CULTURA e CIA
sábado, 20 de maio de 2017
POR QUE OS FÃS DA DC SÃO MAIS CHATOS DO QUE OS DA MARVEL?
Note que eu disse chatos, e não exigentes.
Veja, o projeto da Marvel no cinema já tem praticamente uma década (sem contar X-MEN e HOMEM-ARANHA que surgiram antes na telona, mas ainda fora das mãos da Marvel) e é um sucesso.
O da DC começou pra valer em 2013 com o HOMEM DE AÇO (se a gente esquecer as bombas LANTERNA VERDE e SUPERMAN RETURNS). Ainda é algo em progresso, mas promissor, copiando o modelo vitorioso da "Casa das Ideias" --na TV os projetos das duas empresas estão mais solidificados, seja na CW, na ABC ou NETFLIX.
Os fanboys da DC não gostam de ver críticas de maneira alguma. Os da Marvel, mais calejados, aprenderam a rir dos cometários mais rigorosos, afinal, os filmes são um sucesso; até produções ruins como HOMEM DE FERRO 3 e GUARDIÕES DA GALÁXIA 2 (e bota ruins nisso...). É como se as críticas fossem comprometer o projeto da Distinta Concorrente. E isso parece incomodar. Mas não deveria.
Fãs da DC (há exceções, é claro) muitas vezes são insuportáveis, pra não dizer inseguros ao extremo. Tanto que chegam ao cúmulo de criticar os próprios...fãs da DC!!
Os que adoraram a trilogia do BATMAN, de Christopher Nolan são as viúvas do Nolan. Os admiradores do SUPERMAN de Christopher Reeve são viúvas do Reeve; os que curtiam a MULHER MARAVILHA de Lynda Carter, 'ah, esses não entendem nada'. Só lembrando que sem os filmes de Nolan, nada disso seria possível hoje; e que Carter e Reeve ajudaram a imortalizar os seus personagens.
É o caso do cara que briga com amigos, com a família, com todo mundo. Nada tá bom pra ele, nada pode ser contestado, que seu mundinho adolescente inseguro desaba.
Para esses alienados, os filmes da Marvel são "coloridos e com humor demais", que é a exata receita das séries da DC na TV --uma pior que a outra, por sinal. Mas colorido e com humor na DC pode.
Até a Warner reconhece, como visão mercadológica apenas, que inserir cenas pós créditos e um pouco de humor são eficientes. O ESQUADRÃO SUICIDA já é um exemplo disso. Teve um primeiro trailer mais soturno, e os estúdios resolveram inserir mais humor, depois de algumas reações iniciais não muito positivas. A bilheteria mostrou que a decisão estava certa. Mas acabou comprometendo um pouco a participação do CORINGA de Jared Leto.
Por mais que os fanboys não gostem, mudanças assim são necessárias e o trailer da LIGA DA JUSTIÇA já dá esse tom. Não é admitir que a Marvel está certa ( não foi ela que inventou esses mecanismos); mas querer que o projeto dê certo, DÊ GRANA. Os produtores estão certos. E essas decisões estão dando uma cara nova à empresa, com perspectiva de lucros bilionários a cada filme da empreitada. Mas em toda fase de ajuste existe crítica, e aí que os fanboys começam a ver teoria de conspiração em tudo.
Se uma produção da Warner/Dc foi mal avaliada "a Disney comprou esses caras" ( a empresa dona da Marvel). Os fanboys são obcecados com o site Omelete do UOL. Cada critica negativa deles sobre um filme da DC, os fãs surtam. Mas não param de acompanhar o site. Masoquismo puro.
Amigo, as vezes a crítica é merecida, e é com ela que os produtores vão aprendendo. Afinal, está apenas no início. A série PUNHO DE FERRO da Marvel/Netflix foi duramente criticada; e com toda razão. O seriado é um horror. Mas isso serve para as empresas se ajustarem.
Um típico exemplo da alienação das 'DCezetes' foi o lançamento de BATMAN vs SUPERMAN. A versão inicial, com 2 horas e 30 foi decepcionante e apressada (culpa dos produtores que entregaram quase tudo nos trailers), e até os que esperavam ansiosamente o filme ficaram com gostinho de quero mais. Sobrou para o diretor Zack Snyder. No Twitter houve campanha (deflagrada pelos próprios fãs da DC) de tirá-lo do comando dos filmes da empresa.
