GOTHAM - Série focada na rotina do detetive James Gordon, antes
de se tornar comissário de Gotham City e de conhecer o Batman. O
policial investiga crimes realizados na cidade, incluindo o
assassinato dos pais de Bruce Wayne.
O elenco é esforçado, mas a mística do personagem do Homem
Morcego faz com que a série tenha tido uma excelente receptividade.
Mostrar 'como tudo começou' é o diferencial. Seriados e filmes
sobre heróis não são mais novidades, por isso a necessidade de
criatividade permanente; nesse caso mostrar aos espectadores a origem
dos vilões de Batman e como suas carreiras acabaram por esbarrar em
um Bruce Wayne, ainda adolescente, cativa a audiência. Já garantida
para uma segunda temporada.
THE KNICK - The Knick se passa na Nova Iorque de 1900, um tempo de
grandes mudanças e progresso. Os protagonistas serão os cirurgiões,
enfermeiras e funcionários do Hospital Knickerbocker, que vão até
aos limites próprios e aos da medicina para salvar os pacientes,
numa época de mortalidade altíssima e anterior à invenção dos
antibióticos. Enfrentando as barreiras morais de sua época, a equipe médica
liderada pelo Dr. John W. Thackery (Clive Owen) explora novas
técnicas com o objetivo de ampliar os horizontes da medicina.
A série idealizada e dirigida pelo 'oscarizado' Steven Soderbergh
(Traffic, Onze Homens e um Segredo), que escolheu a dedo o elenco e
acompanha a produção até a última etapa. Agradou tanto aos
executivos do Canal Cinemax que já foi renovada para uma segunda
temporada.
MARCO POLO - A série conta a história do explorador Marco Polo,
acompanhando suas viagens de explorações, com suas aventuras em
diversos países do mundo, e atuando como espião do embaixador de
Khan, da corte de Kublai Khan no Século XIII. Um lugar onde reinam
as artes marciais, manobras políticas e batalhas colossais.
Como toda série da Netflix, a produção é realizada de uma só
vez e exibida com o material praticamente todo gravado. Isso dá aos
criadores uma garantia de realizar o trabalho sem se preocupar com a
“audiência” que tanto prejudica alguns programas na TV mundial.
Belo espetáculo visual, mostrando que é a Netflix é um dos (senão o melhor)
serviço de streaming (conteúdo transmitido pela Internet) da
atualidade.
TRUE DETECTIVE - Com roteiro do iniciante Nic Pizzolatto (The
Killing), a trama de True Detective acompanha Rust Cohle
(McConaughey) e Martin Hart (Harrelson), dois detetives que, após 17
anos, têm de voltar ao Estado da Louisiana para servir de
testemunhas em um bizarro caso de assassinato que foi reaberto. Michelle Monaghan é Maggie Hart, a esposa do personagem de
Harrelson. Sua personagem é uma mulher decidida que tem de tomar uma
difícil decisão, a qual terá consequências devastadoras.
Narrado de maneira cadenciada e com um ar soturno, a série se
tornou um dos sucessos recentes do canal a cabo HBO, famoso por suas
produções diferenciadas. Além da originalidade da trama (e da
narrativa) o elenco estelar, afiado, faz do seriado um dos destaques
da TV americana na última temporada. Já garantida para mais uma
temporada, mas com novo elenco.
FARGO - A série “Fargo”, adaptação do filme homônimo de
1996 dirigido pelo irmãos Coen (“Inside Llewyn Davis – Balada de
Um Homem Comum”). Apesar de ter o título do filme de 1996 que
rendeu o Oscar de Melhor Roteiro para os irmãos Coen, a série não
é uma refilmagem, mas uma variação temática passada na mesma
região gelada de Minnesota. A trama foi desenvolvida por Noah
Hawley, roteirista da série “Bones”, com produção executiva
dos próprios Coen. O elenco de peso conta com Billy Bob Thornton
(“Papai Noel às Avessas”), Martin Freeman (trilogia “O
Hobbit”), Kate Walsh (série “Private Practice”), Bob Odenkirk
(série “Breaking Bad”), Oliver Platt (série “The Big C”),
Colin Hanks (série “Dexter”), Glenn Howerton (série “It’s
Always Sunny In Philadelphia”), Joey King (“O Ataque”) e
Allison Tolman (série “Prison Break”).
Apesar de lenta em sua forma, o enredo envolve o espectador na
trama; o criador da série monta as armadilhas para mostrar que um
crime pode deixar rastro e a dificuldade em escondê-lo é o que faz
da série um dos destaques da TV, e um dos recordistas de indicações
ao Emmy.
