Elvis Presley era um
cara único e sua importância para o rock and roll transcende o
lugar-comum. Talvez não possamos realmente considerá-lo como o “Rei
do Rock”, até porque se isso aconteceu, se deveu mais pelas
circunstâncias do mundo que se vivia naqueles conturbados anos 50,
do que por mérito próprio. Leia mais AQUI.
Mas seu talento, sua
música (ao menos até o começo dos anos 60, quando começou a
entrar em declínio) e seu papel deram a ele a relevância de um
'divisor de águas' no rock.
Podemos acompanhar
aqui alguns de seus momentos inusitados, durante sua carreira:
J.J. Abrams é o cara do momento em Hollywood. Difícil é
entender o porquê exatamente.
Sua carreira começou como co-roteirista em filmes como MILIONÁRIO
NUM INSTANTE e os melodramáticos UMA SEGUNDA CHANCE e FOREVER YOUNG
(com Mel Gibson). E mais tarde roteirizou a “bomba” ARMAGEDDON.
Nada que o credencie a ser um gênio.
Mas foi na TV que Abrams se notabilizou. Começou com Felicity.
Felicity Porter (Keri Russell), uma adolescente que acaba de se
formar no colégio resolve ir para a Universidade de New York, após
descobrir que Ben Covington (Scott Speedman), seu grande amor, irá
estudar lá. Essa decisão irrita seus pais, que não concordam com a
idéia de ter sua filha morando sozinha numa cidade grande, mas mesmo
assim, Felicity parte para New York na tentativa de ficar com Ben.
E com essa história pouco inovadora, ele conseguiu emplacar 4
temporadas. Mas foi suficiente para, mais tarde, lançar seu projeto
mais ambicioso: ALIAS.
Na série, Jennifer Garner interpreta Sydney Bristow, que é
recrutada para trabalhar na organização SD-6, que se apresenta como
um braço secreto da CIA. Mais tarde, Sydney descobre que a SD-6 é
uma organização criminosa e se torna uma agente dupla da CIA
infiltrada na SD-6 com o objetivo de destruí-la.
ALIAS foi seu primeiro trabalho elogiado pela crítica. O que o
levou a ser convidado para participar de um projeto ainda em
desenvolvimento que se tornaria grandioso: LOST.
Finalmente, o reconhecimento internacional. A série ganhava o
mundo e colecionava prêmios, entre eles, melhor série dramática em
2005 (Emmy) e 2006 (Globo de Ouro). Era a consagração definitiva.
Paralelamente ao mito que se criava (“J.J. Abrams é um gênio”),
ele se aventurava no cinema, dessa vez em voo solo. Missão
Impossível 3 tinha sua direção e participação no roteiro.
Claramente a produção perdia fôlego se comparada às duas edições
anteriores.
Cloverfiled, um foundfootage pretensioso, que leva do nada ao
lugar nenhum, tinha sua produção.
Nesse interím, ele voltava carga para a Televisão com a produção
de dois seriados: WHAT ABOUT BRIAN e SEIS GRAUS DE SEPARAÇÃO. A
primeira, uma cópia mal feita de Friends durou duas temporadas; a
segunda série, um pouco mais interessante, apenas uma. Isso não era
um bom sinal. E ficaria pior.
A série Anatomy of Hope não emplacou e UNDERCOVERS e ALCATRAZ
foram canceladas devido a baixíssima audiência. Ainda assim, J.J
insistia em seu veículo favorito com novas “ideias”, como
REVOLUTION, a série insossa que foi cancelada ainda na segunda
temporada sem a conclusão devida –que só viria depois apenas em
quadrinhos.
ALMOST HUMAN e BELIEVE, dois projetos dos mais fracos da TV nos
últimos anos (Almost Human plagia descaradamente ROBOCOP, e Believe
é uma versão infantiloide de X-MEN) não duraram mais que uma
temporada.
Talvez o único seriado a emplacar, mesmo muitas vezes calcando
suas teorias em ARQUIVO X, foi FRINGE. Sua mitologia agradou. Apesar
de ameaçada de cancelamento por duas vezes, aguentou até a 5ª.
Talvez por estes constantes fracassos na TV, que Abrams tem se
voltado mais e mais para a telona.
O assassinato de Star Trek que ele realizou deu retorno
financeiro, tirando o foco futurista e filosófico da série clássica
dos anos 60, levando para algo como uma Máquina Mortífera do século
XXIII. Conseguiu realizar até uma continuação, sem a mínima
criatividade, tal qual o primeiro.
Sua alcunha de ser uma versão moderna de Steven Spielberg faz
sentido se assistirmos SUPER 8. J.J. dirigiu, roteirizou e produziu,
ao lado de Spielberg, essa versão de Contatos Imediatos com E.T. ; o
resultado não poderia ser mais decepcionante.
Geek assumido, Abrams vai agora, atrás de um dos últimos
bastiões consagrados da cultura pop: Star Wars. A desconstrução da saga começa
em dezembro de 2015. A coisa anda tão boa, que George Lucas, criador
da cinessérie, após vender os direitos da franquia à Disney, se
recusou a sequer assistir o trailer do EPISÓDIO 7. Talvez por saber
bem o que o espera.