Mas bastou o lançamento em DVD da versão definitiva de 3 horas para Zack começar a ser chamado de "Snydeus" (fala sério...). Vai entender esses groupies. Uma hora querem a cabeça do cara, na outra montam um altar pro sujeito. Lembrando que ele é um bom diretor, apesar de superestimado. Mas os fãs precisam dele à frente do projeto.
Os xiitas de plantão patrulham as redes sociais dos atores. O que explica Diane Lane, que interpreta a mãe de Clark Kent, ter que dar satisfações por dizer que a LIGA DA JUSTIÇA não superaria OS VINGADORES. Ou de vigiar os sites que dão notas aos filmes, pra ver se dariam uma nota excelente para o filme MULHER MARAVILHA.
Nas páginas e grupos no Facebook existe uma verdadeira 'blitzkrieg' com internautas.
Nos grupos dos fãs da DC, por exemplo de cada 5 postagens, 3 citam a Marvel, numa infantil e insistente comparação, mostrando a necessidade extrema de autoafirmação que essa molecada tem.
Tenham em mente que a Marvel precisou de quase uma década pra se firmar no mercado. A DC está só começando e tem tudo pra repetir o sucesso da rival, ou até superar. Basta paciência. Se a "Casa das Ideias", sem ter todos seus personagens em mãos conseguiu, a "Distinta Concorrente' também pode. Os verdadeiros fãs de quadrinhos só tem a agradecer.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
A ETERNA RIVALIDADE ENTRE OS FÃS DA MARVEL E DA DC
Nada mais enfadonho do que ver fanboys brigando nas redes sociais pra ver qual empresa tem os melhores personagens imaginários.
Uns optam pela Casa das Ideias; outros são groupies da Distinta Concorrente. Mas (quase) todos tem em comum o espírito de “Fla-Flu”, quando se trata de defender a sua editora favorita.
A Marvel larga na frente
A Marvel começou seu projeto cinematográfico antes da DC, mas de maneira difusa. Os direitos de alguns personagens estavam espalhados –a tentativa desesperada de salvar o pescoço no fim dos anos 90, quando a empresa estava em concordata, e precisava de grana, e rápido –e isso dificultava aprofundar no seu próprio universo para realizar filmes. Mas a Fox (com X-MEN, QUARTETO FANTÁSTICO e, por um certo tempo DEMOLIDOR) ajudou a pavimentar os heróis Marvel na telona. Assim como a Universal com o HULK. A Sony, com o HOMEM ARANHA, elevou os filmes de super-heróis à categoria de 'blockbuster'.
Com o caixa em dia era hora da própria Marvel realizar suas próprias produções.
Mas tinha que ser não uma só, mas várias produções que fossem intercaladas, como nos quadrinhos, onde o fim de uma história não é propriamente um fim, mas sim a ligação com outros títulos.
Se funciona com a nona arte, funcionaria também com a 7ª.
HOMEM DE FERRO foi um triunfo, principalmente pela escolha de Robert Downey Jr como Tony Stark. Verborrágico, sarcástico e com veia pra mega produções, Robert ERA Stark. Isso fez com que a produção levasse multidões aos cinemas e aguçasse a curiosidade dos fãs. Seria esse o início de um 'universo cinematográfico' grandioso? Sim. E com toda pompa e circunstância.
A intenção era culminar com os Vingadores e, para isso, deveriam lançar outros heróis antes disso. THOR e CAPITÃO AMÉRICA fizeram muito bem a lição de casa e possibilitaram que a reunião dos “maiores heróis da Terra” fosse um sucesso bilionário.
A Marvel viu que tudo estava indo de vento em popa. Seu projeto não era mais para intercalar filmes, mas sim sagas. E pra isso a empresa planejou de maneira minuciosa seu projeto em “fases”. Além de emplacar séries na TV que tivessem correlação com seus filmes. AGENTE CARTER E AGENTES DA MARVEL são exemplos.
A fase 2 opta pelas continuações de HOMEM DE FERRO, THOR e CAPITÃO AMÉRICA, além de O HOMEM FORMIGA e GUARDIÕES DA GALÁXIA. Novamente, os filmes se tornam sucesso de bilheteria.
Já a fase três, teve início em 2016, com Guerra civil.
Mas e a DC?