TRANSPARENT - Projeto de dramédia criado por Jill Soloway (Six
Feet Under, United States of Tara). Na história, Mort (Jeffrey Tambor, de Arrested Development)
revela aos três filhos, Ali (Gaby Hoffman), Sarah (Amy Landecker) e
Joshua (Jay Duplass), seu grande segredo. Designada como mulher ao nascer, Mort passou por uma cirurgia para
adequar o genital a sua identidade de gênero (mudança de sexo). A
partir desta revelação, as relações entre pai e filhos mudam,
levando cada um dos personagens a reavaliar suas opiniões sobre os
limites do sexo.
Com momentos distintos, intercalando humor, drama e sensualidade
na medida (e hora) certa, a surpreendente série acabou dando a
Jeffey Tambor uma justíssima indicação ao Emmy de melhor ator do
ano. Mais um serviço de streaming que dá certo nos EUA; neste caso
a Amazon.
THE AFFAIR - Roteirizada por Sarah Treem e Hagai Levi (In
Treatment) e produzida por Mark Mylod (Shameless), a produção
acompanha a história de Noah (West), um novaiorquino que vai passar
o verão em Long Island e inicia um caso com Allison, (Wilson), uma
mulher que trabalha em um comércio da região. Allison é casada com Cole (Jackson), um caubói que gerencia um
rancho, enquanto Noah é parceiro de Helen (Tierney), seu amor de
colégio e melhor amiga cuja vida vira de cabeça para baixo por
causa da infidelidade do marido.
A originalidade da produção consiste em contar o caso dos
personagens principais (que estão relatando a história a um
detetive de polícia) pelo dois pontos de vista: de Noah e e Allison.
O que torna as versões conflitantes aos olhos do policial – e dos
espectadores também. Drama bem interessante que conseguiu uma
segunda temporada, mais do que necessária, principalmente para os
que já assistiram ao episódio final.
THE MISSING - A história mostra como a obsessão e a esperança
testam os limites de uma pessoa que precisa perceber quando é
chegada a hora de mudar de atitude. Quando Oliver, o filho de Tony
(James Nesbitt, de Monroe), desaparece na França onde passava as
férias, ele dedica todo seu tempo na tentativa de localizá-lo. No
entanto, isto acaba testando a relação de Tony e sua esposa, Emily
(Frances O’Connor, de Mr Selfridge).
Narrativa minuciosa, ambientada em duas épocas diferentes:
durante a Copa de 2006, quando acontece o desaparecimento do menino,
e na época atual, quando nos é mostrado o drama de um pai que
reluta em desistir da busca, convencendo a polícia a recomeçar a
procura inglória. Elenco afiado (Frances foi indicada ao Emmy de
melhor atriz) direção segura, apesar de alguns momentos parecer
arrastada, a trama foi um dos destaques do canal a cabo Starz. Já
está confirmado uma segunda temporada.
IN THE FLESH - Situada no futuro, a história acompanha a vida de
sobreviventes que enfrentaram o holocausto zumbi. Estes foram
eliminados ou capturados pela Força de Voluntariado Humano e agora
recebem tratamento médico para que possam ser reintegrados à
sociedade, utilizando medicamentos, lentes de contato, implantes e
maquiagem corretiva. Assim, eles passam a ser chamados de portadores
da Síndrome do Falecimento Parcial – SFP.
Para todos os que acompanham a viciante série The Walking Dead,
a pergunta é a mesma: haverá cura? E como seria o “após” desse
tratamento? Nessa série da britânica BBC algumas perguntas são
respondidas. A produção foca mais no drama dos portadores da doença
e suas reabilitações junto à família e a sociedade, que não os
perdoou pelas mortes.
THE FLASH - Barry Allen (Grant Gustin) era um funcionário da
Polícia Científica que, ao sofrer um acidente, foi banhado por
produtos químicos em seu laboratório e, em seguida, atingido por um
raio. Foi a partir disso que ele começou a ser capaz de canalizar os
poderes vindos do “Campo de Velocidade”, e se locomover em
altíssimas velocidades. Usando uma máscara e um uniforme vermelho,
ele começa a usar suas habilidades para patrulhar Central City com a
ajuda dos cientistas da S.T.A.R. Labs, e detém vilões ao mesmo
tempo em que procura descobrir quem foi o assassino de sua mãe.
Caso pensado pela DC e pela Warner, Flash foi lançado durante a
segunda temporada de ARROW, o famoso Arqueiro Verde. Além de ser
bem-aceito e incrementar o seriado, conseguiu emplacar a própria
série. Pra melhorar, houve um “crossover” entre as duas
produções (ARROW, 3ª temporada, episódio 8 e THE FLASH, 1ª,
episódio 8), um dos encontros mais esperados pelos fãs. THE FLASH
consegue ter uma cara de seriado mais ameno que ARROW, que está mais
pra Batman e sua Gotham decadente. Uma das sensações da temporada,
a série já foi confirmada pra uma nova temporada.
