segunda-feira, 30 de março de 2015

BANDAS DOS ANOS 80 QUE POUCA GENTE CONHECIA - parte 1




A década de 80 não foi pródiga apenas pelas bandas de renome que despontaram à época, como LEGIÃO, TITÃS e PARALAMAS DO SUCESSO. Houve também as que operavam mais no "underground. Nesse contexto temos grupos dos mais variados e que acabaram influenciando outras bandas e até colaborando, ainda que involuntariamente, para o surgimento de outros grupos.



Eis alguns dos nomes:


CABINE C. - Cabine C foi uma banda de rock brasileira dos anos 80 surgido em meio ao movimento pós-punk contendo elementos dark ou gótico. Gravou um único LP chamado Fósforos de Oxford, com 11 faixas produzido pelo selo RPM e lançado em 1986.






KAFKA - Banda formada em São Paulo nos anos 80 por Abrão Levin (vocal e guitarra), Renato Mello (sax e guitarra), Renato R. (baixo) e Paulo Blitter (bateria). Lançaram dois álbuns pelo Selo e loja Baratos Afins, ainda hoje é possível encontra-los por lá, inclusive uma versão em CD com os dois trabalhos.





PICASSOS FALSOS - é uma uma banda brasileira de rock surgida em 1985 no Rio de Janeiro. A banda foi uma das pioneiras em misturar rock, soul e funk com baião, afoxé, maracatu e samba, algo que só viria a ser comum na música brasileira a partir dos anos 1990, com artistas como Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. A banda fez sucesso com canções como "Carne e Osso", "Quadrinhos", "Supercarioca" e "O homem que não vendeu sua alma".






Finis Africae - foi uma banda brasiliense que emplacou hits como "Ética", "Van Gogh", "Armadilha", "Deus Ateu" e "Mentiras". O ano de 1986 começou bem, com o lançamento de um EP, chamando a atenção de gravadoras para um lançamento posterior. A EMI-Odeon fechou o contrato com a banda e colocou o primeiro LP nas prateleiras, no ano seguinte.
A Finis surgiu em uma época que Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial dominavam o espaço na cena do rock brasileiro. Após o sucesso de "Armadilha" nas rádios, no ano de 1986, a banda continuou o caminho e conseguiu colocar no mercado um LP homônimo.






Hojerizah - é o nome de uma banda de rock formada em 1983, por Toni Platão, Flávio Murrah , Marcelo Larrosa e Álvaro Albuquerque na cidade do Rio de Janeiro. A banda lançou em 1984 um compacto simples pela BB Records/Polygram contendo as músicas "Que horror" e "Pros que estão em casa", que seria regravada em seu primeiro LP lançado pela BMG - Ariola em 1986.






GUETO - A banda fez sua estreia fonográfica ao lado das bandas Nau, Vultos e 365 na coletânea “Não São Paulo II”, lançada em 1987 pelo selo Baratos Afins, do importantíssimo Luiz Calanca.
No mesmo ano, lançou seu primeiro álbum, “Estação Primeira”, que foi muito bem recebido pela crítica. “G.U.E.T.O.”, “Borboleta Psicodélica” e “A Mesma Dor” tiveram importante difusão radiofônica e a primeira música contou com o videoclipe de grande circulação na TV. O vocalista tem um timbre de voz que sempre lembrou o do Nasi, da banda Ira!






EGOTRIPE – Arthur Maia, que posteriormente trabalharia com artistas como Gal Costa, Caetano Veloso e Roberto Carlos, fundou o grupo em 1985.1 Seu primeiro disco foi lançado em 1987. A música "Viagem ao Fundo do Ego" tornou-se um grande sucesso após ser incluída na trilha sonora da novela Mandala. No entanto, o Egotrip não duraria por muito tempo: eles se separaram após a morte do baterista, Pedro Gil (filho do Gilberto Gil), em um acidente de carro em 1990.