J.J. Abrams é um bom profissional da área de dramaturgia, isso é
fato. Mas superestimado por seus colegas de profissão.
Seus projetos, via de regra, são recheados de clichês e mais
clichês. Soma-se a isso, o final estapafúrdio de LOST e podemos
compreender o porquê de haver contestação (não publicamente) a
seu trabalho na telinha.
Na acirrada indústria cinematográfica dos EUA há artistas que,
estranhamente, fazem fila para trabalhar com J.J. Talvez, ainda, mais
pelo sucesso de seus dois genuínos produtos criativos, do que pelo
conjunto da obra. LOST e ALIAS marcaram a TV norte-americana e,
conseguinte, pavimentaram seu sucesso internacional. Mas
verdadeiramente foi só. No máximo podemos contabilizar FRINGE a
isso e nada mais. Sempre com as devidas ressalvas, pois Abrams inicia
um projeto, ou coloca seu nome nos créditos para vender mais fácil
(como é o caso de Almost Human) e depois parte para outras coisas.
De todas as suas produções, apenas FELICITY e ALIAS tiveram atenção
especial dele.
Não fosse Hollywood dominada pelo capital sionista, Abrams, que é
judeu, não teria nem metade do sucesso e renome que tem agora, ainda
mais com os vários fracassos na TV, que fariam qualquer um sucumbir
ante o mercado competitivo do showbusiness.
Há séries que de cara a gente percebe que merece uma nova chance. Portanto, uma continuação. E essa continuação, ou uma nova temporada, é a prova de que a série é um sucesso. Desde Better Call Saul até O Demolidor o espectador acompanhou séries, recentemente, que fazem valer uma nova empreitada. No caso de LillyHammer, já é realidade. E as outras estão a caminho. Eis algumas das quais valem um 'bis':
Better Call Saul
- A série se passa seis anos antes de Saul Goodman conhecer Walter White.
Quando conhecermos o homem que se tornará Saul Goodman, estaremos conhecendo
Jimmy McGill, um advogado em busca de seu destino, e, mais imediatamente, se
virando para pagar suas despesas. Trabalhando ao lado, e, muitas vezes, contra
Jimmy, temos “Fixer”, interpretado por Mike Ehrmantraut. Um personagem amado
que foi introduzido em ‘Breaking Bad’. A série irá acompanhar a transformação
de Jimmy em Saul Goodman, o homem que vai de “criminoso” a “advogado criminal.”
O tom da série é dramático, tecido com humor negro.
Daredevil -
a nova série da Marvel segue a história de Matt
Murdock, vítima de um acidente que o deixou cego quando adolescente, mas também
incutiu nele superpoderes sensoriais. Matt se forma em direito e abre seu
escritório de advocacia na perigosa Hell’s Kitchen, onde luta por justiça: de
dia como advogado, de noite como o Demolidor, o guardião das ruas de Nova York.
Lillyhammer -
Lá nos idos de 2012, a Netflix lançou em seu catálogo sua primeira série
original: Lilyhammer. Resultante de uma parceira do serviço de streaming online
com o canal NRK1 da Noruega, em oito episódios, a série conta história de Frank
Tagliano (interpretado por Steven Van Zandt, de The Sopranos), que, após sofrer
uma tentativa de assassinato, testemunha contra um chefão da máfia
nova-iorquina e é colocado pelo FBI em um programa de proteção à testemunha e
decide recomeçar sua vida na cidade norueguesa de Lillehammer, com a nova identidade
Giovanni Henriksen. Logo, Tagliano não consegue se adequar às burocracias e à
vida pacata da cidade e começa a estabelecer seu próprio ninho mafioso.
Bloodline -
explora os fantasmas sob a superfície de uma família média americana. Os
Rayburns trabalharam muito para conquistar seu lugar na sociedade da cidade
onde moram. Quando a ovelha negra chega para comemorar os 45 anos do hotel da
família e ameaça revelar certos segredos, seus irmãos são levados ao limite da
lealdade. explora os fantasmas sob a superfície de uma família média americana.
Os Rayburns trabalharam muito para conquistar seu lugar na sociedade da cidade
onde moram. Quando a ovelha negra chega para comemorar os 45 anos do hotel da
família e ameaça revelar certos segredos, seus irmãos são levados ao limite da
lealdade.
Halt and catch
fire - Ambientada no começo dos anos 1980, Halt and Catch Fire
acompanhará o boom do mercado de computadores pessoais através dos olhos de um
visionário, um engenheiro e um prodígio cujas inovações confrontam diretamente
os gigantes corporativos da época. Suas relações pessoais e profissionais serão
testada pela ganancia e ego da região texana dos EUA.
Fortitude
- Uma morte misteriosa na cidade mais segura do mundo onde nunca houve um
crime, até então. Eis que surge Fortitude , a nova série da Sky Atlantic que
estreou dia 29 de janeiro de 2015 e trouxe um grupo de pessoas na congelante
cidade “Fortitude”, rodeada de beleza selvagem da paisagem do Ártico.
Fortitude é um
thriller de 12 horas, centrado em uma misteriosa morte no Círculo Ártico, onde
afeta toda sua população que até então era unida devido ao horror do crime para
aqueles cidadãos e que ameaça o futuro da cidade.