MASTERS OF SEX - Masters of Sex é uma série adaptada da obra de
Thomas Mailer, intitulada “Masters of Sex: The Life and Times of
William Masters and Virginia Johnson, The Couple Who Taught America
How to Love”, de 2010. A atração narra as vidas, romances e
trajetórias pouco usuais de William Masters e Virginia Johnson,
cientistas pioneiros no estudo da sexualidade humana.
(o casal na vida real)
Um bom elenco, uma direção correta e roteiro que explora a
história que realmente ocorreu a partir de 1954, em um tempo difícil
para se falar abertamente sobre sexualidade. Os estudos foram
prodigiosos e de vanguarda. A série é bem-sucedida em mostrar as
dificuldades da época limitada e medieval em que eles viviam.
Sucesso do canal a cabo Showtime, já conseguiu garantir até uma
terceira temporada.
Durante muitos anos - e até hoje - grafaram (erroneamente) o nome
Norma Jean como a verdadeira identidade de Marilyn Monroe. Na
verdade, ela se chamava Norma Jeane Mortenson e não Norma Jean.
Desde criança, quiseram fazê-la crer que se chamava Norma Jean em
homenagem a diva Jean Harlow - a mãe de todas as loiras, de quem
Norma foi fã por toda vida. Ela era seu grande ídolo, se inspirava
em Harlow e baseava sua própria vida na triste história de Harlow,
quase obsessivamente.
Norma nunca conheceu seu pai, ou como especulam, talvez ela tenha
sido rejeitada por ele. Ela não foi um bebê bem-vindo, sua mãe,
Gladys Baker, não tinha condições de cuidar e sustentar um bebê.
Seus avós paternos morreram enlouquecidos e a loucura não demorou a
acometer a mãe de Norma Jeane. Desde tenra idade ela viveu abrigada
na casa de Ida e Albert Bolender, um casal que cuidava de várias
crianças que por alguma razão não tinham um lar; Norma era uma
dessas. Ela viveu na casa dos Bolender até os 7 anos, quando Gladys
a levou embora à força para viver junto dela; o que podia ter sido
um belo recomeço para mãe e filha, foi infelizmente interrompido
quando a sanidade mental de Gladys começou a dar sinais de fraqueza.
Em 1933, após vários episódios traumáticos ela acabou sendo
internada em uma clínica psiquiátrica com o diagnóstico de
esquizofrenia. Gladys nunca mais voltou a ser a mesma d'antes. Até ali, a menina Norma Jeane já vivera experiências dolorosas
demais para uma criança. Ela não sabia quem era o seu pai, e já
sentia a rejeição da mãe. Mesmo enquanto morava na casa dos
Bolender, Ida não permitia que Norma a chamasse de mãe, já que sua
verdadeira mãe estava viva - mesmo que parecesse o contrário.
Gladys vivia distanciada da filha, não a procurava e a visitava
poucas vezes. Os abandonos, rejeições, mudanças e sofrimentos que
eram implicados a Norma Jeane, acabaram criando cicatrizes profundas
na alma da menina, feridas que nunca fecharam e a marcaram para
sempre.
Ela nunca teve algo que se possa chamar de 'lar tradicional',
nunca teve uma casa com pais e que pertencesse a ela, e que ela
pertencesse aquele lar. Do fim da infância ao começo da idade
adulta, ela viveu em diversas casas de parentes distantes e famílias
de criação, incluindo uma passagem pelo orfanato Los Angeles
Orphans Home, um dos maiores traumas de sua vida. Sua guardiã Grace
Mckee, que era melhor amiga de sua mãe, a deixara no orfanato em
1935, porque se casara e iria construir uma família em que não
havia espaço para Norma Jeane (muitas famílias se interessaram em
adotá-la, incluindo o casal Bolender, mas Grace McKee sempre
rejeitava as propostas. Imaginem o quão triste é a vida de uma
criança num orfanato, a sensação de abandono e solidão. Ainda
mais para uma menina que tinha uma mãe. Anos depois, já como
Marilyn Monroe, ela declarou que não entendia o que fazia no
orfanato, porque não era órfã, porque tinha mãe. Quando alguns anos depois se eternizou gravando suas mãos e pés
no cimento da calçada da fama do Grauman's Chinese Theater, em Los
Angeles, nada mais poderia lhe parecer impossível. Ela havia sonhado
com aquilo durante toda sua infância. Sempre lhe disseram que seria
uma estrela. Quando criança, Grace McKee a levava aos cinemas de
Hollywood Boulevard para ver as estreias das grandes estrelas, e lhe
dizia que um dia ela estaria ali, seria a sua vez de estrear. A
menininha Norma Jeane tentava encaixar seus pequenos pezinhos nas
pegadas das grandes divas. Um dia seria a sua vez de gravar suas
pegadas. E quando ela deixou suas marcas em 1953, ao lado da morena
Jane Russell, teve o seu sonho realizado, felizmente desta vez não
tinham mentido para ela.