SMACK - é o segredo mais bem guardado do rock brasileiro dos anos 80. Fez dois discos mitológicos – “Ao Vivo no Mosh” (1985) e “Noite e Dia” (1986) – e virou lenda entre músicos e artistas. O fato de ser cultuado num pequeno círculo é uma injustiça histórica. Se o mundo fosse justo, é claro que o Smack seria tão famoso quanto os Mutantes ou Gang of Four.
Mutantes e Gang of Four não foram citados ao acaso. Como essas duas bandas, o Smack faz música com cara própria, que não se parece com nada que você tenha ouvido. Tenho um palpite sobre as razões de o Smack ter construído um som pessoalíssimo. Quando a banda foi criada, em 1984, parecia um projeto paralelo de músicos que tocavam em algumas das bandas mais cultuadas daquela década. Edgard Scandurra (guitarra) era do Ira!, Sandra Coutinho (baixo), das Mercenárias, e Thomas Pappon (bateria), dos Voluntários da Pátria (e mais tarde Fellini, hoje The Gilbertos). Pamps tinha as credenciais mais estranhas para o grupo que nascia – tocara com a banda Isca de Polícia de Itamar Assumpção, com direito a ter seu nome citado no primeiro disco de Itamar.





GANG 90 - oi um grupo de rock brasileiro dos anos 1980, fundado pelo disc jockey e jornalista Júlio Barroso.
Suas canções misturavam new wave com viagens beatnik, e ainda carregava batidas fortes e coro feminino, inspirado no grupo B-52s.
Sua primeira aparição foi na discoteca Paulicéia Desvairada em 1981. Participou do Festival MPB Shell do mesmo ano, com a música Perdidos na Selva, o que tornou o grupo famoso.
Para divulgar o grupo, o programa Fantástico de 2 de agosto de 1981 apresentou o clipe de ‘Perdidos na Selva’. Nesta época, a banda chamava-se simplesmente "Absurdetes". A música foi lançada originalmente em compacto pelo selo HOT, tendo a faixa "Lilik Lamê" no lado B, cantada por Alice Pink Pank, uma das cantoras-musas da banda, ao lado de May East e Lonita Renaux.






NAU - a banda paulistana Nau, formada por Beto Bigher, Ex-Zero, e pela vocalista Vange Leonel. Prima de Nando Reis, depois de integrar os grupos performáticos XTPO e Fix-Pá, apresentava nos shows da banda, uma forte dose de encenação teatral. A estréia do Nau em disco foi na coletânea Não São Paulo, lançada pelo selo Baratos Afins, em 1987, com a musica Madame Oráculo, e também em 1987 lançou seu primeiro disco - Nau - pela CBS. Vange Leonel Também participou, ao lado de João Gordo e Marcinha, do primeiro disco das Mercenárias, Cadê as Armas?. Em 1991 lançou seu primeiro CD solo - Vange - pela Sony. Foi com este CD que alcançou os primeiros lugares das paradas de sucesso de todo o país com a música Noite Preta, tema de abertura da novela da Rede Globo, Vamp. Participou da coletânea O Início, o Fim e o Meio, em homenagem a Raul Seixas, também pela Sony







Uns e outros - surgiu em 1983 tendo como formação original Marcelo Hayena nos vocais, Nilo Nunes na guitarra, Cal no baixo e Jonathas Nunes (irmão de Nilo) na bateria.
Em 1986 a banda participa do Festival Banda Contrabanda com a música"Dois Gumes", ficando em 2º lugar. As 12 melhores bandas deste festival participaram da gravação de uma coletânea. "Dois Gumes" teve uma boa execução nas rádios atraindo a atenção de gravadoras e o convite para a gravação do 1º Disco, "Nós Normais" pela Polygram.
Lançado em junho de 1987, "Nós Normais" levou "Dois Gumes" de volta para as rádios, sendo novamente bem executada. Após 1 ano a banda e a gravadora rescindem o contrato.
Em Setembro de 1988, a banda assina um novo contrato, desta vez com a gravadora Sony, para o lançamento do segundo disco, "Uns & Outros", agora com o baterista Ronaldo Pereira. Este disco, gravado entre Outubro e Novembro de 1988 e lançado em Maio de 1989, estourou com diversos sucessos, dentre eles "Carta aos Missionários" (canção que ficou em 1º lugar durante vários meses nas principais rádios do país), "Dias Vermelhos" e os sucessos "Máquina Mortífera" e "Lágrimas entre Máscaras" que foram bastante executados em diversos estados.