Seu elenco
é composto por grandes nomes como Stanley Tucci, Michael Gambon, Christopher
Eccleston, Sofie Grabol, Richard Dormer, Jessica Raine, Luke Treadaway,
Nicholas Pinnock e Johnny Harris. A série é criada por Simon Donald,
sendo de exclusividade da Sky Atlantic.
How to get away
with murder - é mais uma série de Shonda Rhimes (Grey’s Anatomy,
Scandal) para a rede ABC dos EUA.
Trata-se de um thriller jurídico que acompanha a vida de
Annalise Keating (Viola Davis), uma professora de direito que ministra o curso
“como sair impune de um homicídio” (em tradução livre). Brilhante, apaixonada
por sua profissão e pelas leis, carismática, implacável e manipuladora,
Annalise esconde do marido Tom, um professor de psicologia, que mantém um caso
extraconjugal.
Annalise vê sua vida sofrer uma reviravolta quando ela e
seus alunos se envolvem em uma trama de assassinato. Os estudantes serão
interpretados por Aja Naomi King, Alfred Enoch (da franquia Harry Potter), Jack
Falahee, Matt McGorry (Orange Is The New Black), e Karla Kouza.
No elenco também estão Charlie Weber (90210) como Gregory
Slewet, e Liza Weil (Scandal), como dois dos sócios de Annalise no escritório
de advocacia; Katie Findlay (The Carrie Diaries), como a vizinha de Wes; e
Billy Brown (Hostages), como um detetive da polícia que mantém um
relacionamento com Annalise.
Marvel’s Agent
carter - conta a história Peggy Carter (Hayley Atwell). O ano é 1946, e
Peggy se encontra marginalizada quando os homens retornam ao lar após a Guerra.
Trabalhando para a RCE (Reserva Científica Estratégica), Peggy precisa
balancear o trabalho administrativo e missões secretas para Howard Stark, ao
mesmo tempo em que leva uma vida solteira após perder o seu amor, Steve Rogers.
Banished -
Escrita por Jimmy McGovern e Shaun Duggan, ambos de Accused, a história é
situada em meados de 1787, período em que a Grã-Bretanha decidiu criar uma
colônia penal para onde foram banidos ladrões, prostitutas, salteadores e
órfãos. Eles foram enviados para a costa da Austrália, um lugar quente,
deserto, hostil e pouco explorado.
Acompanhados de soldados, oficiais, um vigário e um médico,
os banidos conseguiram sobreviver superando a fome, a seca, as tentativas de
fuga e flagelações, transformando o local em uma colônia próspera, hoje
conhecida como Sydney, a cidade mais populosa da Austrália.
Silicon
Valley - gira
em torno da história de seis jovens programadores que moram juntos. Os seis
sonham fundar uma startup bem sucedida e ficar bilionários. Querem revolucionar
o mundo com um novo algoritmo de compressão de dados (como se isso fosse
possível). Richard, o criador do algoritmo, trabalha em uma empresa fictícia
chamada Hooli. Sua enorme sede é pintada em cores fortes. Nela, os empregados
têm acesso a todas as guloseimas imagináveis. A referência ao Google é clara.
Conforme a história evolui, os jovens inventores acabam perdidos em uma disputa
entre dois poderosos investidores. Personagens reais do Vale do Silício, como
Eric Schmidt, o chairman do Google, fazem rápidas aparições
Muito se falava da Jovem Guarda nos anos 60, que era a referência do rock nacional naquela época. Mas naquele período, e na década seguinte, o cenário brasileiro começou a efervescer. Se a geração que se influenciou por Beatles e Stones dava as caras no começo, bandas como Pink Floyd, Emerson Lake and Palmer, Yes mostravam aos jovens uma nova vertente de música.
Eis alguns nomes que marcaram aquele período e que acabou revelando grandes nomes da música nacional:
O Terço - é uma
banda brasileira formada no Rio de Janeiro em 1968 por Jorge Amiden (guitarra),
Sérgio Hinds (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria). A banda começou tocando
rock clássico, mas logo tendeu ao rock progressivo e ao rock rural e MPB
caracterizando o som e a diversidade musical da banda.
A Bolha - A Bolha
foi uma banda de rock brasileira formada em 1965 no Rio de Janeiro, com o nome
The Bubbles. Participou ativamente do circuito de bailes, programas de rádio e
de tv que existia na capital carioca naquela época. No início tocavam apenas
covers ou versões de canções e bandas de sucesso da Europa e dos Estados
Unidos, mas, no início dos anos 70, passaram a compor canções próprias1 e
chegaram a gravar dois álbuns, em 1973 e 1977. Encerraram as atividades em 1978,
mas voltaram a ativa em 2004, chegando a gravar um novo álbum, para então
pararem novamente.
Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio
Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos.
Módulo 1000 -foi
um grupo de progressivo carioca, formado em 1969, que teve breve duração. O
quarteto seguia uma linha pesada com nítidas influências de Black Sabbath e
toques de psicodélicos a la Pink Floyd. O Módulo 1000 teve em seu currículo a
participação no V Festival Internacional da Canção e o lançamento de um único
álbum em 1972, que hoje é um valioso item para os negociantes de LPs raros. Na
década de 1990, um colecionador de discos do Rio de Janeiro comprou os direitos
do Módulo 1000 junto a Top Tape e transformou o LP em CD com um número limitado
de cópias. O CD saiu pela Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. Na Europa o disco -
Não Fale Com Paredes - tornou-se um clássico.
