer artisticamente. No Brasil acompanhamos este fato com artistas do porte de um Guilherme Arantes, Léo Jaime e Lobão.
Madonna mantinha seu público fiel a arregimentava mais admiradores. Justiça seja feita, boa parte de sua fama veio das polêmicas, da sensualidade explícita em seus vídeos e de seus tórridos romances fora dos estúdios, que sempre davam o que falar.
Nesse quesito, Lauper sempre foi mais honesta: vencer apenas e tão somente por seu talento. Ela conseguiu, é evidente, mas não conseguiu manter-se no auge. Isso mexe com o ego de qualquer artista.
Tanto que no seu país de origem, shows foram cancelados devido a baixa procura dos americanos pelos ingressos.
Ela tentou a sorte no exterior e se deu bem. Foi sua tábua de salvação.
Em 1993, dez anos após sua estreia, ela lança o seu 4º disco. Pouco para uma artista de seu calibre. Boas vendagens no exterior, mas fracassou de maneira retumbante nos EUA.
A sorte de todo cantor/cantora são as compilações. Twelve deadly Cyns foi mais um exemplo. Após receber cartão vermelho da gravadora Sony Music, ela se sujeitou ao lugar comum das reedições de músicas consagradas. Com quase 6 milhões de álbuns vendidos, o jeito foi aproveitar a maré de sorte e cacifar com uma turnê bem produzida. Enfim, Lauper estava de volta.
Mas o sucesso de outrora nunca mais foi alcançado. Cindy se estabilizou em uma zona de conforto e com seu nome estabilizado no meio artístico. Trabalhou com nomes da música americana (e até de outros países) com desenvoltura, expandindo seu trabalho. Voltou para a antiga gravadora Sony e continua em turnês pelo mundo.
Cometeu erros como participar de um reality show (a versão dos Estados Unidos de O APRENDIZ), o que seria uma grande roubada, mas sobreviveu.
A comparação com Madonna sempre foi inglória. Estilos diferentes, posturas díspares e trabalho diferenciado. Lauper sempre foi engajada. Suas letras deixavam isso claro. Mas o grande equívoco foi não ter entendido o mercado volátil da música. Talvez se tivesse pego a onda, estaria em um patamar mais alto na carreira. Mas então seria mais uma “artista” que perverte seu talento em troca do sucesso fácil. E também não seria a Cindy Lauper que conhecemos e admiramos.
Nossaaaa quanto tempo não ouvia falar dessa mulher rsss
ResponderExcluirAdorei o blog, virei sua seguidora.
bjs
http://gracirocha.blogspot.com.br/
Olá Graci, seja muito bem vinda. Um grande abraço
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