quinta-feira, 19 de março de 2015

O GÊNIO RIMBAUD





Jean-Nicolas Arthur Rimbaud (Charleville, 20 de outubro de 1854 - Marselha, 10 de novembro de 1891) foi um poeta francês. Produziu suas obras mais famosas quando ainda era adolescente sendo descrito por Victor Hugo, à época, como "um jovem Shakespeare". Aos 20 anos já havia desistido de escrever. Como parte do movimento decadente, Rimbaud influenciou a literatura, a música e a arte modernas. Era conhecido por sua fama de libertino e por uma alma inquieta, viajando de forma intensiva por três continentes antes de morrer de câncer aos 37 anos de idade.


Arthur Rimbaud nasceu no seio da classe média provincial de Charleville (hoje parte de Charleville-Mézières) em Ardennes, departamento no nordeste da França. Ele foi o segundo filho de Vitalie Rimbaud (Cuif, antes de se casar) e o Capitão Frédéric, que lutou na conquista da Argélia e foi premiado com a Légion d'honneur. Logo depois que o casal teve a quinta criança (Frédéric, Arthur, Victorine [que morreu um mês depois do nascimento], Vitalie e Isabelle), o pai deixou a família. Crescendo separadamente de seu pai, pelos escritos de Rimbaud é evidente que nunca se sentiu amado por sua mãe. Quando garoto era impaciente, inquieto, porém um estudante brilhante. Pela idade de quinze anos ganhou muitos prêmios e compôs versos originais e diálogos em Latim. Em 1870 seu professor Georges Izambard se tornou o mentor literário de Rimbaud e seus versos em francês começaram a melhorar rapidamente.

Ele fugia frequentemente de casa e pode ter se unido por pouco tempo à Comuna de Paris de 1871, que foi retratada em seu poema L'orgie parisienne (“A Orgia Parisiense” ou “Paris Repovoada”); pode ter sofrido violências sexuais por soldados bêbados da comuna (e seu poema Le cœur supplicié (“O Coração Torturado”) parece sugerir), tal fato é pouco provável já que Rimbaud continuou a apoiar os Comunistas escrevendo poemas que simpatizavam com suas reivindicações. Nesta época ele se tornou um anarquista, começou a beber e se divertia chocando a burguesia local com suas vestes rotas e o cabelo longo . Neste mesmo tempo escreveu para Izambard e Paul Demeny sobre seu método para atingir a transcendência poética ou o poder visionário através do “longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos.” (Les lettres du Voyant [As Cartas do Vidente]).



A vida com Paul Verlaine (1871-1875)
Ele retornou a Paris em setembro de 1871 por um convite do eminente poeta simbolista Paul Verlaine (depois que Rimbaud lhe mandou uma carta contendo vários exemplos do seu trabalho) e residiu brevemente em sua casa. Este, que era casado, apaixonou-se prontamente pelo adolescente calado, de olhos azuis e cabelo castanho-claro comprido. Enquanto é provável que Verlaine já havia tido um caso homossexual, ainda permanece incerto se o relacionamento com Verlaine foi o primeiro de Rimbaud. Os amantes levaram uma vida ociosa, regada a absinto e haxixe. Escandalizaram o círculo literário parisiense por causa do comportamento ultrajante de Rimbaud, o arquetípico enfant terrible, que durante este período continuou a escrever notáveis versos visionários.

O caso amoroso tempestuoso do Rimbaud e Verlaine os levou a Londres em setembro de 1872, Verlaine abandonando sua esposa e um filho pequeno (ambos sofriam de abusos durante as iras alcoólicas de Verlaine). Os amantes viveram em uma pobreza considerável, em Bloomsbury e em Camden Town, desprezando uma vida de ensino e uma pensão da mãe de Verlaine. Rimbaud passou seus dias na sala de leitura do Museu Britânico onde "calor, luz, penas e tinta eram de graça”.

Em junho de 1873, Verlaine voltou para Paris, onde a ausência de Rimbaud foi difícil de aguentar. Em oito de julho, ele mandou um telegrama ao jovem poeta, lhe dando instruções para ir ao Hotel Liège em Bruxelas; Rimbaud concordou imediatamente. O encontro de Bruxelas foi péssimo; um reclamando do outro e Verlaine bebendo constantemente . Na manhã de dez de julho, Verlaine comprou um revolver e munição; à tarde, numa "fúria de bêbado", disparou dois tiros em Rimbaud, um deles ferindo o poeta de dezoito anos no pulso.