No fim dos anos 40, Hollywood era abarrotada de espertalhões
metidos a agentes e produtores, chamados de woolfs (lobos).
Mau-caráteres que se aproveitavam e abusavam das jovens starlets
pretendentes a estrelas, também abundantes naquela época. O maior
exemplo disso é o macabro episódio de Dália Negra, ocorrido em
1948. Norma Jeane sabia bem disso. Vendia-se de tudo aos lobos, aos
fotógrafos e aos produtores. O corpo, a imagem, por uma figuração
ou por um papel qualquer numa próxima produção dos estúdios. O
sexo era moeda de troca e o mercado era sórdido, cruel, nada
glamouroso. O ambiente era triste, frio e solitário. Jogava-se com o
que se tinha a oferecer, e comprava-se de tudo pelo sucesso. Nesta época, Norma Jeane ganhava pouco e tinha de viver como
podia. Ela alternava os dias entre aulas de dança, canto e teatro,
mas ainda estava longe de se tornar uma estrela, só fazia figurações
ou 'pontas' em pequenas produções sem grande destaque. O salário
pago pela 20th Century Fox era baixo, e volta a meia ela tinha que
voltar a modelar para complementar a renda. A vida era difícil, cara
e muito solitária. A corrida ao estrelato era diária, dura e
cansativa, conseguir um papel de destaque era tarefa difícil. Norma
se mudava constantemente de apartamento, conforme o valor do aluguel
subia ou aumentava. Em 1949 sua situação era tão tensa e instável
que ela aceitou posar nua para o fotógrafo Tom Kelley só para não
perder o carro comprado a crédito. O preço: 50 dólares. As fotos
eram para um calendário, e ela já temendo que viessem destruir sua
carreira, exigiu sigilo e preferiu assinar como Mona Monroe. Em 1953,
quando já atingira a fama e o sucesso, as fotos voltaram à tona,
desta vez como sendo da grande estrela Marilyn Monroe.
Entre 1949 e 1952, ela alcançou o estrelato se destacando em
diversas produções, tendo participado dos clássicos A Malvada (All
About Eve) e O Segredo das Jóias (The Asfalt Jungle) - ambos em
1950. Em 1952 ela teve sua primeira - e uma das poucas - chances de
mostrar seu talento dramático, como protagonista do longa Almas
Desesperadas (Don't Bother to Knock), no qual interpretou uma babá
psicótica. Qualquer semelhança com fatos reais seria mera
coincidência? Até ali, Marilyn já tinha alcançado o sucesso, e era a mais
promissora atriz de Hollywood. Seu bom desempenho no drama Almas
Desesperadas e a popularidade adquirida levaram a 20th Century Fox a
investir pesado nela e nos três filmes de 1953 que a consolidaram
como o maior ícone do cinema dos anos 50. Diferente do seus
personagens habituais, no melodramático film noir Torrentes de
Paixão (Niagara) - o primeiro dos três clássicos de 1953, ela
interpretou Rose Loomis, uma femme fatale sedutora e irresistível.
Não é uma de suas melhores atuações, mas ela está no auge da
beleza e brilhando num papel altamente sexy, transpirando
sensualidade.
Marilyn sempre se esforçou para ser uma boa atriz, esse era o seu
maior desejo. Ela estudou arduamente para ser uma boa atriz. Queria
ser reconhecida, respeitada e aplaudida. "Meu trabalho é a
única fundação que eu tenho para me sustentar. Eu me sinto como
uma superestrutura sem fundações - mas eu estou trabalhando nelas".
Marilyn é um verdadeiro de exemplo de atriz, de como uma atriz deve
ser. Ela entendia a verdadeira essência da profissão e do que é o
trabalho de um ator. "Uma atriz não é uma máquina, mas eles
tratam você como uma máquina. Uma máquina de dinheiro". E
dedicou-se plenamente a esse intento. Teve aulas durante anos com
Natasha Lytess, uma das melhores coaches de Hollywood, que exercia
uma estranha e possessiva dominação sobre ela, e a acompanhou em
inúmeros filmes, incluindo seus maiores êxitos como Os Homens
Preferem as Louras (Gentlemen Prefer Blondes) e Como Agarrar um
Milionário (How to Marry a Millionaire). Sua atuação um tanto
afetada, cheia de maneirismos e expressões faciais baseadas nas
atuações do cinema mudo fizeram dela uma grande comediante. Billy
Wilder a definiu como um gênio na comédia - e de fato ela era, mas
é difícil até ser uma boa comediante quando se interpreta sempre a
mesma loira burra em todos os filmes.