Sabendo que sua maior rival nadava de braçadas nas bilheterias mundiais, a editora e sua detentora, a Warner, começaram a se mexer. Mas de maneira lenta e confusa. Tanto que DEMOLIDOR, ELEKTRA e LANTERNA VERDE foram criticados pela mídia americana –apesar de ELEKTRA ser melhor que os dois longas.
Veja, filmes não são arte e nem estúdios tampouco lugares onde a “mágica acontece”. São empresas e seus acionistas pressionam por resultados. Assim que a Warner Studios teve que encarar sua empreitada cinematográfica: resposta a seus a clientes que viam oportunidades perdidas no mercado.
Sob pressão e finalmente com um projeto, Zack Snyder (que fez o razoável 300 e o impressionante WATCHMEN), ficou incumbido de dar o VERDADEIRO pontapé inicial na jornada da DC nos cinemas.
HOMEM
DE AÇO chegou cercado de expectativas e fez bonito, tanto nas
bilheterias mundo afora, quanto para boa parte da crítica. Foi uma
versão melhorada do Superman de 1976, que até os dias de hoje é
lembrado como uma das melhores adaptações de quadrinhos para o
cinema.
O
filme de Snyder tinha que dar certo, para sua mais ambiciosa produção
pudesse ser realizada BATMAN vs SUPERMAN.
Quando
as notícias começaram a surgir, os fãs entraram em frenesi, já
que era um sonho de consumo ver os maiores nomes da DC se enfrentarem
nas telonas –a obra de Frank Miller (O CAVALEIRO DAS TREVAS) onde
eles se enfrentam é considerada uma das maiores obras da 9ª de
todos os tempos; e com muita razão.
Os
primeiros trailers demonstravam que o filme seria antológico,
aumentava a expectativa, mas também a responsabilidade de Zack e do
projeto da Warner/DC.
E
pudemos acompanhar um grande filme, mas não uma obra grandiosa que
sugeria. Isso não desqualifica em nada a produção e sequer o
projeto. Apenas as expectativas talvez fossem exageradas.
O
filme chegou próximo de 1 bilhão nas bilheterias do mundo todo e
manteve os projetos seguintes (ESQUADRÃO SUICIDA, MULHER MARAVILHA e
LIGA DA JUSTIÇA) como grandes apostas tendo tudo para
corresponderem.
Mas
por que diabos os fãs ficam se digladiando por isso?
Os
fãs da Marvel não gostam das críticas que os filmes da “Casa das
ideias” são cheios de humor, com censura quase livre para os
filmes. Os da Detective Comics, não aceitam que se diga que BvS foi
nada menos do que soberbo e o “maior filme de heróis de todos só
tempos”.
Porra,
será que a discussão já chegou a esse ponto? Competição é
saudável, críticas são bem-vindas (se são construtivas) e erros
nesse fase inicial são perfeitamente normais. A própria Marvel
padeceu com críticas a algumas de suas superproduções. É possível
levar de boa tudo isso, bater no liquidificador e tocar o barco?
O
filme de Snyder é um baita filme e, claro que seria mais sombrio, já
que tem BATMAN na parada. Portanto, não se pode esperar humor. A
versão sem cortes da película corrige algumas distorções.
Os
filmes da Marvel claro que são mais leves. Primeiro, fazer filmes
com censura maior, diminui a renda --DEADPOOL veio pra provar que é
um tabu que pode e deve ser derrubado-- e nas páginas dos
quadrinhos, é normal cenas mais fortes serem entrecortadas por
tiradas de humor, para amenizar a tensão. LIDEM COM ISSO.
Também
tem a discussão “os filmes da minha empresa favorita rendeu mais
que os da sua”. OK. Desde que você prove que tá ganhando
participação nas bilheterias pra usar esse argumento, de boa
então...
Mas
se não, entenda que filmes tem orçamento alto, despesas que devem
ser cobertas e patamar mínimo pra ser considerado sucesso comercial.
TODOS eles foram sucesso. Seja os da Marvel, seja os da DC. Além de
bilheteria em âmbito mundial, são levados em conta: vendas em DVD e
BLU-RAY, vendas para TV e produtos licenciados.
“Ah,
mas os críticos do Omelete (do UOL) falaram mal do BATMAN vs
SUPERMAN”. E desde quando os caras de lá entendem de cinema e
séries? Nunca entenderam e vão morrer tentando entender. E se fosse
pelo nome forte do UOL por trás, nem teriam muita credibilidade.