Rimbaud considerou o ferimento superficial e a princípio não acusou Verlaine. Após isto, ele e sua mãe acompanharam Rimbaud a uma estação de trem em Bruxelas, onde Verlaine se comportou como um louco. Isto fez Rimbaud sentir medo do poeta, que então se virou e foi embora. Em suas palavras "então eu [Rimbaud] implorei para um policial o prender [Verlaine]". Ele foi detido por tentativa de homicídio e submetido a um exame médico humilhante. Também foi interrogado sobre sua correspondência íntima com seu amante e sobre as acusações de sua mulher sobre a natureza de sua relação com Rimbaud, que eventualmente retirou suas queixas, porém o juiz condenou Verlaine a dois anos de prisão.
Rimbaud retornou a sua casa em Charleville e completou sua prosa Une saison en enfer (Uma Estação no Inferno), considerada pioneira nas instâncias do simbolismo moderno e escreveu uma descrição sobre sua vida de drôle de ménage (farsa doméstica) com Verlaine, seu frère pitoyable (lamentável irmão) e a vierge folle (virgem louca) por quem ele era um l'époux infernal (noivo infernal). Em 1874 retornou para Londres com o poeta Germain Nouveau e suas arrasantes Illuminações.

Viagens (1875-1891)
Rimbaud e Verlaine se encontraram pela última vez em março de 1875, em Stuttgart, Alemanha, depois que o último saiu da prisão e se converteu ao catolicismo. Rimbaud acabou por desistir de escrever e decidiu-se por uma vida fixa, de trabalho. Alguns especulam que ele ainda possuía vivo o seu antigo estado selvagem, enquanto outros sugerem que ele buscou ficar rico e independente para algum dia poder viver como um poeta despreocupado; de qualquer forma, continuou a viajar intensivamente pela Europa, principalmente a pé.
Em maio de 1876, ele se alistou como um soldado no Exército Colonial Holandês para poder viajar livremente para Java (na Indonésia) onde, após quatro meses, desertou, retornando para a França por navio. Na residência oficial do major de Salatiga, uma pequena cidade a 46 km do sul de Semarang, capital da Província Central de Java, existe uma placa de mármore declarando que Rimbaud um dia esteve na cidade.

Em dezembro de 1878, Rimbaud chegou a Larnaca, Chipre, onde trabalhou como capataz na pedreira de uma empresa de construção. Em maio do ano seguinte, teve que deixar Chipre por causa de uma febre, que mais tarde, na França, foi diagnosticada como febre tifoide.

Em 1880, Rimbaud finalmente adaptou-se em Aden como um empregado principal na agência de Bardey . Ele teve várias mulheres nativas como amantes e por algum tempo viveu com uma amante da Etiópia (carece de fontes). Em 1884, ele deixou o trabalho na Bardey para se tornar um mercador por conta própria em Harar, Etiópia. Notavelmente, as vendas de Rimbaud incluíam café e armas. Nesse período, fez uma grande amizade com o governador de Harar, Ras Makonnen, pai do futuro imperador da Etiópia, Haile Selassie.

Morte
Rimbaud desenvolveu sinovite em seu joelho direito e, subsequentemente, um carcinoma no mesmo joelho. Seu estado de saúde o forçou a partir para a França em 9 de maio de 1891, onde foi admitido num hospital em Marselha, e ali teve sua perna amputada no dia 27 de maio. No pós-operatório foi descoberto que Rimbaud sofria de câncer. Após uma curta estada na casa de sua família, voltou a viajar para a África, mas a sua saúde piorou durante a viagem, sendo readmitido no mesmo hospital em Marselha. Lá, após algum tempo de sofrimento e eventuais visitas de sua irmã Isabelle, Rimbaud morreu a 10 de novembro de 1891, com apenas 37 anos, e seu corpo foi enterrado no jazigo da família em Charleville.






terça-feira, 10 de março de 2015

NEM SEMPRE ADAPTAÇÃO DE QUADRINHO É EFICIENTE





Considerando apenas os filmes que foram realizados no século XXI (até porque, criticar os antigos filmes de personagens dos quadrinhos é covardia), há algumas películas que não se adequam aos novos moldes de superprodução caprichada, que costumamos acompanhar desde o primeiro X-MEN.