Em 1955, Marilyn ingressou no Actor's Studio de Lee Strasberg. A
famosa escola de atuação nova-iorquina onde também estudou Marlon
Brando. Pouco tempo antes, ela tinha tomado aulas de atuação com
Constance Collier, veterano do cinema mudo, então com 77 anos e que
viria a morrer pouco tempo depois. No Actor's Studio, Marilyn estava
obstinada em mudar os rumos de sua carreira e se tornar uma atriz
dramática devidamente reconhecida. Para isso, tornou-se adepta do
"método de imersão" de Constantin Stanislavski, de quem
Lee Strasberg era o maior discípulo. O controverso método consiste
em extrair dos próprios atores as emoções e pensamentos de seus
personagens, visando criar uma interpretação mais realista o
possível, isso inclui buscar os sentimentos mais tristes e
profundos, utilizando da memória sensorial e afetiva. Marilyn era
muito estudiosa e muita sincera com os estudos, gostava de se sentar
na última fileira da classe para não chamar a atenção dos outros
para si mesma. Ela passou todo o ano de 1955 em Nova Iorque tendo
aulas no Actor's Studio, e quando Lee Strasberg achou que ela já
estava preparada para dar uma performance na frente dos outros,
Monroe escolheu a cena de abertura da peça Anna Christie de Eugene
O'Neill, ganhadora do prêmio Pulitzer de 1922. A peça foi levada ao
cinema em 1930 no primeiro filme falado de Greta Garbo no papel
título (Marilyn era uma grande fã de Garbo), e rendou-lhe sua
primeira indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Os outros alunos foram
desencorajados a aplaudir, mas a performance de Marilyn foi tão
natural que resultou em aplausos espontâneos.
Hollywood dificilmente expõe a verdadeira faceta americana nas
telas. Suas infinitas invasões a países soberanos, as guerras,
conspirações e golpes de estado patrocinado pelo país que se
autointitula “a maior democracia do mundo” são esquecidos pelos
magnatas do cinema dos EUA. O americano médio não gosta de ver isso
nas telas. Apenas o pretenso heroísmo de seus soldados levando
liberdade (!!) a outras nações. Assim como nos anos 70 pouco se
falava sobre a derrota na guerra do Vietnã. Mas há exceções.
O filme O SUSPEITO DA RUA ARLINGTON mexe na ferida que os
produtores evitam com frequência; terrorismo doméstico.
A sinopse é simples: professor de história (Jeff Bridges) faz
amizade com seus novos vizinhos (Tim Robbins e Joan Cusack), logo
após ter salvo o filho deles. Desconfiado de que há algo errado,
começa a achar que seus vizinhos têm um plano para explodir um
prédio público e que podem ser, na verdade, terroristas.
A paranoia de Bridges é realçada pelo fato que sua falecida
mulher sucumbiu em uma ação equivocada do FBI. Uma tragédia
pessoal que fez de suas aulas uma cruzada pessoal.
Seus novos amigos são pessoas do dia a dia. Levam os filhos à
escola, as crianças frequentam os escoteiros e fazem churrasco com
os vizinhos aos finais de semana. E, além disso, são WASP, a sigla
em inglês para “branco, anglo-saxão e protestante". Digo isso
porque destoa do perfil que todo estadunidense faz dos terroristas:
via de regra é muçulmano.
Para um conhecedor da história, basta lembrar do atentado em
Oklahoma, em 1995, protagonizado por Timothy MacVeigh e sua trupe de
fanatizados. Na verdade, dois colegas que o ajudaram. Ele, um ex
soldado da guerra do Golfo, foi o cabeça de tudo. Ele, branco de família tradicional do sul dos EUA e protestante. Pouco ou nada mais se fala sobre essa tragédia que vitimou 168
pessoas.
O filme de Mark Pellington (diretor do ótimo AÚLTIMA PROFECIA,
com Richard Gere) lida com essa questão espinhosa.
O elenco é excelente, com destaque para Jeff e Tim Robbins, que
nas horas vagas é um bom diretor também –vide OS ÚLTIMOS PASSOS
DE UM HOMEM.
O final é fantástico, pega na jugular. Mas há uma versão
diferente no DVD original.
Pra quem ainda não viu, vale conferir. Apesar de ser uma produção
de 1999, é atualíssimo, pelas questões geopolíticas que vivemos
nesse mundo tão conturbado. E nesse cenário O SUSPEITO traz uma
reflexão e tanto sobre o tema terrorismo.
do colega de Facebook: DIEGO RIBEIRO Hora das curiosidades: - SUPERMAN -
Certamente é difícil de acreditar, mas Jerry Siegel e Joe
Schuster, criadores do último filho de Krypton, lançaram o
personagem em 1933 no quadrinho O Reino do Super-Homem (tradução
livre para: The Reign of the Super-Man) como um vilão careca, com
desejos de dominar o mundo e com o poder de controlar a mente das
pessoas. Felizmente, a história não foi popular e o personagem foi
repensado mais tarde como um super-herói. No entanto, é difícil de
não fazer a conexão deste conceito com o próprio arqui-inimigo de
Superman, Lex Luthor.