Os Lobos -Grupo
de rock formado por Dalto e Cristina (voz), Ronaldo (guitarra), Cássio
(guitarra), Fábio (teclados), Francisco (baixo) e Cláudio (bateria) na cidade
de Niterói (RJ) no início da década de 1970. Fazia um rock psicodélico nos
moldes dos Mutantes, chegando a lançar alguns discos pelo selo Top Tape.
Posteriormente Dalto segui carreira solo, conseguindo emplacar alguns hits como
"Flashback" e "Muito estranho".
Liverpool - quinteto
gaúcho oriundo do bairro operário do IAPI, na Zona Norte de Porto Alegre, que
atende pelo nome de Liverpool - um dos tripés da origem do rock gaúcho, ao lado
dos Brasas e dos Cleans.
Misturando influências do rock clássico inglês/americano e
da tropicália, Mimi Lessa (guitarra), Fughetti Luz (cantor), Marcos Lessa
(guitarra-base), Edinho Espíndola (bateria) e Pekos (baixo) produziram uma obra
que aproximou-se da genialidade dos Mutantes. O LP "Por Favor Sucesso"
resultou da classificação do grupo na fase regional no II Festival
Universitário da Música Popular, em que o grupo defendeu a música que deu nome
ao álbum, de autoria de Carlinhos Hartlieb.
The Beatniks
-Passando por diversas formações, o conjunto Beatniks nasceu Analphabeatles e
mudou de nome por existir mais bandas homônimas, no Rio de Janeiro e em Minas
Gerais.
Nos idos de 1965, injetaram beatlemania nos programas 'Jovem
Guarda', apresentado por Roberto Carlos na TV Record, e 'O
Bom', comandado por Eduardo Araújo, e na TV Excelsior (SP), Canal 9. A banda
Betniks, quando não acompanhava a cantora Silvinha, também tocava nas
domingueiras paulistas e nos famosos shows promovidos pela Rhodia/Fenit.
Depois do beat europeu flertaram com a "cultura"
da pisicodelia, que imperava simultânea por todo o mundo em 68. Gravaram uma
das mais lindas versões de Glória, de Van Morrisson, num chapante compacto
duplo pela etiqueta Mocambo, da gravadora pernambucana Rosemblit.
Uma aparição em 1975 foi documentada, mas em 1984 com outra
formação, o grupo voltou a cena e fez uma série de shows; desaparecendo depois,
como desapareceram os disquinhos, raridades valiosas recuperadas graças a
colecionadores aficionados, como o pessoal da Misty Lane, uma gravadora bacana
de Roma, Italia (mistylane@iol.it); que editou só no formato de vinil - Mini
Long Play de 10 polegadas - todos os registros do grupo.
Com Bogô, guitarra, vocal e cabeça pensante da banda;
Márcio, guitarra e vocal; Nenê, baixo, depois Incríveis; e Nino gravaram ‘Cansado
de Esperar’ e ‘Este Lugar Vazio’, compacto originalmente lançado em 66, pela
CBS. E, depois pela Mocambo, em 68, ‘Era um Rapaz que Como Eu Amava Os Beatles
e Os Rolling Stones’ e ‘Outside Chance’, uma versão dos Turtles.
Também passaram pela banda Mário Lúcio, no baixo, e Pandinha
na bateria. Com a formação: Márcio e Tuca, guitarras e vocais; Cláudio, baixo e
Norival na bateria gravaram o famoso single duplo, também pela Mocambo em 68,
com ‘Glória’, ‘Fire’ , ‘Eu Te Encontro’ e ‘Alligator Hat’.
Vimana - foi uma banda brasileira de rock progressivo da
década de 1970 que passou por quatro fases distintas. Contou com Ritchie (vocal
e flauta), Lulu Santos (vocal e guitarra), Luiz Paulo Simas (teclados), Lobão
(bateria), e Fernando Gama (baixo). No final dos anos 1970, o Vímana chegou a
ensaiar com o tecladista suíço Patrick Moraz (ex-Yes). A expulsão de Lulu
Santos da banda por Moraz acabou por desfazer o grupo.
A Chave - foi o grupo precursor do rock paranaense, e atuou de 1969 a maio de 1979, quando foi dissolvido. Ao longo de sua carreira, tornou-se a mais importante banda de rock de Curitiba e continua cultuada até hoje. A Chave abriu na década de 70 todas as portas e mostrou o caminho das pedras para as centenas de bandas que surgiram na cidade após a sua dissolução. Quando a banda acabou, apesar de ter mais de 100 músicas próprias - uma boa parte tendo como letrista o conhecido poeta Paulo Leminski - não deixou nenhum registro em LP, tendo apenas lançado pelo selo GTA Gravações Tupi Associadas um raro compacto simples (1977), contendo as músicas Buraco No Coração e Me Provoque Pra Ver, ambas em parceria com o Lemisnki. Tocou ao lado de Secos e Molhados, Rita Lee & Tutti Frutti, Mutantes, O Terço, Made In Brazil, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Som Nosso De Cada Dia, Bixo da Seda e chegou até abrir um show do Bill Haley And His Comets, no Guairão (1975).