Nesse rol de obras que impressionaram o público, há os que deixaram a desejar, apesar de fazerem parte de uma nova safra de películas que estão bem acima da média na atual Hollywood.

Talvez porque estejamos mal acostumados –por termos visto a trilogia BATMAN, por exemplo; ou OS VINGADORES e outros da fase 1 e 2 da Marvel –ou porque os filmes não sejam dignos do momento que o cinema inspire.

Fato é que os que estão na lista decepcionaram, de um jeito ou de outro, mas que não prejudicaram o vitorioso projeto das adaptações da nona arte para a telona. Eis os “indicados”:



HULK – Filme de 2003, dirigido pelo renomado diretor taiwanês Ang Lee, foi uma sonora decepção. Estrelado por Eric Bana, o Hulk  de Lee teve um orçamento de US$ 137 milhões e uma bilheteria mundial de US$ 245 milhões;  se enveredou mais pelo psicodrama, do que a ação em si. Resultado: não agradou nem crítica, nem público. Mas não foi o desastre que pintaram por aí. Apenas poderia ser melhor.





ELEKTRA -  é um filme de 2005 de ação-aventura dirigido por Rob Bowman, com o roteiro de Raven Metzner, Zak Penn e Stu Zicherman, baseado na história de Zak Penn e na personagem criada por Frank Miller. Achando que sua performance no seriado ALIAS era empolgante, os produtores convidaram Jennifer Garner para o papel da mercenária. Erraram feio. Bowman, acostumado a dirigir alguns dos melhores episódios de ARQUIVO X e a adaptação de 1998 para o cinema, não conseguiu acertar a mão desta vez.






HOMEM DE FERRO 3 – Talvez soe como heresia criticar um filme da saga de Tony Stark. Principalmente se compararmos a outros filmes do gênero. Mas o certo é que não vingou o projeto. O fato de Robert Downey Jr. ter um número definido de participações no universo cinematográfico da Marvel, não deveria ser desculpa para fazer algo que não tivesse a qualidade dos dois anteriores. A começar pelo vilão de mentirinha. Nos quadrinhos, Mandarim é cruel, sanguinário e já levou à lona o Homem de Ferro várias vezes. Portanto, desperdiçaram um personagem com conteúdo. Mudaram também a direção do filme, o que significa muito; parece até que acompanhamos um videoclipe do herói.  Até a cena pós-créditos, uma das marcas registradas da Marvel, é decepcionante. De positivo, a tentativa de humanizar o personagem, sofrendo as consequências do ocorrido em OS VINGADORES. Ao menos, não foi um estrago tão grande, ao ponto de comprometer a fase 2 da Marvel.





X-MEN 3 – O primeiro é muito bom; o segundo, por apresentar mais personagens e se manter na mesma toada do original, também mantém o interesse. Mas a parte 3 destoa. Talvez porque tivessem prazo para  finalizar a saga, não há a mesma pegada das duas produções anteriores.






LANTERNA VERDE - Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um audacioso piloto de aviões que foge de qualquer responsabilidade.  Um dia, a vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena prestes a morrer, chamado Abin Sur (Temuera Morrison). O extraterrestre lhe entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde. 
Nem tanto pelos efeitos, mais pelo roteiro e a direção equivocados. A escolha de Reynolds para o papel principal também não é das mais felizes. Talvez a ideia fosse a mesma da Marvel: escolher um ator de renome para legitimar o filme e cair nas graças do público. Deu certo com Downey Jr. Mas  a ideia da DC, não funcionou. Resultado: bilheteria insatisfatória, e a possível continuação (quase obrigatória em casos como esse) suspensa, até segunda ordem.