Superman não nasceu com superpoderes. Os críticos do homem de aço sempre argumentaram que ele é
ilimitado e invencível, exceto claro quando está perto de
kryptonita. Mas isso não é verdade. Superman não nasceu super.
Seus poderes se desenvolveram conforme ele ficava mais velho, isso
porque ele drena suas forças diretamente do Sol, absorvendo a
energia e convertendo os raios solares em poder. Portanto quanto mais
velho ele fica, mais energia ele absorve. Da mesma forma, Superman
pode ficar mais fraco e cansado caso ele não seja capaz de armazenar
energia solar na mesma intensidade que ele a gasta. Pense nele como
uma bateria de energia solar. Além disso, Superman já enfrentou
vários seres alienígenas e inimigos super-humanos cuja força já
rivalizaram com a dele e que foram capazes de feri-lo. Ele também é
vulnerável a magia.
O S em seu peito não significa apenas Superman. A explicação para o símbolo de Superman já foi alterada várias
vezes. A maioria acredita que o S é de Superman, mas é
também o brasão de sua família kryptoniana (a casa dos El), que
pode ser vista na sua nave, em sua manta e na roupa de Jor-el. É
também o símbolo da esperança, conforme foi explicado na série de
quadrinhos Superman: Birthright (Superman: Legado das Estrelas).
Colocar o símbolo de cabeça para baixo estranhamente resulta no
símbolo kryptoniano de ressurreição. O S também foi
usado como shield (escudo, em inglês) em algumas interpretações.
Também foi o que inspirou Lois Lane a chamá-lo de Superman. Em off,
o símbolo presta uma homenagem aos dois criadores do personagem,
Jerry Siegel e Joe Schuster.
Batman e Superman são melhores amigos. Ambos os heróis já se encontraram em diversos quadrinhos e
tiveram que juntar suas forças para derrotarem ameaças ao nosso
planeta. Ambos também fazem parte da Liga da Justiça. Nos anos 90,
Superman e Lois se casaram, e Bruce Wayne é dono da casa onde o
casal vive um presente de casamento do famoso bilionário. Bruce
também mais tarde comprou o Planeta Diário, onde Lois e Clark
trabalham. Na terceira edição de Superman/Batman, Batman faz a
seguinte observação, É uma dicotomia notável. De muitas maneiras,
Clark é o mais humano de todos nós. E ainda assim … ele atira
fogo dos céus, e é difícil não pensar nele como um deus. E como
todos nós somos afortunados que isso não passa na cabeça dele.?
Qual é a da Kryptonita? Todos já vimos a rocha verde brilhosa que deixa Superman de
joelhos. A kryptonita é composta de resquícios minerais da
destruição de seu planeta natal, Krypton. Existem diferentes tipos
de kryptonita, sendo os mais populares: Kryptonita verde - Exposição à radiação da kryptonita verde faz com que Superman
perca seus poderes, causando dor e náusea, que pode potencialmente
levá-lo a morte. A única substância na Terra que pode protegê-lo
da radiação é chumbo, a única coisa que Superman não pode ver
através. A kryptonita verde é também completamente inofensiva para
humanos (embora a série Smallville tenha mudado este conceito
ligeiramente). Kryptonita vermelha - Ela é criada quando a kryptonita verde passa por uma estranha
nuvem cósmica que eventualmente chegou a Terra. Esta rocha tem
estranhos efeitos no comportamento de Superman geralmente resultando
em alucinações e transformando-o em vilão. Kryptonita dourada - Esta remove permanentemente os poderes de Superman, destruindo a
habilidade principal de suas células kryptonianas de processar a
energia solar. Kryptonita azul - É a fraqueza de Bizarro, o clone maligno de Superman. Além de
feri-lo, esta tem propriedades benéficas aos kryptonianos, como
curar e proteção contra a kryptonita verde.
A história de Superman é baseada na história de Jesus. Os pais adotivos de Superman, Martha e Jonathan Kent, representam
respectivamente Mary (Maria) e Joseph (José); de fato, o nome
original de Martha era Mary e o nome do meio de Jonathan continua
Joseph. O nome da família de Superman, El, é uma palavra hebraica
para Deus. Da mesma forma que a história de Cristo, El (Deus) o pai
envia o filho para Terra, para ser o protetor da mesma e para
mostrar-lhes o caminho. Clark, assim como Cristo, viaja sozinho para
uma região remota (Clark para o Ártico e Cristo para o deserto) e
aos 30 anos de idade ele se torna Superman, a mesma idade que Jesus
começou a ministrar.
Superman já lutou com praticamente todo mundo. É realmente longa a lista de personagens que já caíram na
porrada com Superman, incluindo Batman, Hulk, Thor, Aliens, Mohammed
Ali, Homem Aranha, o Exterminador do Futuro e muitos outros. No
entanto, ele foi derrotado apenas uma vez, em uma luta onde
Apocalypse consegue enfim matar O Homem de Aço.
