Considerando
apenas os filmes que foram realizados no século XXI (até porque, criticar os
antigos filmes de personagens dos quadrinhos é covardia), há algumas películas que não se adequam aos novos moldes de superprodução caprichada, que
costumamos acompanhar desde o primeiro X-MEN.
Nesse rol de
obras que impressionaram o público, há os que deixaram a desejar,
apesar de fazerem parte de uma nova safra de películas que estão bem acima da
média na atual Hollywood.
Talvez
porque estejamos mal acostumados –por termos visto a trilogia BATMAN, por exemplo; ou OS
VINGADORES e outros da fase 1 e 2 da Marvel –ou porque os filmes não sejam dignos
do momento que o cinema inspire.
Fato é que
os que estão na lista decepcionaram, de um jeito ou de outro, mas que não
prejudicaram o vitorioso projeto das adaptações da nona arte para a
telona. Eis os “indicados”:
HULK – Filme
de 2003, dirigido pelo renomado diretor taiwanês Ang Lee, foi uma sonora
decepção. Estrelado por Eric Bana, o Hulk
de Lee teve um orçamento de US$ 137 milhões e uma bilheteria mundial de
US$ 245 milhões; se enveredou mais pelo
psicodrama, do que a ação em si. Resultado: não agradou nem crítica, nem
público. Mas não foi o desastre que pintaram por aí. Apenas poderia ser melhor.
ELEKTRA - é um filme de 2005 de ação-aventura dirigido
por Rob Bowman, com o roteiro de Raven Metzner, Zak Penn e Stu Zicherman,
baseado na história de Zak Penn e na personagem criada por Frank Miller.
Achando que sua performance no seriado ALIAS era empolgante, os produtores
convidaram Jennifer Garner para o papel da mercenária. Erraram feio. Bowman,
acostumado a dirigir alguns dos melhores episódios de ARQUIVO X e a adaptação
de 1998 para o cinema, não conseguiu acertar a mão desta vez.
HOMEM DE
FERRO 3 – Talvez soe como heresia criticar um filme da saga de Tony Stark. Principalmente
se compararmos a outros filmes do gênero. Mas o certo é que não vingou o
projeto. O fato de Robert Downey Jr. ter um número definido de participações no
universo cinematográfico da Marvel, não deveria ser desculpa para fazer algo
que não tivesse a qualidade dos dois anteriores. A começar pelo vilão de
mentirinha. Nos quadrinhos, Mandarim é cruel, sanguinário e já levou à lona o
Homem de Ferro várias vezes. Portanto, desperdiçaram um personagem com
conteúdo. Mudaram também a direção do filme, o que significa muito; parece até que acompanhamos um videoclipe do herói. Até a cena pós-créditos, uma das marcas
registradas da Marvel, é decepcionante. De positivo, a tentativa de humanizar o
personagem, sofrendo as consequências do ocorrido em OS VINGADORES. Ao menos,
não foi um estrago tão grande, ao ponto de comprometer a fase 2 da Marvel.
X-MEN 3 – O primeiro
é muito bom; o segundo, por apresentar mais personagens e se manter na mesma
toada do original, também mantém o interesse. Mas a parte 3 destoa. Talvez
porque tivessem prazo para finalizar a
saga, não há a mesma pegada das duas produções anteriores.
LANTERNA
VERDE - Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um audacioso piloto de aviões que foge de
qualquer responsabilidade. Um dia, a
vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena
prestes a morrer, chamado Abin Sur (Temuera Morrison). O extraterrestre lhe
entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as
responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde.
Nem
tanto pelos efeitos, mais pelo roteiro e a direção equivocados. A escolha de
Reynolds para o papel principal também não é das mais felizes. Talvez a ideia
fosse a mesma da Marvel: escolher um ator de renome para legitimar o filme e
cair nas graças do público. Deu certo com Downey Jr. Mas a ideia da DC, não funcionou.
Resultado: bilheteria insatisfatória, e a possível continuação (quase
obrigatória em casos como esse) suspensa, até segunda ordem.