DEMOLIDOR – A história do Home Sem Medo poderia render um excelente filme. Sua trajetória, permeada de desgraças pessoais, daria um roteiro interessante. Afinal, assim como o HOMEM ARANHA, o Demolidor também é forjado na tragédia. Mas, novamente a escolha equivocada de elenco atrapalha. Ben Affleck parece entediado no papel. Direção e roteiro, pouco inspirados. Erroneamente optou-se por não contar a origem do herói. Começa-se a produção com o “bonde andando” e, como tudo surgiu, apenas em um ou outro flash back.
Com a inclusão dos personagens clássicos (o Rei do Crime, o Mercenário e até de Elektra), a coisa tinha tudo pra decolar. Só que não.






MOTOQUEIRO FANTASMA 2 - Em Motoqueiro Fantasma: O Espírito da Vingança, Johnny Blaze (Nicolas Cage) está escondido no leste europeu, tentando encontrar uma maneira de controlar sua maldição. Mas lá ele é encontrado por um culto, que o recruta para enfrentar o diabo (Ciaran Hinds), que pretende encarnar no corpo de um garoto, Danny Ketch, no dia do aniversário do menino.
O primeiro é até legal. Os efeitos seguram o filme. Mas passado o efeito novidade, a continuação se torna maçante. Cage sem empolgar e a direção idem, na mesma data. Isso fez da produção uma decepção. Os produtores tinham intenção de ampliar a franquia, mas até agora, nada de oficial.






HOMEM ARANHA 3 – A bem sucedida saga do Cabeça de Teia esbarrou nessa continuação que patina no roteiro confuso, com vários vilões e com resultado decepcionante.
Rumores dizem que as filmagens começaram sem um roteiro concluído. Se for verdade (e parece que é) ficamos apenas e tão somente com os efeitos visuais, que são fantásticos. Mas muito pouco para um filme que era aguardado com muita ansiedade. Essa foi uma das razões por terem feito um ‘reboot’ tão cedo do personagem.






QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO – Pode-se dizer que a continuação é uma boa “Sessão da Tarde”. Nada além disso. Não há carga dramática, nem confrontos mirabolantes. O que se salva é o Surfista, personagem favorito do criador do universo Marvel, o titio Stan Lee. Quem acompanha as HQs sabe do potencial que elas oferecem. De repente rola até um filme solo dele, no futuro. O filme, em si, não é ruim. Só não está a altura do grupo que é precursor da revolução que foi o trabalho de Lee/Jack Kirby/Steve Dikto.






X-MEN ORIGENS – WOLVERINE - O comandante William Stryker (Danny Huston), está envolvido em alguns componentes no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins). Apesar de sermos apresentados ao polêmico Deadpool (personagem dos quadrinhos que a molecada adora), o filme não agrada. A comparação com os anteriores da franquia é inevitável. Só começam a melhorar com WOLVERINE –IMORTAL e em DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO. A sorte é a importância do herói para o Universo dos X-Men. Seja nos quadrinhos, seja na telona, Wolverine é o preferido dos fãs. E isso é mais do que suficiente para manter a atenção.






 A MULHER GATOPatience Phillips (Halle Berry) é uma tímida artista plástica que trabalha em uma empresa de cosméticos. Quando Patience acidentalmente descobre um segredo da empresa em que trabalha, ela se vê envolvida em uma conspiração corporativa que sequer imaginara até então. O que acontece a seguir transformar Patience para sempre, fazendo com que ela ganhe a força, agilidade, velocidade e sensibilidade de um gato. Com seus novos poderes e a recém-ganha intuição felina, Patience se torna a Mulher-Gato.

 Por onde começar a lista de equívocos do filme...Talvez pela origem não ser a dos quadrinhos, nem mesmo o nome da personagem foi mantido. A trama também prejudica a produção. A maravilhosa Halle Berry segura a onda nas cenas de ação (onde sua sensualidade aflora), mas de resto, pouco salva o filme. Uma das mais criticadas adaptações de um personagem dos quadrinhos ao cinema, Mulher Gato tem vaga cativa na nova série GOTHAM, aí sim, mostrando seu início na vida criminosa, sem sair muito de suas origens.