Os Novos Baianos - foi um conjunto musical brasileiro, nascido na Bahia, ativo entre os anos de 1969 e 1979. Eles marcaram a música popular brasileira e até o rock brasileiro dos anos 70, utilizando-se de vários ritmos musicais brasileiros que vão de bossa nova, frevo, baião, choro, afoxé ao rock n' roll. O grupo lançou oito trabalhos antológicos para MPB. Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal), Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros. O segundo disco do grupo, Acabou Chorare, que mescla guitarra elétrica, baixo e bateria com cavaquinho, chocalho, pandeiro e agogô, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira em outubro de 2007.
Som Imaginário - foi uma banda brasileira de rock progressivo formada no princípio da década de 1970. Criada primeiramente para acompanhar o cantor Milton Nascimento no show "Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário".
Contou com a participação do músico Wagner Tiso antes de sua bem-sucedida carreira solo. O Frederyko (ou Fredera), que também é pintor, escultor e jornalista, era o guitarrista solo desta banda, um dos maiores guitarristas brasileiros e que hoje reside na cidade de Alfenas no sul de Minas Gerais.
O grupo passou por várias mudanças de formação e lançou no total três discos. Matança do Porco, provavelmente o mais progressivo, contou com os vocais de Milton Nascimento. Além deste artista, o Som Imaginário acompanhou em gravações MPB-4, Taiguara, Marcos Valle, Gal Costa, Odair José, Carlinhos Vergueiro, Sueli Costa e Simone, dentre outros.
Os Mutantes - são uma banda brasileira de rock psicodélico e (rock progressivo entre 1973 e 1976) formada durante o Tropicalismo no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais).
Também participaram do grupo Liminha (baixista) e Dinho Leme (bateria).
A banda é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro. Além do inovador uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos, os Mutantes foram os pioneiros na mescla do rock and roll com elementos musicais e temáticos brasileiros. Outra característica do grupo era a irreverência. Se antes dos Mutantes, o gênero no Brasil era basicamente imitativo, a partir do pioneirismo de Arnaldo, Sérgio e Rita, abriu-se o caminho do hibridismo.
Os Mutantes iniciou suas atividades em 1966, como um trio, quando se apresentaram em um programa da TV Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio Dias como integrante original. Ao longo destes doze anos, foram gravados nove álbuns – sendo que dois deles, O A e o Z e Tecnicolor, foram lançados apenas na década de 1990. Foi nessa década que foi reconhecida no cenário do rock nacional e internacional a importância dos Mutantes como um dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e talentosos da era psicodélica e da história da música brasileira e mundial.
Garotos da Rua
- é uma banda brasileira de rock and roll, formada no Rio Grande do Sul e que alcançou
sucesso nacional nos anos 80 com a canção "Tô de Saco Cheio", que
tornou-se um clássico do Rock gaúcho.
O Garotos da Rua, nome inspirado numa música de Carlos Caramez
e Sérgio Mello, foi criado em julho de 1983, em Porto Alegre por Bebeco Garcia,
o baterista Edinho Galhardi, o saxofonista King Jim e o baixista Mitch Marini1
. Iniciaram tocando como banda da casa no bar Rocket 88, reduto do rock and
roll na cidade.
em 1985, são
contratados pela gravadora RCA e tornam-se nacionalmente conhecidos através do
hit "Tô de Saco Cheio", cujo sucesso os convence a se transferirem
para o Rio de Janeiro.
Empolgados, lançam seu primeiro álbum pela RCA, Garotos da
Rua, que também inclui as músicas "Você é Tudo que Eu Quero",
"Sabe o Que Acontece Comigo?", "Babilina", "Não é
Você" (com a guitarra de Celso Blues Boy) e "Gurizada Medonha".
No ano seguinte, gravam o disco Dr. em Rock 'n' Roll, e a
música "Eu Já Sei" vira hit em todo o país, ao figurar na trilha da
novela Mandala.
Espírito da coisa
- Grupo de pop-rock formado por Cláudio (voz), Dila (voz), Victor (voz), Katita
(voz), Paulo Correa (guitarra, piano, violão, flauta e voz), Guilherme
(teclados, saxofone e flauta), Cláudio Matheus (baixo) e Sobral (bateria e
percussão) na cidade do Rio de Janeiro, em meados da década de 1980, seguia a
proposta musical da Blitz, isto é, canções leves e com letras bem-humoradas,
sem, contudo, jamais obter o sucesso da original. Iniciou a carreira
participando de duas coletâneas, em 1985: uma lançada pela Top Tape
"Indústria do rock", e outra pela Som Livre, relativa ao programa
"Globo de Ouro". No ano seguinte, lançou o primeiro e único disco,
"O Espírito da Coisa", também pela Top Tape.
Voluntários da Pátria
- O quinteto paulistano Voluntários da Pátria foi a primeira banda brasileira
com uma proposta estética e sonora representante do pós-punk. Formado em São
Paulo/SP em 1982 por Nazi - com Z mesmo - (vocais), Thomas Pappon (bateria)
Ricardo Gaspa (baixo) e os guitarristas Miguel Barella e Giuseppe Frippi,
deixaram apenas um registro, este LP de 8 canções em 24 minutos.