A DC emplacou vários de seus personagens em séries televisivas, expandindo ainda mais seu universo, conquistando mais fãs e repaginando seus quadrinhos de linha.
Talvez seja mera ilusão da minha parte, mas que tal a gente curtir o melhor das duas editoras, tanto nos quadrinhos, quanto na TV e cinema?
Filmes,
seriados, animações, gibis, games, produtos licenciados a perder de
vista...Tanta coisa pra gente desfrutar e fica um bando de moleque
mimado brigando nas redes sociais sobre quem tem os melhores
personagens? Gente, na boa, mas isso é perda de tempo. Curta tudo o
que for lançado pelas empresas. Até porque nunca foi tão bom ser
nerd, quanto no século XXI...
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Curiosidades do Mundo do Rock
As lendas e os mitos são o que mais fascinam os fãs do gênero musical que abalou o século XX. Eis alguns deles:
RUSH e o Álbum 2112 – Quarto disco da banda canadense foi lançado em fevereiro de 1976. A gravadora queria um som mais palatável ao sistema, como The Kinks, a banda que mais se adaptou ao que a indústria queria, e exigiu do Rush um som no mesmo estilo, com ameaça de não renovar com o grupo. Insatisfeitos com essa decisão, mas ao mesmo tempo confiantes no próprio trabalho, os integrantes resolveram peitar os chefões da gravadora. O esforço valeu a pena e a música foi destaque do disco e elevou a banda canadense ao top das maiores da história do rock.
Elvis e a Origem do Acústico – Em 1968 o “rei” vivia uma fase de baixa no rock and roll. Suas músicas já não tinham a mesma pegada, a trajetória no cinema só enfraqueceu sua imagem de roqueiro e o mercado fonográfico, agora muito competitivo, não o colocava entre os 10 mais da Bilboard. Mas a chance de um especial realizado pela NBC possibilitou sua volta triunfal. Feliz pelo nascimento de sua filha Lisa-Marie, ele parecia redivivo no palco. Dividido em três partes, o show ficou marcado pelo que chamamos hoje de “acústico”. Com os colegas de banda, ele repassava seus antigos sucessos, entrecortados por seus comentários e brincadeiras com o público. Ele estava mais à vontade do que nunca e seu carisma fazia toda a diferença. As outras duas partes (uma pequena apresentação no palco, sem a banda, cantando mais clássicos, tentando sem sucesso fazer sua antiga coreografia “Elvis-The Pelvis” e a parte que lembra muito os especiais do Roberto Carlos dos anos 80 e 90 na TV brasileira) deixaram a desejar. Mas o que importava era à volta por cima de uma lenda dor rock. Só por isso o Especial de 1968 já teria valido a pena.
Jimi & Jim - Em 1968, em Detroit, três lendas do rock se encontraram para uma despretensiosa apresentação. Eram eles: Jimi Hendrix, Jim Morrison do The Doors e o guitarrista Johnny Winter. Apesar de cantar pouco, Morrison ao se juntar com o maior guitarrista de todos os tempos marcou a década de 60, num dos maiores encontros da história do rock.
Syd Barrett – Após três singles e dois discos com o Pink Floyd, Syd Barrett sucumbiu às drogas. Em seu lugar entrou David Gilmour. O seu declínio impactou Roger Waters e Gilmour. Em meados de 1973, uma figura calva com ar distante apareceu de surpresa em uma sessão de gravação do Floyd. Acompanhou toda a passagem de som e se retirou. Aos poucos foram reconhecendo que aquela figura débil era na verdade Barrett. Tal evento mexeu profundamente com os integrantes, que posteriormente gravaram Shine your Crazy Diamond e Wish you Were Here em sua homenagem.
Led Zeppelin – Quando perdeu o filho em um acidente de carro, Robert Plant, vocalista do Led, resolveu dar um tempo com a banda, em plena turnê pelos EUA. Após vários meses o grupo volta para gravar o que seria seu último disco In Through the Out Door. O álbum continha a música All My Love, homenagem ao filho de Plant. Considerada uma das mais emblemáticas canções do grupo, a performance do vocalista é carregada de emoção, em especial durante o refrão.
Ramones – Paul McCartney sempre que queria anonimato em suas hospedagens mundo afora usava um pseudônimo: Paul Ramon. Foi a partir daí que Johnny, Dee Dee e Joey formaram os Ramones, em homenagem ao ex Beatle. Todos usando o mesmo “sobrenome”, como uma família. A banda punk, talvez a mais importante e longeva do punk marcou época e é referência até hoje na música.
