Em
um país com tanta diversidade musical, há programas demais na TV,
com atrações de menos. É só fazer uma comparação. Aos sábados
e domingos, a TV
brasileira nos brinda com vários shows populares (e praticamente
todos numa variação do mesmo tema, ou o samba de uma nota só), mas
sempre levam os mesmos convidados.
Vamos
nos ater as cantoras. Dificilmente teremos outras convidadas que não
sejam Ivete Sangalo, Cláudia Leite, Anitta ou Paula
Fernandes. No caso dos '‘cantores’', o roteiro é o mesmo. Michel
Teló, Gustavo
Lima, Luan
Santana ou qualquer dupla sertaneja da vida.
Essa
massificação que compele os telespectadores a uma limitação
cultural é perigosa e conta com o suporte da indústria fonográfica,
interessada em empurrar os mesmos “artistas” às emissoras,
inclusive fazendo o chamado contrato casado, onde fica explícito que
para levar o sucesso do momento, deve-se levar uma '‘novidade’'
do quadro da gravadora, mantendo assim, um círculo vicioso, de onde
não se tem muita margem de manobra, levando o público a assistir
sempre as mesmas atrações –se
é
que se pode chamar certas coisas de atração.
Tirando
a TV Cultura, que é um oásis musical, dificilmente temos o prazer
de acompanhar talentos maravilhosos como as cantoras Ná
Ozetti, Fátima Guedes, Vânia Bastos, Áurea Martins, Leila Pinheiro
e até Nana Caymi (essa, vez por outra, até tem um espaço em temas
de novelas);
e
isso é pernicioso. Porque houve um tempo em que o Brasil tinha como
ícones musicais, nomes como Elisete Cardozo, Dolores Duran, Nara
Leão, Ângela Maria e Elis Regina. Hoje temos Ivete Sangalo e
Claudia Leite.Tem algo de errado no reino da Dinamarca...
como assim tem algo errado no Reino da Dinamarca? Marcello
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