Apesar da curta trajetória da banda, que logo daria espaço a
projetos individuais e novas bandas, Nazi e Gaspa se dedicariam ao Ira!, Thomas
montou o Fellini e o Smack, Miguel e Giuseppe com o Alvos Móveis, o Voluntários
da Pátria teve uma boa repercussão na capital e foi banda precursora no estilo,
tendo se apresentado em todos os palcos do underground paulistano, tais como
Carbono 14, Madama Satã, Napalm e Lira Paulistana.
O Lado A abre
com uma canção de título provocativo "O homem que eu amo", segue com
o "Iô-iô" de versos niilistas e sarcásticos, como "Meu iô-iô não
quer subir/Vou reclamar na coca-cola". "Cadê o socialismo?" foi
uma boa provocação para aqueles anos de abertura política,não é por acaso que a
canção fora interditada para execução pública. O disco ainda traz as
instrumentais "Marcha" e "Nazi über alles". "Verdades
e mentiras" tem a cara do pós-punk paulistano, umas das melhores do disco.
TNT - A
primeira formação, não oficial, da banda contava com Charles Master, Flávio
Basso, Nei Van Soria, Márcio Petracco e Alexandre Birck (que mais tarde integraria
a Graforréia Xilarmônica, dando lugar a Felipe Jotz) em seus primórdios .
Em 1985 gravam o Rock Grande do Sul , uma coletânea com mais 4 bandas: DeFalla,
Engenheiros do Hawaii, Garotos da Rua e Os Replicantes, que mostra a formação
mais conhecida. Pouco tempo após sua gravação teve a vinda de Tchê Gomes.
Flávio Basso e Nei Van Soria abandonam a banda antes do
lançamento do primeiro disco, para irem tocar o seu "porno rock", em
uma das maiores bandas de Rock gaúcho da história, Os Cascavelletes .
Márcio Petracco volta à banda junto com seu ex-colega de
escola Tchê Gomes, que eternizou sua voz e guitarra na banda cantando e tocando
músicas como "Estou na Mão", "Ratiação", "Liga Essa
Bomba" e "Deus Quis" (regravada pela banda Acústicos &
Valvulados).
Em 1987 é lançado o primeiro álbum da banda, auto-denominado
"TNT".
DeFalla -
é uma banda brasileira de rock and roll formada em Porto Alegre, RS em 1985.
Foi assim batizada em homenagem ao compositor erudito espanhol Manuel de Falla
(1876-1946), sugestão do primeiro baixista do grupo, Carlo Pianta. Nasceu com
influências de hard rock, rap, glam rock, heavy metal e, mais tarde, flertou
com big beat, funk carioca, hardcore melódico e miami bass.
A banda ficou reconhecida pelas irreverentes mudanças em
suas formações, seu estilo musical e sua apresentação estética. Inseriu-se no
cenário do rock inicialmente no circuito alternativo de Porto Alegre e mais
tarde em São Paulo e Rio de Janeiro, sendo famosas as apresentações no Circo
Voador.
365 -
Fundada em 1983, com os ex-integrantes da primogênita banda punk paulistana
Lixomania e um ex-integrante do Psykóze, com influências do punk-rock e new
wave, a banda contava com Miro de Melo na bateria (ex-Lixomania e Guerrilha
Urbana), Tiquinho (guitarra) e Adauto (baixo), também ex-integrantes do
Lixomania, e o ex-vocalista do Psykóze, Oclinhos. Nesse mesmo período, o 365 se
apresenta no festival de Juiz de Fora, ao lado de Erasmo Carlos, entre outros
grandes nomes. A banda , porém, não se parecia nem um pouco com o 365 que hoje
se conhece. O projeto é abandonado depois de poucas apresentações.
Em 1985, já com Mingau (ex-Ratos de Porão) no baixo, entram
pra banda o vocalista Finho e o guitarrista Ari Baltazar, que junto com Miro,
constituem a formação definitiva da banda. Todo o repertório anterior é
descartado. Finho e Ari assumem as composições da banda com um estilo voltado
para o pós-punk. Sua música foi intitulada por alguns críticos como rock de
combate.
Em 1986 é lançado o disco-mix contendo as músicas "São
Paulo" e "Canção para Marchar", a canção "São Paulo"
torna-se um grande sucesso e posteriormente um clássico do rock nacional. Com a
repercussão positiva, em 1987 lançam seu primeiro álbum homônimo, contendo
entre outras músicas, uma versão de "Grândola, Vila Morena", música
do cantor e compositor português Zeca Afonso. A música original foi utilizada,
na década de 70, como senha de sinalização durante a Revolução dos Cravos, em
Portugal.
Violeta de outono
- Violeta de Outono é uma banda de rock brasileira, que surgiu na cidade de São
Paulo, em meados de março de 1984. Suas músicas tem em sua essência o pós-punk
e o som psicodélico.
Em 1981, após o termino das atividades de sua primeira banda
(Lux), o vocalista Fábio Golfetti conhece o baterista Claudio Souza, e juntos,
participam da primeira formação da banda paulistana Zero, ficando somente até
gravar um dos primeiros singles da banda.