The Doors sem Morrison – Apenas seis meses após a morte do vocalista da banda, Jim Morrison, os remanescentes do grupo resolveram seguir com o mesmo nome, usando canções compostas pelos próprios músicos, numa tentativa desesperada de provar que havia vida para o Doors, sem sua principal estrela. O resultado foi um caça-níquel pretensioso, que mancha a trajetória da banda. Se o nome fosse outro, as canções seriam bem aceitáveis. Mas como resolveram manter o mesmo nome, a comparação foi inevitável. Nos vocais, o tecladista Ray Manzereck. Nada muito animador. O que eles conseguiram foi provar que o grupo era composto por Jim Morrison e mais três.
Kiss e a Famosa Maquiagem – Quer tirar o baixista do Kiss, Gene Simmons, do sério? É só perguntar a ele se a origem da maquiagem soturna da banda foi inspirada no grupo brasileiro Secos & Molhados. Ney Matogrosso e sua trupe se apresentaram no México em 1973 e segundo reza a lenda, Simmons estava na plateia. Ele se admirou com a performance e a cores usadas pelos integrantes. Nascia aí o visual da banda Kiss. Gene nega até hoje o ocorrido.
Bachman Turner Overdrive – Considerada a banda mais careta do rock, seus integrantes (ao menos para as câmeras) rejeitavam o uso de drogas e eram reservados e comedidos com suas respectivas vidas pessoais. A antítese dos roqueiros da época e algo raro até hoje.
George Harrison, o 3º Beatle – Intimidado pela genialidade Paul McCartney e John Lennon, George Harrison sempre evitou compor. Sua timidez foi vencida ao compor a bela Here Comes the Sun. A espera valeu a pena. A canção se transformou num dos principais hits do disco e tem uma sonoridade maravilhosa. A partir daí, com mais segurança, ele se tornou figura ativa na banda. Já Ringo Starr...
Joy Division – Ian Curtis, vocalista da banda inglesa era funcionário da seguridade social no Reino Unido. Começou a se apegar a uma mulher que, assim como ele, sofria de epilepsia em estágio avançado. Quando recebeu a notícia que esta havia falecido em decorrência da doença, Ian surtou. Abalado por saber que aquilo, inevitavelmente, aconteceria com ele também, compôs uma das mais belas canções do grupo: She’s Lost Control. Curtis acabou se suicidando em 1980.
The Doors e Woodstock – Uma das primeiras bandas a ser convidadas para o festival de Woodstock, os integrantes do The Doors viram o convite ser retirado quando Jim Morrison foi processado por atentado ao pudor (supostamente mostrou o pênis em durante uma apresentação) e também por dizer em um show na Flórida que “Hitler está vivo e vive aqui em Miami”. Talvez o grupo que mais os fãs tenham sentido falta durante aqueles três dias de rock and roll, em 1969.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
ALGUNS PROBLEMAS SOBRE A SAGA STAR WARS...
LUKY SKYWALKER É UM PERSONAGEM SEM CARISMA – Não é fácil
admitir que o personagem principal dos episódios 4 ao 6 na verdade não é
carismático. Muitas vezes é desinteressante, estranho, sem ‘sex-appeal’ e
reclamão. Mesmo quando ele se torna “fodão”, em O RETORNO DE JEDI (que deveria ser DO Jedi), ainda assim lhe falta
um algo mais. O mesmo mal que acometeu o ator Hayden Christensen, que
interpreta o pai de Luke nos episódios 1 e 2. Talvez por isso faça sentido eles serem pai e filho.
A MAIORIA DOS DIÁLOGOS É HORRÍVEL – Alguns dos fãs mais
antigos criticaram, e muito, os prequels (filmes feitos posteriormente, mas que
são ambientados antes dos originais), mas o certo é que os diálogos da trilogia
“clássica” deixam muito a desejar. O que prova que George Lucas se ateve mais
aos efeitos, do que propriamente do conteúdo.
BOBA FETT É UM PERSONAGEM CARICATURAL DEMAIS – Não se sabe
suas origens, suas motivações, o que pensa e como obteve seu ‘legendário status’.
Não é, nem de longe, icônico. No máximo, isso se a nova trilogia conseguir falar sobre suas origens, legalzinho.