terça-feira, 3 de março de 2015

LEONARD NIMOY, O ETERNO SR. SPOCK





Trekkers do mundo inteiro estão de luto.Leonard Nimoy, famoso por interpretar o Sr. Spock na série e na franquia cinematográfica de Jornada nas Estrelas, faleceu hoje, dia 27 de fevereiro, aos 83 anos de idade, segundo divulgado pelo jornal The New York Times.
A informação foi passada ao jornal pela esposa de Nimoy, Susan Bay. Segundo ela, o ator faleceu em sua casa. Ele tinha sido internado às pressas recentemente após sentir fortes dores no peito. Quando uma ambulância foi chamada, os paramédicos decidiram não se arriscar e o levaram ao hospital para exames. Segundo a imprensa americana, nos últimos anos o ator vinha sendo internado com problemas de saúde com bastante frequência.
O ator, diretor, escritor e fotógrafo sofria de uma doença pulmonar crônica. Após ser visto em uma cadeira de rodas e com tubo de oxigênio em janeiro de 2014, Nimoy disse em seu perfil do Twitter acreditar que a doença foi causada pelo fumo, o qual abandonara há cerca de 30 anos.



Nimoy se afastou da carreira artística em 2010, o que não o impediu de fazer participações ocasionais em séries, filmes ou eventos.
Leonard Simon Nimoy nasceu no dia 26 de março de 1931, em Boston, Massachussetts, filho de imigrantes judeus ucranianos. Aos oito anos de idade, ele começou a se apresentar em produções locais. Estudou arte dramática, mas não chegou a se formar na época. Em 1951, fez sua estreia no cinema com pontas em filmes como Um Gato na Minha Vida, Francis na Academia eZombies of the Stratosphere.
Ele chegou na TV em 1953, fazendo participações em teleteatro e episódios de séries. Ao longo de sua carreira, foi visto emPatrulha Rodoviária, Broken Arrow, Cimarron City, Dragnet, Colt 45, Aventura Submarina, O Rebelde, Bonanza, 87th Precinct, Além da Imaginação, Cem Homens Marcados, Os Intocáveis, A Caravana, Perry Mason, Dr. Kildare, Quinta Dimensão/The Outer Limits, O Agente da UNCLE, Histórias do Velho Oeste/Death Valley Days, O Homem de Virgínia, Combate, Daniel Boone, Agente 86, Gunsmoke, Galeria do Terror, Teatro de Contos de Fada, Columbo, Carro Comando, e a minissérie Marco Polo, entre outras. Mais recentemente, sua voz foi ouvida em um episódio de The Big Bang Theory.




Na década de 1960, ele conseguiu o papel de Sr. Spock, que o tornaria famoso. Após fazer uma participação em um episódio de The Lieutenant, de Gene Roddenberry, Nimoy foi convidado por ele para interpretar um personagem meio homem, meio alienígena, em uma série que Roddenberry estava desenvolvendo para a rede NBC: Jornada nas Estrelas. Um primeiro piloto foi produzido em 1965, pelos estúdios Desilu, do casal Desi Arnaz e Lucille Ball, ambos da série I Love Lucy. Com o título de The Cage, o piloto foi apresentado aos executivos do canal, que o rejeitaram por considerá-lo intelectual demais para o público da época. Um segundo piloto foi produzido e um novo elenco foi contratado. Apenas Nimoy se manteve. A série foi então aprovada, fazendo sua estreia em 1966.



Conquistando uma baixa audiência, a série sofreu ameaça de cancelamento após sua segunda temporada, sendo salva pelos fãs que, liderados por Roddenberry, fizeram uma campanha para evitar o fim da produção. Uma terceira temporada foi encomendada, mas cortes no orçamento comprometeram a qualidade do programa. Com isso, a última temporada ofereceu os episódios mais fracos da série. O cancelamento definitivo veio em 1969, após 79 episódios produzidos. Como ocorre com as séries que encerraram sua produção, ela entrou no circuito de reprises, sendo apresentada por canais regionais. Foi lá que surgiu o culto em torno de Jornada nas Estrelas, que já fazia carreira no circuito de convenções. Aliás, foi uma convenção que trouxe o ator para o Brasil, onde ele conheceu seu público brasileiro.
Nimoy voltou ao personagem ao emprestar sua voz a Spock na série animada deJornada nas Estrelas produzida na década de 1970 pela Filmation. Ele retornaria à pele de Spock com a franquia cinematográfica, que teve seu primeiro filme lançado em 1979, após o estrondoso sucesso de Guerra nas Estrelas nas bilheterias. Ao todo, foram produzidos seis filmes com a tripulação da série clássica, sendo que dois deles foram dirigidos por Nimoy.