Após sairem do Zero, Fábio Golfetti e Claudio Souza se
juntam ao baixista e fotógrafo Angelo Pastorello, e formam em 1984 a banda
Violeta de Outono.
Em 1986, com os primeiros shows, a banda começa a ter um
público cativo, e acaba sendo convidada pela loja de discos Wop-Bop para lançar
um EP com apenas três músicas, dentre elas Outono, uma das músicas mais
conhecidas da banda.
Após o bom resultado do lançamento do EP, a banda assina com
a gravadora RCA (hoje, selo pertencente à Sony Music), que lança em 1987 pelo
selo Plug, o primeiro LP, batizado de "Violeta de Outono", que além
de Outono, continha músicas como Declínio de Maio, Dia Eterno e o cover de
Tomorrow Never Knows dos Beatles, considerado pelos ferozes críticos da época,
ser tão bom quanto o original dos Fab Four.
Já em 1989 é lançado o segundo LP, intitulado "Em Toda
Parte", que acaba não tendo o mesmo resultado do LP de estreia. Neste LP
destaca-se a música-título do álbum.
Fellini - Em 1985 a essência do Post-Punk
inglês e suas principais bandas começavam a se dissolver. No Brasil,
entretanto, o gênero parecia recém-descoberto, alimentando uma série de obras
que caminhavam pelas sombras do solo tupiniquim. Princípio para o trabalho de
grupos como Legião Urbana e Ira!, o estilo encontrou na postura versátil da
paulistana Fellini um ponto natural de transformação. Sustentados pelos
experimentos, Cadão Volpato, Thomas Pappon, Jair Marcos e Ricardo Salvagni
fizeram da curta passagem da banda um dos momentos mais curiosos do rock
brasileiro dos anos 1980 – e até além dele. Da essência de Adoniran Barbosa,
passando pelos arranjos sombrios de grupos como The Smiths, Gang Of Four e Joy
Division, poucas bandas surgidas no mesmo período conquistaram um repertório
tão hermético e ainda amplo quanto a Fellini.
Garotos Podres
- Influenciados pelas bandas de punk rock do final dos anos 70 e início dos
anos 80, o grupo foi formado em 1982 na cidade de Mauá, que é uma das cidades
que compõem a região do Grande ABC em São Paulo. Naquela época o Brasil se
encontrava no auge do movimento punk no país, e várias bandas surgiam
principalmente nos grandes centros urbanos.
Sua primeira apresentação aconteceu em 1983, na cidade de
Santo André num evento que reuniu vários grupos de vários estilos musicais em
prol do Fundo de Greve dos Metalúrgicos do ABC, daí para frente começaram a
participar de vários eventos pela região. A primeira gravação aconteceu em 1984
quando foram convidados a participar de uma coletânea em K7 com as bandas:
Corte Marcial, Infratores e Grito de Alerta.
Em 1985 entraram em estúdio para gravar o que seria uma
demo-tape. Foram gravadas e mixadas catorze músicas em doze horas num estúdio
de oito canais, e o resultado foi considerado tão bom para os padrões da época
que onze destas músicas acabaram se tornando o álbum de estreia da banda,
intitulado Mais Podres do que Nunca, editado pelo extinto selo Rocker e no ano seguinte
pelo extinto selo Lup-Som. Esse disco chegou a marca das 50.000 cópias
vendidas, um recorde de vendagem de discos independentes na época e continua
sendo distribuído em CD até hoje.
Os Replicantes
- O nome da banda Os Replicantes é uma referência aos andróides do filme Blade
Runner (1982) de Ridley Scott, no qual os replicants do filme eram muito
parecidos com os seres humanos, porém mais fortes e ágeis.
Em 16 de maio de 1984, com Wander Wildner (vocal), Cláudio
Heinz (guitarra), Heron Heinz (baixo) e Carlos Gerbase (bateria), a banda se
apresentou profissionalmente pela primeira vez, no Bar Ocidente, em Porto
Alegre. Em 1984, gravam a música Nicotina num estúdio de jingle, de quatro
canais, com a ajuda do produtor musical Carlos Eduardo Miranda. Levaram a
música para a recém criada Rádio Ipanema FM, que a incluiu na programação. Em
1985 eles passam a fazer mais shows, gravam um videoclipe de "Nicotina",
o primeiro da história do rock gaúcho, e resolvem gravar seu primeiro disco: um
compacto duplo (vinil) com quatro músicas: "Nicotina",
"Rockstar", "O Futuro é Vórtex" e "Surfista
Calhorda". O disco é distribuído pelo selo Vórtex, dos próprios Replicantes.
De forma independente, o compacto chega em várias cidades brasileiras e vende
duas mil cópias.