BATALHAS COM O SABER DE LUZ SÃO, MUITAS VEZES, FORÇADAS –
Talvez com coreografias melhores isso não aconteceria. Fato é que se os
próprios atores teriam que fazer os duelos, deveriam estar preparados. Na
trilogia dos anos 2000, estes confrontos parecem muito mais próximos de uma “realidade”,
do que dos anteriores.
QUASE NÃO HÁ PERSONAGENS FEMININAS NA TRILOGIA CLÁSSICA – Ao
menos há a princesa Leia, certo? Ela é durona, não leva desaforos e não espera
pelos outros resolverem as coisas. Mas é pouco. E somado ao fato da personagem
ser resgatada com frequência. Mas Carrie Fischer dá conta do recado, esbanjando
beleza e carisma. Essa distorção acabou na nova trilogia. No episódio 7, tanto
Leia quanto a personagem Rey parecem tomar conta da história.
O “EU SOU SEU PAI” É ALGO QUESTIONÁVEL – Claro que adiciona
o elemento dramático ao filme, mas soa quase como uma novela mexicana, tão
acostumada a revelações paternas em suas ‘tramas’. Além de pequenas
contradições. Vader não tentou matar Luke na batalha de Yavin? Não conseguiu
sentir quem era ele? Obi Wan falou sobre Darth de uma maneira diferente da
conclusão de O IMPÉRIO CONTRA ATACA, (aqui, já com a ajuda do experiente
Lawrence Kasdan no roteiro); talvez essa mudança não estivesse previamente programada.
Ainda assim, foi o que mais chamou a atenção na sua estreia.
O IMPÉRIO CONTRA ATACA NÃO TEM UM FINAL APROPRIADO – Lógico que,
de olho nas bilheterias polpudas, George Lucas deixou em aberto o filme, mas
sem uma mínima conclusão. Sequer havia um plano exato de quando
apareceria a nova etapa, nos cinemas.
HAN SOLO PARECE MENOS CARISMÁTICO E MAIS RECLAMÃO – Aqui já
sem Lucas à frente, muda-se um pouco a direção do personagem na trama de o
RETORNO DE JEDI. O mercenário ficou mais sensível e ciumento; o oposto daquele
personagem fodástico do episódio 4. Seu carisma foi reduzido a 1%.
O RETORNO DE JEDI TEM MUITA ENROLAÇÃO - Esquecendo-se da paixão (que os fãs da saga
têm de sobra), não muito o que contar no episódio 6. Excetuando-se a cena
inicial, do resgate de Solo, pouca coisa se salva na ‘trama’. Diálogos,
trabalho de câmeras, roteiro...Há momentos entediantes. Especialmente na parte
em que conhecemos os EWOKS. Até os fanáticos pelo filme acharam estranha e até
desnecessária a inclusão dos bichinhos peludos.
A estória também não é das mais originais. Agora os heróis
devem destruir OUTRA estrela da morte. Ok...
Há algumas cenas e tiradas legais, a nostalgia ajuda na
perpetuação do mito (de "um dos maiores filmes de todos os tempos"), mas o certo
é que, excetuando-se os poucos pontos positivos, o filme é disfuncional.
EPISÓDIOS 1, 2 e 3 – Na hora em que decidiu contar a origem de
Darth Vader, George Lucas acabou incorrendo no mesmo erro de antes: esticar
demais a piada. Optou por longos três filmes para mostrar o que levou o
personagem para o Lado Negro da Força. O
elenco, recheado de rostos conhecidos, ajuda, mas a direção pouco inspirada de
Lucas não. Encantado mais pelos avanços tecnológicos da época, do que contar
uma boa estória, o famoso diretor mostrou muito mais efeitos, do que conteúdo.
Promete mais do que cumpre.
O DESPERTAR DA FORÇA – Apesar de algumas coisas acontecerem
rápido demais (a ‘conversão’ do stormtrooper Finn e do aparecimento da força na
personagem Rey, e com uma trama até certo ponto conveniente para o desenrolar do
resto da trilogia vindoura), o filme funciona.
É possível perceber que alguns erros recorrentes estão na
tela, como a tal Capitã Phasma, que não foi desenvolvida propriamente, um quê
de revival do episódio UMA NOVA ESPERANÇA , desperdício de um grande ator como Max
von Sydow e com um final um tanto quanto decepcionante.
Ainda há necessidade de se desenvolver melhor o novo trio (além dos dois
supracitados, há o piloto Poe.