O ano era de 1979. O filme que chocou o mundo se chamava CANNIBAL
HOLOCAUST. Uma produção “B” que primava pela escatologia e cenas de
morte quase reais. O filme, de Ruggero Deodato, com roteiro de
Gianfranco Clerici praticamente foi o primeiro filme de “found
footage”, ou algo como 'gravação encontrada'.
A ideia era de fazer algo que fosse o mais próximo da realidade
possível. Para isso, deveria excluir direção, tomadas de câmera
tradicionais e evitar efeitos especiais.
Para que isso funcionasse deveria-se criar um argumento em que os
próprios personagens tivessem a câmera nas mãos. Nesse caso uma
'equipe' de quatro documentaristas de tribos que embrenham-se na
selva para filmar indígenas. Dois meses mais tarde, depois que o
grupo não retorna, o antropólogo Harold Monroe viaja em uma
missão de resgate para encontrá-los.
Muito do que se chama de gore (cenas de sangue e morte em excesso)
veio dessa produção americana.
Mas não houve muito “found footage” após isso. Até 20 anos
depois...
Em outubro de 1994 três estudantes de cinema desapareceram nas
proximidades da floresta de Burkittisville, em Maryland, enquanto
filmavam um documentário.
Um ano depois, as filmagens deles foram encontradas...
Com essa frase de divulgação, os diretores Daniel Myrick e
Eduardo Sanchez apresentaram A BRUXA DE BLAIR ao mundo.
Com uma tática inovadora e com o ajuda indispensável da
internet, os dois deram uma visibilidade imensa ao projeto que custou
pouco mais de 35 mil dólares.
Para promover A Bruxa de Blair, foi dito que se tratava de um
documentário real, assim como foi feito com “Holocausto Canibal”.
Para isso, foi feita uma parceria com vários sites conhecidos, que
junto à ficha de cada ator, foi colocado que seu paradeiro era
desconhecido.
O trio foi escondido em um hotel. O cartaz com os dizeres
“procura-se” foi divulgado à exaustão. A rede bombou com a
pseudo-notícia e o que era pra ter uma publicidade simples, acabou
fazendo com que o falso documentário ficasse na lista dos mais
assistidos do cinema americano de 1999.
O sucesso arrebatador, que se espalhou pelo mundo, fez com que o gênero ficasse em alta e
diversos estúdios investissem em películas parecidas. Várias
cópias surgiram, inclusive paródias (Todo Mundo em Pânico) e
tentativas de se pegar carona no sucesso. Mas sem o mesmo desempenho.
Muito se fez e pouco se conseguiu. O alcance da Bruxa estava em um
patamar elevadíssimo. Mas em 2009 (dez anos depois) uma nova
empreitada dava as caras no cinema.
ATIVIDADE PARANORMAL mostra um jovem casal que se muda para uma
casa onde fenômenos inexplicáveis começam a acontecer; eles
resolvem filmar tudo a noite, enquanto tentam dormir, pois é o
horário em que as Atividades Paranormais normalmente acontecem com
maior frequência.
A novidade dessa vez foi o trailer promocional. O que se via, na
verdade, era a reação das pessoas ao assistir ao filme. Isso
instigou o público e a produção, barata, ganhou milhões de
dólares mundo afora, além de criar uma rentável franquia.
Até mesmo em outros países a febre se espalhou. E da Espanha
veio um dos melhores: REC.
O clima claustrofóbico da produção instiga o espectador do
começo ao fim, além de ser criativo. Mostra uma repórter que, ao
acompanhar o dia a dia de um batalhão do Corpo de Bombeiros, acaba
se deparando com uma casa onde há pessoas supostamente infectadas. O
ritmo é frenético. Gerou uma sequência fraca e uma refilmagem americana sem graça.
Até diretores consagrados se enveredaram pelo estilo.
CLOVERFILED, de JJ Abrams e THE BAY, de Barry Levinson. Ambos filmes
de boa qualidade.
O found footage se estabeleceu como subgênero forte dentro do
terror. A BRUXA DE BLAIR foi quem fez desse estilo uma vertente que
veio pra ficar.
Muito do que se viu após esse filme nem sempre foi memorável.
Os X-MEN são um grupo emblemático. Criado por Stan Lee em plena
década de 60, o grupo vinha discutir o preconceito da humanidade
contra os mutantes, uma alusão ao racismo recorrente naqueles anos
efervescentes nos EUA.
Lee, que sempre estava um passo à frente, conseguia colocar em
discussão algo recorrente na sociedade contemporânea, com uma
insinuação sutil.
Os heróis vingaram e caíram no gosto popular. Ao menos por um
tempo.