Em 2009, uma nova versão cinematográfica da série clássica começou a ser produzida. Estrelados por outros atores, os filmes mostram a versão mais jovem da tripulação da nave Enterprise. Nimoy foi o único (ao menos até agora) que retornou ao seu personagem. Interpretando o Spock de um universo paralelo, ele encontra sua versão jovem na pele de Zachary Quinto. A última aparição de Nimoy na franquia foi no segundo filme, lançado em 2013.
Apesar da fama que Spock lhe deu, Nimoy temia ter ficado marcado com o personagem, o que o levou a tentar se afastar dele na década de 1970.  Foi com este objetivo que publicou sua primeira autobiografia, I Am Not Spock, em 1975, no qual travava diálogos com Spock, na tentativa de lidar com sua crise de identidade, com o vulcano representando a razão e o ator a emoção. Mais tarde, já tendo feito as pazes com o personagem, ele publicou sua segunda autobiografia, I Am Spock, em 1995, na qual revelava que, como duas almas gêmeas, eles finalmente tinham se unido.



Em 1969, logo após o cancelamento de Jornada nas Estrelas, Nimoy entrou para o elenco deMissão: Impossível, substituindo Martin Landau como ‘o homem das mil faces’. Na história, ele é Paris, um ex-mágico e especialista em disfarces selecionado por Jim Phelps (Peter Graves, já falecido) para atuar em casos especiais para o governo. O ator ficou no elenco até 1971, ano em que Bruce Geller, o criador da série, foi demitido da função de produtor. Assim, Nimoy decidiu deixar a série para seguir com sua carreira. Sua última série foi Fringe, na qual teve participações recorrentes como William Bell, entre 2009 e 2012.



Nimoy foi indicado quatro vezes ao Emmy, sem nunca ter ganho. As três primeiras foi com o Sr. Spock e a quarta com a minissérie A Woman Called Golda, estrelada por Ingrid Bergman, na qual ele interpretou o marido da Primeira Ministra de Israel, Golda Meir.  No teatro, ele foi Stanley Kowalski em uma montagem de 1955 em Atlanta de Uma Rua Chamada Pecado; também foi Tevye em uma montagem de O Violinista no Telhado, de 1971; Sherlock Holmes em 1976 e Vincent Van Gogh no monólogo Vincent: The Story of a Hero, entre 1978 e 1980.
Além de ator e diretor, Nimoy fez vários trabalhos de dublagem em produções animadas. Ele também era um conhecido fotógrafo, especializado em imagens em preto e branco, tendo feito diversas exposições de seu trabalho. Como fotógrafo e poeta, publicou alguns livros, com imagens acompanhadas de poesias escritas por ele.
Em 1954, ele se casou com a atriz Sandi Zober, com quem teve dois filhos, Adam e Julie Nimoy. O casal se divorciou em 1987. Em 1989, ele se casou com a atriz Susan Bay, com quem ainda vivia. Nimoy teve seis netos e um bisneto.



Um de seus melhores amigos era o ator William Shatner, que interpretou o Capitão Kirk emJornada nas Estrelas. Além das produções do universo trekker, os dois trabalharam juntos em um episódio de O Agente da UNCLE e em Carro Comando, série estrelada por Shatner. Em seu perfil do Twitter, Shatner disse que amava Nimoy como a um irmão e que todos sentirão falta de seu humor, de seu talento e de sua capacidade para amar.
Em seu Facebook, Takei disse: ‘hoje o mundo perdeu um grande homem e eu perdi um grande amigo. Nós o devolvemos agora para as estrelas Leonard. Você nos ensinou a ter uma vida longa e próspera. Algo que você com certeza teve amigo. Eu sentirei sua falta em muitas, muitas formas’.
Em sua última mensagem postada no Twitter, Nimoy disse que ‘a vida é como um jardim. Momentos perfeitos podem ser cultivados, mas não preservados, a não ser na memória’.