Mesmo com algumas ressalvas à saga, é inegável que STAR WARS
é um marco na cultura pop, que marcou gerações . Nenhum erro ou contradição vai
apagar o que representou para o cinema de ficção (gênero tão marginalizado pela
Academia de Artes de Hollywood); a trilha de John Willians é fantástica e assistir Guerra nas Estrelas nos remete que Lucas é sim um bom diretor. Mais por seus filmes anteriores (LOUCURAS DE VERÃO e o excelente THX-1138); mas isso não exclui os erros de STAR WARS, aos quais os fãs não deveriam se opor, e sim, tirar proveito disso, para
entender melhor e mais claramente a mitologia da cinessérie.
E, apesar do pesares, é algo que se revigorou com a continuação
dirigida por J.J Abrams, perito em filmes do gênero. Por isso, os apreciadores
podem relaxar, porque a Força continuará por muito tempo entre nós.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
SÉRIES QUE: são uma decepção
DARK MATTER -
Sinopse: Uma
tripulação de seis pessoas desperta de estase em uma nave espacial
abandonada nos confins do espaço. Sem memórias, eles não têm
nenhuma lembrança de quem são ou como chegaram a bordo. A única
pista sobre suas identidades é um compartimento de carga cheio de
armas e um destino: uma colônia de mineração remota que está
prestes a se tornar uma zona de guerra. Sem a menor idéia de que
lado estão neste conflito, eles encaram uma decisão mortal. Será
que esses amnésicos virarão as costas à história, ou será que
seus passados irão alcançá-los?
Tanto elenco, quanto roteiro e direção não ajudam o projeto a emplacar, se tornando previsível e tedioso, muitas vezes.
ZOO -
Sinopse: Na
história, Jackson Oz (James Wolk, de Crazy Ones) é um zoologista
que trabalha na África, onde percebe um estranho comportamento nos
animais de diferentes espécies da região, que começam a atacar as
pessoas sem qualquer provocação aparente. Em pouco tempo, os
ataques se tornam mais constantes e coordenados, chegando a ocorrer
em outras cidades do mundo. Encarregado de desvendar o mistério,
Jackson corre contra o tempo para evitar que a humanidade seja
destruída.
Se no papel a ideia possa até parecer interessante, na prática o que vemos é uma mistura confusa, com efeitos pouco inspirados. O elenco se esforça, mas não melhora muito a série.
BLINDSPOT -
Sinopse: Blindspot
conta a história de um agente do FBI que, misteriosamente, se vê em
meio a uma conspiração. A história começa quando uma pessoa,
completamente sem memória, é encontrada nua no meio da Times
Square, em Nova York, com o corpo coberto de tatuagens recentes. E
uma dessas tatuagens é o nome do agente.
Com um começo bem interessante, o piloto se perde da metade para o final, com a história se apressando em seduzir o espectador com a teoria de conspiração. Não funciona. Os clichês e a má atuação do elenco contribuem pra isso.
SENSE 8 -
Sinopse: Grupos de
pessoas ao redor do mundo que estão ligadas mentalmente, e precisam
achar uma maneira de sobreviver sendo caçados por aqueles que os
veem como uma ameaça para a ordem mundial.
Confuso, arrastado e com a obrigação de esticar a história por longos 12 episódios, a trama não empolga, nem diz a que veio. A Netflix acabou renovando para uma segunda temporada, o que causa espanto, já que não sobrou muito o que contar depois da 1ª.
12 MACACOS -
Sinopse: Com roteiro
de Terry Matalas (Nikita, Terra Nova, Star Trek: Enterprise) e Travis
Fickett (Nikita, Terra Nova), a história é situada em um mundo
pós-apocalíptico. A humanidade é forçada a viver nos subterrâneos
depois que um vírus mortal é liberado. James Cole (Aaron Stanford,
de Nikita), um condenado, é enviado ao passado com o objetivo de
reunir informações sobre o vírus para que os cientistas possam
erradicá-lo.
Esqueça o filme dos anos 90, com Bruce Willis e Brad Pitt (indicado ao Oscar por sua performance); essa adaptação é ruim em todos os aspectos possíveis (elenco, direção, roteiro, produção). Ainda assim, garantiu uma nova temporada. Boa sorte aos que tiverem coragem.