Na década de 70, uma nova visão nascia dos renegados personagens
da Marvel. Das mãos de Chris Claremont, em 1975 dava-se uma guinada
nos mutantes. Mas não só ele.
Lein Wein e o artista Dave Cockrum deram vida aos personagens que
estavam sem título próprio havia quase uma década. Portanto, o
retorno deveria ser em grande estilo e sem chance para fracasso.
O tratamento era de primeira classe e falava-se abertamente e, de
maneira precursora, da 'globalização', com os novos heróis
chegando de várias partes do mundo e tendo que, primeiro: aceitar
suas mutações e, segundo, se permitirem atuar como uma equipe.
Nomes como Banshee, Pássaro Trovejante, Ororo, Noturno, Colossus
e Wolverine eram apresentados ao público, além dos remanescentes da
primeira formação.
Mas com o passar do tempo, os leitores começaram a se encantar
pelo irascível Logan. O canadense, com seu charuto indefectível e
sua cara de invocado, fazia a alegria do público. Criado por Wein, o
personagem era pra ser um vilão das histórias do Hulk. Mas ele foi
mais além.
Len passou (ou foi obrigado a fazê-lo) o bastão para Chris, que
fez do grupo campeão de vendas.
Isso e a forma como a dupla Claremont/Byrne dava aos X-Men
corroboravam para que o grupo se tornasse mais popular que o Cabeça
de Teia. Sim, e principalmente por culpa do próprio Len Wein.
O autor foi remanejado para a revista mensal do Aracnídeo e fez
com que a criação máxima de Stan Lee ficasse para trás. Com
estórias fracas e sem apelo popular, ao contrário da década
anterior.
Mas voltemos ao Wolverine.
Sua aura de anti-herói cativava mais e mais os fãs. Espertamente
os autores davam ênfase à sua faceta ranzinza e irriquieta
–traduzindo, de pavio curto.
Suas constantes encrencas, os duelos com outros pesos pesados da
Marvel, sua participação quase sempre decisiva –mas sem a
convicção de alguém que realmente gosta de fazer parte de uma
equipe -- no X-MEN moldaram a cria de Wein, o levando a condição de
mito. Mas ainda faltava algo.
Sua origem sempre foi envolta em mistérios. Pequenas peças aqui,
outras acolá, mas sem nunca revelarem a verdade oficial.
Isso aguçava a curiosidade dos leitores do “baixinho”, os
deixando ávidos pela revelação definitiva. Que nunca veio.
Mas nos anos 90 e início do novo milênio, finalmente esse
mistério começava a ser desfeito. Com títulos como A ARMA X e
ORIGENS as coisas foram, paulatinamente colocadas em perspectivas. Sem entrar em detalhes (afinal, spoilers são proibidos pelas
regras de etiqueta, e nem todos já leram sobre a origem do herói
canadense), pode-se dizer que valeu a pena esperar.
Toda a ansiedade foi saciada, mas a conta-gotas.
Sabendo explorar bem o potencial que a ocasião demonstrava, a
Marvel foi aos poucos contando o que lhe era conveniente. Assim, como
os leitores foram se contentando com aquele pouco. Que era bem mais
do que já haviam lido.
Mas Wolverine foi além.
A SAGA NOS CINEMAS -
A Marvel endividada acabou vendendo os direitos de seus
personagens, a granel, para o primeiro que aparecesse. Por isso que,
desde os anos 90 é perceptível a percentagem com que cada estúdio
se apoderou para explorar. Isso foi um mal.
Mas a saga dos mutantes chegou ao cinema e impressionou, não só
pela feliz escolha do elenco, como pelo roteiro e direção corretos.
A revelação Hugh Jackman foi o destaque, como não poderia
deixar de ser, na pele do carcaju mais emburrado do planeta.
Conseguiu, o que nos quadrinhos já era comum: se destoar do
restante do elenco.
Resultado: único personagem da franquia X-MEN a ganhar carreira
solo, com bons números nas bilheterias pelo mundo afora.
As continuações vieram, mas Logan ainda era o mais visado.
Assim como nos gibis onde, mesmo após uma das interrupções do
grupo mutante, Wolverine permaneceu ativo, e se integrou a
recém-criada formação dos Vingadores, com o Cabeça de Teia,
Mulher-Aranha, Luke Cage, Capitão América e um tresloucado Tony
Stark, na prévia do que viria a ser a melhor saga da Marvel nos
últimos anos: GUERRA CIVIL.
Logan é um personagem que transcende a equipe para qual foi
idealizado. Suas características e poderes (fator de cura, garras de
adamantium, sentidos aguçados) caíram no gosto dos leitores.
Entra geração, sai geração e ele continua popular, rivalizando
com os tops da Casa das Ideias.
E a julgar pela adoração em torno de seu nome, isso ainda há de
permanecer por muito tempo.