Na sequência fazem um videoclipe para "Surfista
Calhorda" e são convidados a participar da coletânea Rock Garagem, com a
música "O Princípio do Nada". Em 1986 assinam contrato com a
gravadora RCA (depois BMG), e gravam o LP O Futuro é Vórtex, em São Paulo. As
músicas "Surfista Calhorda" e "A Verdadeira Corrida
Espacial" saem na coletânea Rock Grande do Sul, que traz as bandas
DeFalla, Engenheiros do Hawaii, Garotos da Rua e TNT. "Surfista
Calhorda" tem boa aceitação nas rádios de todo país e logo se torna um
hit. O segundo disco, lançado em 1987, também pela BMG, é Histórias de Sexo e
Violência, outro clássico, com "Sandina", "Astronauta" e
"Festa Punk". Nesta época fazem uma série de shows em São Paulo,
tocando ao lado de outras bandas do cenário da época, como o Plebe Rude,
Cólera, Garotos Podres e 365. Lançam o primeiro vídeo da música brasileira em
locadoras, a fita VHS Os Replicantes em Vórtex, com videoclipes e shows da
época.
HANÓI HANÓI
- Criado por Arnaldo Brandão (ex-A Bolha,Brylho e A Outra Banda da Terra - que
acompanhava Caetano Veloso]) a partir de uma parceria com o poeta Tavinho Paes,
o guitarrista mineiro Affonso Heliodoro dos Santos Jr., o Affonsinho, e o
baterista Pena, o "Hanói-Hanói" gravou seu primeiro LP em 1986, que
inclui o maior sucesso da banda, "Totalmente Demais" (posteriormente
regravado por Caetano Veloso) e "Blablabla Eu Te Amo" (mais conhecido
pela interpretação de Lobão). Em 1988, em seu segundo disco, o grupo lançaria
outra música que ficaria famosa com outro intérprete: "O Tempo Não
Pára", parceria de Brandão com Cazuza, que popularizou a própria versão. O
terceiro disco, "O Ser e o Nada" (EMI), é de 1990 e tanto o título
quanto o conceito do disco são empréstimos feitos ao papa do existencialismo,
Jean-Paul Sartre. O grupo teve seu grande momento ao vivo durante o Rock In Rio
II em 1991, quando substituíram o Barão Vermelho. No ano seguinte, foi lançado
Coração Geiger.
A banda ainda lançaria o CD "Credus" em 1995,
contendo gravações feitas durante uma turnê em 1993. Tavinho Paes e Arnaldo
Brandão continuaram a parceria que iniciaram nos anos 80, com mais de 50
canções editadas e gravadas após o fim da banda.
AZUL 29 - Grupo
de Tecnopop e Synthpop formado em 1982, na Cidade de São Paulo. Integrado por
Thomas Susemhil (voz e teclado), Eduardo Amarante (guitarra), Miko Bielefeld
(baixo) e Malcolm John Oakley (bateria) e influenciado pela New Wave, lançou
dois compactos pela gravadora WEA: Metrópole/Olhar, em 1983 e O teu nome em
neon/Ciências Sensuais, em 1984. Além dos compactos, participou da trilha
sonora do filme Bete Balanço1 , dirigido Lael Rodrigues, também em 1984, com a
canção Video-Game, que se tornou sua música mais conhecida e seu maior sucesso.
A banda encerrou suas atividades em 1985 e não chegou a gravar nenhum LP.
Eletrdomésticos
- Sucesso dos anos 80, a canção “Choveu no Meu Chip“ esteve entre os primeiros
lugares em vendas e execução nas rádios do país. Composta no emblemático
(graças à Orwell) ano de 1984, profetiza com humor a era digital e a incorporação de
computadores pessoais no cotidiano, quando ainda não havia telefones celulares
nem internet WWW no Brasil.
“(…) Já eram todos os arquivos/ Os meus controles pessoais/
O telefone dos amigos / Minhas informações vitais (…)”
A banda “Eletrodomésticos” formou-se durante a faculdade de
Design, na PUC-RJ, com Luciana Araujo Lumyx como compositora e teladista,
pilotando um teclado Korg Poly 800.
Akira S e as
Garotas que Erraram - Akira S conheceu Pedreira Antunes AKA Lex Lilith,
o Alex Antunes em 1984. Logo apresentou-lhe o que sabia sobre música
eletrônica, influenciada principalmente pela New Wave, e em seguida resolveram
montar uma banda.
Começaram apenas com baixo, tapes e voz, mas não era
suficiente para expressar o que sentiam, então Edson X foi convidado para tocar
bateria. Mesmo assim não foi o bastante.
Em um determinado momento, tiveram dois baixos, teclados e a
bateria ora acústica ora eletrônica e nenhuma guitarra. Contudo os guitarristas
dos Voluntários da Pátria, Miguel Barella e Giuseppe "Frippi" Lenti,
passaram a contribuir com a banda, sendo que este último chegou a ser
integrante oficial de Akira S & As Garotas Que Erraram.
Em 1985 participaram da coletânea "Não São Paulo"
com a música "Sobre As Pernas", que contou com a participação de
André Jung, da Ira!, e do alemão Holger Czukay, da Can, que fora convidado por
Miguel Barella para a gravação.
Em 1987 lançaram um disco homônimo que ainda hoje não foi
lançado em CD. Com muitas pesquisas sobre timbres e o uso de vários efeitos,
dentre eles e-bow e guitar-synth, a importância de Barella e "Frippi"
nas gravações do LP foi enorme, maior do que qualquer um previa. Paralelamente
a isso, o baixo de Akira S e a bateria de Edson X tiveram relevante influência
para os Voluntários da Pátria.