DEMOLIDOR –
A história do Home Sem Medo poderia render um excelente filme. Sua trajetória,
permeada de desgraças pessoais, daria um roteiro interessante. Afinal, assim
como o HOMEM ARANHA, o Demolidor também é forjado na tragédia. Mas, novamente a
escolha equivocada de elenco atrapalha. Ben Affleck parece entediado no papel.
Direção e roteiro, pouco inspirados. Erroneamente optou-se por não contar a origem do
herói. Começa-se a produção com o “bonde andando” e, como tudo surgiu, apenas
em um ou outro flash back.
Com a
inclusão dos personagens clássicos (o Rei do Crime, o Mercenário e até de
Elektra), a coisa tinha tudo pra decolar. Só que não.
MOTOQUEIRO
FANTASMA 2 - Em Motoqueiro Fantasma: O Espírito da Vingança, Johnny Blaze
(Nicolas Cage) está escondido no leste europeu, tentando encontrar uma maneira
de controlar sua maldição. Mas lá ele é encontrado por um culto, que o recruta
para enfrentar o diabo (Ciaran Hinds), que pretende encarnar no corpo de um
garoto, Danny Ketch, no dia do aniversário do menino.
O primeiro é
até legal. Os efeitos seguram o filme. Mas passado o efeito novidade, a
continuação se torna maçante. Cage sem empolgar e a direção idem, na mesma
data. Isso fez da produção uma decepção. Os produtores tinham intenção de
ampliar a franquia, mas até agora, nada de oficial.
HOMEM ARANHA
3 – A bem sucedida saga do Cabeça de Teia esbarrou nessa continuação que patina
no roteiro confuso, com vários vilões e com resultado decepcionante.
Rumores
dizem que as filmagens começaram sem um roteiro concluído. Se for verdade (e
parece que é) ficamos apenas e tão somente com os efeitos visuais, que são
fantásticos. Mas muito pouco para um filme que era aguardado com muita
ansiedade. Essa foi uma das razões por terem feito um ‘reboot’ tão cedo do
personagem.
QUARTETO
FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO – Pode-se dizer que a continuação é uma boa “Sessão
da Tarde”. Nada além disso. Não há carga dramática, nem confrontos
mirabolantes. O que se salva é o Surfista, personagem favorito do criador do
universo Marvel, o titio Stan Lee. Quem acompanha as HQs sabe do potencial que
elas oferecem. De repente rola até um filme solo dele, no futuro. O filme, em
si, não é ruim. Só não está a altura do grupo que é precursor da revolução que
foi o trabalho de Lee/Jack Kirby/Steve Dikto.
X-MEN ORIGENS –
WOLVERINE - O comandante William Stryker (Danny Huston), está envolvido em
alguns componentes no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles
está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa
Prateada (Lynn Collins). Apesar de sermos apresentados ao polêmico Deadpool
(personagem dos quadrinhos que a molecada adora), o filme não agrada. A
comparação com os anteriores da franquia é inevitável. Só começam a melhorar
com WOLVERINE –IMORTAL e em DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO. A sorte é a
importância do herói para o Universo dos X-Men. Seja nos quadrinhos, seja na
telona, Wolverine é o preferido dos fãs. E isso é mais do que suficiente para
manter a atenção.
A MULHER GATO – Patience Phillips (Halle Berry) é uma tímida artista plástica
que trabalha em uma empresa de cosméticos. Quando Patience acidentalmente
descobre um segredo da empresa em que trabalha, ela se vê envolvida em uma
conspiração corporativa que sequer imaginara até então. O que acontece a seguir
transformar Patience para sempre, fazendo com que ela ganhe a força, agilidade,
velocidade e sensibilidade de um gato. Com seus novos poderes e a recém-ganha
intuição felina, Patience se torna a Mulher-Gato.
Por onde começar a lista de equívocos do
filme...Talvez pela origem não ser a dos quadrinhos, nem mesmo o nome da
personagem foi mantido. A trama também prejudica a produção. A maravilhosa
Halle Berry segura a onda nas cenas de ação (onde sua sensualidade aflora), mas
de resto, pouco salva o filme. Uma das mais criticadas adaptações de um
personagem dos quadrinhos ao cinema, Mulher Gato tem vaga cativa na nova série
GOTHAM, aí sim, mostrando seu início na vida criminosa, sem sair muito de suas
origens.
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