TRUE DETECTIVE (2ª TEMPORADA) -
A história agora se
passa em Los Angeles e arredores, em especial no distrito de Vinci, e
o foco agora está em quatro personagens, sendo três deles policiais
interpretados por Colin Farrell (Ray Velcoro, um detetive amargurado,
corrupto e com um passado sombrio), Rachel McAdams (Ani Bezzerides,
uma detetive do condado de Ventura viciada em jogos de azar) e Taylor
Kitsch (Paul Woodrugh, um patrulheiro rodoviário do Estado da
Califórnia), além de Vince Vaughn, (Frank Seymon, um empreendedor
do ramo imobiliário que está para desenvolver um grande projeto no
estado utilizando de meios escusos e correndo o risco de perder todo
o seu investimento).
A 1ª temporada é fantástica. Um clima soturno, atuações impecáveis e com roteiro primoroso. Difícil saber o que aconteceu desta feita. O elenco estelar não ajuda; a história não empolga; a trilha menos. A direção ainda se esforça em tirar 'leite de pedra', mas não consegue salvar a série. A audiência comprovou o fiasco e desabou após os 3 primeiros episódios.
LUCIFER -
Sinopse: Entediado e infeliz como o Senhor do
inferno, Lúcifer abdica de seu trono e abandona seu reinado para viver
na atordoada Los Angeles. Lá, ele dá início a outro empreendimento: ele
abre um Piano-Bar chamado Lux. Com essa sinopse nem é preciso comentar ...
IMPASTOR -
Sinopse: Buddy Dobbs
(Michael Rosenbaum) é um apostador que gosta de fumar maconha e se
meteu em problemas quando pegou dinheiro emprestado com um agiota e,
para fugir, rouba a identidade de um homem e acaba se passando por um
pastor gay em uma pequena cidade nos Estados Unidos. Apesar do ímpeto
de fugir com o dinheiro do pastor, Buddy tem um ataque de consciência
quando percebe que as pessoas dali realmente gostam dele – e ele
começa a gostar delas também.
Afastado da TV desde o fim de SMALLVILLE ( onde fazia um fantástico Lex Luthor), Michael Rosebaum volta nessa comédia descompromissada, mas recheada de clichês (a começar pela sinopse). Mas nada que seja catastrófico, ainda mais se constatarmos que é exibida em um canal menor nos EUA, portanto com expectativas menores das grades redes de TV.
THE WHISPERS -
THE WHISPERS -
Sinopse: Uma força
invisível está fazendo as crianças atuarem em favor de sua causa.
Quando centenas de crianças em Washington D.C. começam a falar
sobre o amigo imaginário Drill, o que os pais não sabem é que
Drill não é tão imaginário assim, e capaz de induzir as crianças
a brincarem com um jogo perigoso, e com consequências bastante
reais.
Lily Rabe (de
“American Horror Story”) é a protagonista, com Barry Sloane (o
Aiden de “Revenge”) e Milo Ventimiglia (o Peter de “Heroes”)
também no elenco.
Steven Spilberg é obcecado por alienígenas e atores mirins. Aqui, como produtor, ele investe nas duas vertentes. O seriado não consegue empolgar, com desperdício de bons atores e de uma boa perspectiva.
WAYWARD PINES -
WAYWARD PINES -
Sinopse: Baseado no
livro Pines, de Blake Crouch, a trama de Wayward Pines acompanha
Ethan Burke (Matt Dillon), um agente do Serviço Secreto que viaja
para Wayward Pines, Idaho, em busca de dois agentes desaparecidos e
descobre um complexo mistério envolvendo a região. Quando ele
acorda no hospital de Wayward Pines, a enfermeira Pam (Melissa Leo) é
quem cuida dele. No entanto, parece que Pam está mais interessada em
machucá-lo do que em ajudá-lo. Ela e o agente acabam se tornando
inimigos mortais e Ethan descobre que seu papel na cidade vai muito
além do que se imaginava.
Talvez a maior decepção da temporada. Por estar cercado de mistério durante sua produção e ter à frente do projeto M. Night Shyamalan (O SEXTO SENTIDO e CORPO FECHADO), esperava-se muito. Mas o que se viu foi uma história que não vingou, apesar de um começo que cativava. Um excelente elenco (menos o Matt Dillon) desperdiçado em uma trama que mistura nada com coisa nenhuma. O final, patético, já evidenciava a decisão da Fox que era a de não renovar para uma segunda temporada. Sabiamente diga-se.
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