quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ROCK AND ROLL – CAPÍTULO 2 – ADMIRÁVEL MUNDO NOVO




Os grandes nomes do rock americano declinaram ante o sistema, no fim dos anos 50. Mas o público ansiava por mais.

Do além-mar vinha notícias de um grupo, outrora chamado Quarrymen, que se apresentava no Cavern Club, de Liverpool lotando a casa, noite após noite, sacudindo o underground londrino.

Brian Epstein, empresário e dono de uma loja de música, estranhava o constante pedido dos clientes pelo disco desse grupo. Rumou a Inglaterra para checar com seus olhos. Adorou o que viu e resolveu empresariá-los. O nome? The Beatles. Eis o início da Invasão Britânica.


Em fevereiro de 1964 a febre começava. Desde a chegada ao aeroporto em Nova York, passando pela apresentação ao vivo em Washington e a antológica participação no programa de Ed Sullivan, a passagem dos meninos de Liverpool foi como uma tsunami. Programas de TV, entrevistas, shows, músicas executadas à exaustão nas rádios pelo país afora. A “Beatlemania” havia se espalhado.

Percebendo o potencial do grupo, as gravadoras olharam para o outro lado do Atlântico, ansiosas por mais bandas que pudessem repetir o fenômeno.

Na sequência vieram os Rolling Stones. Inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rollin' Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962, a banda originalmente de Brian Jones, mas que foi tomada, gradativamente, por Mick Jagger e seu ego.


Eles surgiram quatro meses após os Beatles e ajudaram a fomentar o apetite dos americanos por mais bandas inglesas. E elas foram surgindo de todos os lados.

The Animals, com a voz inigualável de Eric Burdon; The Kinks, uma banda que sempre foi mutante; Small Faces, que revelou Rod Stewart e Jeff Beck; Gerry and the Peacemakers; Herman Hermits, que se especializou em músicas românticas; The Searchers; The Yardbirds, que viria a ser o embrião do Led Zeppelin; Peter and Gordon; Spencer Davis Group e sua forma eclética e o vocal de Steve Winwood; The Hollies; Manfred Mann; The Pretty Things; Them e, é claro, THE WHO.

Provavelmente a atual geração os conheça devido a abertura do seriado CSI, as três versões da franquia tem músicas da banda. Mas há muito mais.


Formada por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria), eles eram a terceira força do rock britânico. Passaram por várias fases, chegando até a ópera-rock (Tommy), mas sempre primando pelas letras contestatórias. 

Na segunda fase da Invasão, tivemos Deep Purple, Pink Floyd, Led Zeppelin, Black Sabbath, Queen, entre outros; o que é a prova cabal de que rock and roll da Terra da Rainha era mais criativo do que a do Tio Sam.

A chegada de Beatles e cia revigorou o gênero que cambaleou no fim dos anos 50. Depois da “Invasão” o rock nunca mais foi o mesmo.

Os mesmos garotos que se inspiraram em Elvis, Chuck Berry e Bill Haley, agora davam ao mundo sua visão peculiar do gênero musical que os inspirou.

E sua influência é percebida até hoje.


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