Os
grandes nomes do rock americano declinaram ante o sistema, no fim dos
anos 50. Mas o público ansiava por mais.
Do
além-mar vinha notícias de um grupo, outrora chamado Quarrymen, que
se apresentava no Cavern Club, de Liverpool lotando a casa, noite
após noite, sacudindo o underground londrino.
Brian
Epstein, empresário e dono de uma loja de música, estranhava o
constante pedido dos clientes pelo disco desse grupo. Rumou a
Inglaterra para checar com seus olhos. Adorou o que viu e resolveu
empresariá-los. O nome? The Beatles. Eis o início da Invasão
Britânica.
Em
fevereiro de 1964 a febre começava. Desde a chegada ao aeroporto em
Nova York, passando pela apresentação ao vivo em Washington e a
antológica participação no programa de Ed Sullivan, a passagem dos
meninos de Liverpool foi como uma tsunami. Programas de TV,
entrevistas, shows, músicas executadas à exaustão nas rádios pelo
país afora. A “Beatlemania” havia se espalhado.
Percebendo
o potencial do grupo, as gravadoras olharam para o outro lado do
Atlântico, ansiosas por mais bandas que pudessem repetir o fenômeno.
Na
sequência vieram os Rolling Stones. Inspirado no nome de uma canção
de Muddy Waters, Rollin' Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente,
pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres
em 12 de julho de 1962, a banda originalmente de Brian Jones, mas que
foi tomada, gradativamente, por Mick Jagger e seu ego.
Eles
surgiram quatro meses após os Beatles e ajudaram a fomentar o
apetite dos americanos por mais bandas inglesas. E elas foram
surgindo de todos os lados.
The
Animals, com a voz inigualável de Eric Burdon; The Kinks, uma banda
que sempre foi mutante; Small Faces, que revelou Rod Stewart e Jeff
Beck; Gerry and the Peacemakers; Herman Hermits, que se especializou
em músicas românticas; The Searchers; The Yardbirds, que viria a
ser o embrião do Led Zeppelin; Peter and Gordon; Spencer Davis Group
e sua forma eclética e o vocal de Steve Winwood; The Hollies;
Manfred Mann; The Pretty Things; Them e, é claro, THE WHO.
Provavelmente
a atual geração os conheça devido a abertura do seriado CSI, as
três versões da franquia tem músicas da banda. Mas há muito mais.
Formada
por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle
(baixo) e Keith Moon (bateria), eles eram a terceira força do rock
britânico. Passaram por várias fases, chegando até a ópera-rock
(Tommy), mas sempre primando pelas letras contestatórias.
Na
segunda fase da Invasão, tivemos Deep Purple, Pink Floyd, Led
Zeppelin, Black Sabbath, Queen, entre outros; o que é a prova cabal
de que rock and roll da Terra da Rainha era mais criativo do que a do
Tio Sam.
A
chegada de Beatles e cia revigorou o gênero que cambaleou no fim dos
anos 50. Depois da “Invasão” o rock nunca mais foi o mesmo.
Os
mesmos garotos que se inspiraram em Elvis, Chuck Berry e Bill Haley,
agora davam ao mundo sua visão peculiar do gênero musical que os
inspirou.
E
sua influência é percebida até hoje.
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